sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Pastoral Catequética

"Brilhaste e resplandeceste diante de mim, e expulsaste dos meus olhos a cegueira. Exalaste o teu Espírito e aspirei o teu perfume, e desejei-te. Saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti. Tocaste-me, e abrasei-me na tua paz” (Santo Agostinho, Confissões X,27,38).


Introdução

1. Processo evangelizador

1.1. Ação Missionária

1.2. Ação Catequitizadora

1.3. Ação Pastoral

2. Delimitando a catequética

2.1. Identidade e divisões da catequética

2.2. O Novo Diretório Nacional de Catequese

2.3. A finalidade do diretório

2.4. O Novo diretório nos aponta para alguns desafios

2.5. O esquema geral do Novo diretório

3. Catequese Permanente e Iniciação a Vida Cristã

4. Itinerário alternativo de um projeto de inspiração catecumenal para paróquias

5. BIBLIOGRAFIA


Introdução:

A palavra "PASTORAL" deriva de PASTOR. Seu significado está estreitamente ligado à alegoria do "Bom Pastor". Jesus intitulou-se pastor das ovelhas. A pastoral, portanto está diretamente ligada a ação do pastor no cuidado das ovelhas.

Trabalho pastoral, portanto, é toda a tarefa vocacional específica de serviço desenvolvida pela comunidade local, a fim de contribuir no processo de evangelização, transformando os reinos deste mundo, no reino de nosso Senhor Jesus Cristo.


CATEQUÉTICA= “é a Ciência (enquanto estudo organizado dos conteúdos do Creio) e Arte (inclui a simpatia e a criatividade entre educando e educador) do ensinamento e da aprendizagem da catequese”.

Significado Pastoral Catequética: Ação fundamental de todo processo de Evangelização. Evangelizar constitui um processo amplo e complexo, em cujo corpo se encontra a catequese, como um dos seus momentos característicos.

Evangelizar é fazer chegar a Boa Nova a todos e a Boa Nova que Jesus anuncia é o Reino de Deus e a salvação para toda a humanidade.

Viver como Jesus é também um projeto de todos os cristãos evangelizador.

Para ser verdadeiro evangelizador, é necessário deixar-se evangelizar, sendo ouvinte atento ao que Deus fala. Acolher a palavra é aceita-la como Palavra de Deus que está produzindo efeito em nós e entre nós.

O evangelizador deve anunciar o Evangelho com vibração, entusiasmo e alegria, adaptar as diferentes ferramentas de hoje e de amanhã e de sempre para que a Palavra de Deus se torne fonte de inspiração para a vida das pessoas e para construção da sociedade.

Evangelizar é também anunciar a Boa Nova como fonte de esperança no meio de tantos conflitos que surgem no coração do homem e na sociedade desigual que impede a realização do Projeto de Deus. Evangelizar é suscitar a esperança de novos tempos de Justiça e Paz.

Não basta falar de Deus é necessário testemunhá-lo e dar exemplo através de uma vida de santidade encarnada em nossos dias. O testemunho da vida é a primeira e insubstituível forma de missão.
A evangelização exige a inculturação da fé e o respeito pelos valores próprios de cada grupo humano. Neste sentido a religiosidade popular é um caminho privilegiado de evangelização e nela os pobres manifestam seu potencial evangelizador.

A Igreja existe para evangelizar, isto é, para levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade.

Proclamai (MC 16, 15), fazei discípulos e ensinai, sereis minhas testemunhas, batizai, fazei isto em minha memória. (LC 22, 19), amai-vos uns aos outros (JO 15, 12). Anuncio, testemunho, ensinamento, sacramentos, amor ao próximo, fazer discípulos: todos estes aspectos são vias e meios para a transmissão do único Evangelho, e constituem os elementos da evangelização.

Os agentes evangelizadores devem saber agir com a visão global da realidade humana e identifica-la com o conjunto da missão da Igreja.



1. Processo evangelizador
O processo evangelizador, conseqüentemente, é estruturado em etapas ou momentos essenciais
• Ação missionária para os não-fiéis e para aqueles que vivem na indiferença religiosa;

• Ação catequética de iniciação para aqueles que optam pelo Evangelho e para aqueles que necessitam completar ou reestruturar a sua iniciação.

• Ação pastoral para os fiéis, já maduros, no meio da comunidade cristã.

Esses momentos, no entanto, não são etapas concluídas: reiteram-se, se necessário, uma vez que darão o alimento evangélico mais adequado ao crescimento espiritual de cada pessoa ou da própria comunidade.

Por tanto podemos dizer que a ação evangelizadora da Igreja compreende três ações intimamente ligadas entre elas e que comportam uma multiplicidade de ações e atividades no seio da Igreja: ação missionária,

catequizadora e pastoral.
1.1. Ação Missionária

É a primeira e principal missão da Igreja. E toda ação da Igreja precisa ter uma dimensão evangelizadora, isto é, de anuncio de Jesus, provocando nossa liberdade e nosso coração a uma adesão cada vez mais coerente a ele.

Primeiro anuncio: No início do Caminho na fé é necessário levar as pessoas o Evangelho, isso é, o anuncio do amor de Deus revelado em Jesus Cristo, Senhor morto e ressuscitado por nós todos. O desígnio específico deste primeiro anúncio é:

1. Suscitar a fé no único e verdadeiro Deus, criador do céu e da terra.

2. Suscitar a fé em Jesus Cristo e a decisão de segui-lo como único Senhor.

3. O primeiro anúncio não deve ser levado apenas as pessoas que não acreditam; deve ser novamente proposto para àqueles que já acreditam.



1.2. Ação Catequitizadora

2. Educa para a fé em Jesus Cristo os que optaram pelo Evangelho e necessitam de uma iniciação para uma aprofundada vida cristã e eclesial.

3. A Catequese de fato é uma forma de serviço da Palavra que tem o desígnio de ajudar àqueles em um primeiro momento acolheram o primeiro anúncio para continuar aprofundado e amadurecendo a mentalidade da fé.

4. É uma ação eclesial direcionada as pessoas que acreditam; procurando que nelas aconteça um aprofundamento sistemático da mensagem cristã, tendo em vista a educação da mentalidade de fé e de uma coerente vida cristã.

5. Não deve ser vista como ensino teológico. Porque freqüentemente identifica-se a Catequese como ensino da religião católica com o ensino da teologia. Na realidade o ensino teológico tem como finalidade oferecer o conhecimento objetivo e crítico aos conteúdos da fé na fundamentação, sistematização e aprofundamento científico da mensagem.



1.3. Ação Pastoral

São as ações da Igreja, das quais os cristãos participam; através das atividades e propostas de ação pastoral que continuam alimentando sua fé e crescendo na ação transformadora, na reflexão, no estudo, na oração, na liturgia, no serviço aos necessitados de todo tipo, no dialogo e no anúncio missionário. A ação pastoral conduz os cristãos já iniciados no aprofundamento contínuo da fé, para que ela possa ser cada vez mais esclarecida, operante e atualizada.

Enfim, a evangelização é abrir a mente, o coração e a vida para Cristo. É Ele o Evangelho, a Boa Nova para a humanidade, porque a liberta do pecado, do mal e da morte e a introduz no mistério da comunhão Trinitária.

Cristo realiza na história da humanidade a maior revolução social, impensável nas outras culturas, justamente por que Jesus é Deus conosco; por isso:

1. Revela a natureza de cada ser humano como filho de Deus;

2. Proclama igual dignidade de todas as mulheres colocando-as ao lado do homem;

3. Indica que o matrimonio deve ser uma escolha de amor;

4. Aponta toda forma de escravidão;

5. Prega a fraternidade universal, porque todos formam a família de Deus;

6. Procura sempre à paz, o perdão, a misericórdia, contra qualquer tipo de violência ou submissão;

7. Proclama abençoados pelo Pai aqueles que assistem os pobres, os deficientes... de qualquer idade e condição;



A evangelização é nova pela renovação de alguns aspectos, adequando todas as estruturas pastorais aos novos tempos, de acordo com as circunstancias de cada realidade, do povo e de cada cultura.



2. Delimitando a catequética
Toda ação catequética envolve um conjunto de ações, projetos e objetivos que fazem com que ela seja estruturada num planejamento de Pastoral Catequética no âmbito concreto da práxis catequética da Igreja, em nível diocesano, paroquial e comunitário.

Em um sentido estrito: é a ação dos Pastores na coordenação, animação, defesa e alimentação dos fiéis no que se refere à busca do amadurecimento na fé, na esperança e na caridade, como membros na Igreja e como fermento e agentes na transformação evangélica da sociedade. Os bispos e presbíteros assumem, pela vocação e missão, o cuidado dos discípulos e discípulas do Senhor Jesus, já que se situam na linha de sucessão ao mandato do pastoreio dado por Jesus aos Apóstolos, tendo à frente deles Pedro.

A Pastoral é um desdobramento da missão evangelizadora da Igreja, que existe em função da construção do Reino de Deus no coração das pessoas, nas relações humanas e na sociedade.

Em um sentido amplo: é o agir da Igreja como um todo, ministérios ordenados, não ordenados, religioso e leigos num esforço continuo, consciente, articulado e organizado para proclamar e construir o Reino de Deus na história, através da comunhão, do anúncio, do serviço libertador e do diálogo. Cada fiel exerce, portanto, e cada um segundo sua vocação e missão dentro da Igreja, as três funções bíblicas constitutivas do Povo de Deus. (sacerdotes, reis e profetas).

A catequética ou ciência catequética é a disciplina que se ocupa da reflexão sistemática sobre toda Catequese, em quanto ato no contexto da práxis pastoral da Igreja. Sua existência e legitimidade são hoje um fato firmemente aceito no âmbito da reflexão e da práxis pastoral da Igreja.

É também Ciência e Arte:
Ciência: porque é o estudo organizado do conteúdo de nossa fé cristã, segundo o projeto de Jesus Cristo na vivência da Igreja, procurando resolver e esclarecer cada vez melhor os métodos a serem utilizados por meio da observação experimental dos dados, elaboração de hipótese e formulação de leis, através da adaptação à realidade.

Arte: inclui a “simpatia” entre educando e educador, catequizando e catequista através da criatividade e da motivação, por isso necessita estar sempre atualizada, Gevaert disse que: a Catequética “é o estudo científico (metódico e sistemático) da Catequese, conforme todos os seus fatores e em todas as suas dimensões”.

Por estas definições podemos perceber a vastidão do campo da Catequética. A Catequética faz parte da teologia, em quanto é uma dimensão da missão evangelizadora da Igreja, e portanto se insere no contexto das suas atividades pastorais, mas é também disciplina que faz parte das ciências da educação, por ser organização do ensino, aprendizagem e da educação religiosa-eclesial. Como processo educativo, a catequética levanta problemas que encontram resposta na sociologia e na psicologia, porque faz parte do dinamismo global do crescimento e do amadurecimento da pessoa.

2.1. Identidade e divisões da catequética

A identidade da catequética resulta do objeto do qual ela se ocupa, da catequese na variedade de suas manifestações, mas se desenvolve num terreno semeado de muitas tensões. Tensão entre fidelidade a Deus e fidelidade ao homem, entre pedagogia divina e pedagogia humana, maturidade cristã e maturidade humana; conteúdo e método, dimensão teológica e pedagógica da catequese, caráter científico e sapiencial da catequese, ciência e arte da catequese, teoria e práxis, reflexão e ação; entre nível empírico e científico do planejamento e da realização da catequese.

Na verdade, preocupando-se a catequética com o ser humano em sua integralidade não pode fugir das tensões dialéticas porque essas são inerentes à mesma realidade. A catequética, de fato, tem como princípio uma antinomia fundamental: fidelidade a Deus e fidelidade ao homem. E é, sem dúvida, essa dupla fidelidade que se traduz muitas vezes em fonte de exigências contrapostas, mas não inconciliáveis.

Também em razão da complexidade e amplitude do objeto estudado pela catequética, ela admite em seu seio divisões e modalidades que podem levar a distinção entre catequética fundamental, material e formal.

Por Catequética Fundamental entende-se o estudo das condições e dos pressupostos de base da ação catequética, sua identidade e dimensões fundamentais. A Catequética material, por sua vez, tem como objeto os conteúdos da comunicação catequética como estrutura e articulação da mensagem, temas, critérios de escolha e fontes do conteúdo. Enquanto que a Catequética formal trata dos aspectos propriamente metodológicos e pedagógicos da transmissão ou mediação catequética, seus métodos, estruturas, agentes, linguagens e programação.

Outro elemento distintivo da catequética relaciona-se com a pluralidade de métodos utilizados no seu desenvolvimento que vão desde técnicas de conhecimento e análise da realidade, a instrumentos hermenêuticos de interpretação; de métodos de planejamento e organização, a técnicas de expressão e sistemas de avaliação. E isso ocorre porque a catequética configura-se com um saber multidisciplinar ao orientar a catequese para uma interdisciplinaridade que leve a uma interação e diálogo entre os diversos processos disciplinares envolvidos na reflexão catequética.

Esse diálogo interdisciplinar se realiza, sobretudo, com a teologia que fornece os conteúdos fundamentais da catequese, mas também com a filosofia que fornece os instrumentos hermenêuticos de interpretação. Mas, uma vez que a catequética focaliza-se sobre o sujeito, a pessoa humana na sua situação, sua dimensão histórica e cultural, interessa-lhe toda e qualquer contribuição capaz de iluminar sua ação efetiva: antropologia cultural, sociologia, psicologia, ciências da religião e ciências da comunicação entre outras.

2.2. O Novo Diretório Nacional de Catequese

Este diretório é destinado aos catequistas, Bispos, padres religiosos e deverá ser de ajuda para uma nova dimensão e qualificar o processo de evangelização, educação e amadurecimento da fé.

Dedica grande espaço para tratar dos eixos centrais da catequese: A Bíblia como texto base e principal da catequese; os momentos celebrativos; a unidade que deve haver entre liturgia e catequese; o princípio de interação, fé e vida; a importância da caminhada de fé da comunidade, como lugar e ambiente da catequese e o conteúdo da educação da fé. Ressalta ainda o grande desafio de uma catequese adulta com adultos, resgatando o catecumenato da Igreja primitiva.

O diretório Nacional de Catequese tem como objetivo apresentar a natureza e a finalidade da catequese, traçar os critérios de ação catequética, orientar, coordenar e estimular a atividade catequética nas diferentes regiões.


2.3. A finalidade do diretório

 Estabelecer os grandes princípios bíblicos teológicos pastorais que ajudam a promover e a renovar a mentalidade catequética;

 Coordenar as diversas iniciativas catequéticas;

 Orientar o planejamento e a realização da atividade catequética nos diferentes âmbitos: paróquia, diocese, regional;

 Articular a ação catequética com a liturgia e com outras pastorais afins;

 Estimular a ação catequética e promover a educação da fé.



2.4. O Novo diretório nos aponta para alguns desafios

 A unidade na pastoral catequética;

 A formação do catequista como comunicado de experiência de fé;

 Fortalecer a unidade do princípio entre fé e vida na ação catequética;

 O desafio da catequese com adultos;

 O desafio de uma linguagem da fé mais compreensível às pessoas;

 Instituir o ministério da catequese na Igreja;

 Suscitar o gosto pela celebração litúrgica e pela dimensão orante e celebrativa da catequese;

 O desafio de buscar uma catequese que ajude os catequizando a pensa, recriar, interiorizar valores;


2.5. O esquema geral do Novo diretório

Primeira parte: fundamentos teológicos-pastorais da catequese.

Segunda parte: Orientações para a catequese na Igreja particular: destinatários do processo catequético, lugares da catequese e sua organização; o ministério da catequese e seus protagonistas.

Capítulo primeiro: As conquistas do recente movimento catequético à luz do concílio vaticano II;

Capítulo segundo: A catequese na missão evangelizadora da Igreja;

Capítulo terceiro: A catequese no contexto da história e da realidade;

Capítulo Quarto: fala da mensagem e do conteúdo da catequese;

Capítulo quinto: A catequese como educação da fé; o modo de proceder de Deus e a pedagogia catequética;

Capítulo sexto: A catequese conforme as idades: com adultos, com idosos, na primeira infância, com jovens e adolescentes...

Capítulo sétimo: A catequese na Igreja particular e a formação e perfil dos catequistas

Capítulo oitavo: Este capítulo trata dos lugares da catequese, família, comunidade eclesial; e da missão do ministério da coordenação de catequese nos diferentes níveis.


3. Catequese Permanente e Iniciação a Vida Cristã

A iniciação a vida cristã é um dos temas que vem sendo retomado gradativamente na caminhada da Igreja como tarefa central e como cumprimento do mandato missionário deixado por Jesus Cristo.

“Ide pois fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 19-20)

Na verdade, o mandato missionário é o envio e missão, é chamado de vocação cristã. Podemos dizer que nele está o fundamento da Iniciação à vida cristã, como o agir missionário, como resposta ao dinamismo do Espírito, que impulsiona e nos convida a acolher a Revelação, enviando-nos a anunciar a Boa Nova em todo mundo.

Mas a experiência nos ensina que o anuncio do Evangelho exige fidelidade, pelo menos a dois aspectos:

• Ao conteúdo que é anunciado

• Ao caminho pelo qual se faz este mesmo anuncio.

O conteúdo, nós sabemos que é Jesus Cristo, morto e ressuscitado para a nossa salvação (cf. At 2,36)

O caminho é uma conseqüência do conteúdo. Se Jesus Cristo é o Verbo que se fez carne, feito humano em tudo, menos no pecado, o caminho para o anuncio deste mesmo Jesus Cristo só pode ser a encarnação, o mergulho, na vida de pessoas, grupos e povos.

Para isso, necessário se faz que cada pessoa faça a experiência do encontro com Jesus Cristo, morto e ressuscitado para nossa salvação, é necessário propiciar o encontro com Cristo que da origem à iniciação cristã.

Deseja-se realizar uma formação que ajude as pessoas a anunciar com a vida e comunicar com eficácia a boa notícia do Evangelho, favorecendo a implantação de uma nova mentalidade. Para a partir daí, tornar-se missionárias e evangelizadoras.

É preciso convergir para a meta que é o reino de Deus. Os bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir atitude de permanente conversão pastoral, que implica escutar com atenção e discernir “o que o Espírito está dizendo às Igrejas”.

Se não acontecer uma mudança real na ação pastoral serão inúteis nossos esforços de uma renovação catequética e conseqüentemente na formação de catequistas.

Mas como formar catequistas se muitos de nossos formadores não estão em condições de acompanhar os catequistas.

Nossa atenção hoje deve ser voltada também com a formação permanente e continuada dos educadores ou orientadores de cursos espalhados pelo país.

É necessário o acompanhamento na formação do catequista para a catequese iniciática. Não queremos mais pensar em uma formação como simples repasse de conceitos, alguém que repete o que ouviu nos cursos e congressos.

Queremos formar catequistas competentes, capazes de responder aos inúmeros desafios da nossa realidade atual. Temos que capacitar o catequista para ser uma pessoa de relações com alegria e otimismo.

Constatamos que muitos encontram dificuldades na transmissão da mensagem cristã e também de contar experiências.

Como levar as pessoas a um contato vivo e pessoal com Jesus Cristo, como fazê-los mergulhar nas riquezas do Evangelho, como iniciá-los verdadeiramente e eficazmente na vida da comunidade cristã e fazê-los participar da vida divina, cuja expressão maior são os sacramentos da iniciação?

Dada a necessidade de uma aprendizagem gradual e sistemática no conhecimento, no amor e no seguimento a Jesus Cristo, propõe-se:

a) Assumir, na comunidade eclesial, a iniciação cristã, buscando renovar a vida comunitária, despertando para a ação, compromisso missionário e sócio transformador.

É necessário esclarecer, em primeiro lugar, que por Iniciação cristã se entende todo o processo pelo qual alguém é incorporado ao mistério de Cristo Jesus. Iniciação é sempre iniciação ao mistério, é mergulho pessoal no mistério; ele está presente também no centro da fé.

Para ter acesso aos divinos mistérios a pessoa precisa, de uma maneira ou de outra, ser iniciada a essas realidades maravilhosas através de experiências que marcam profundamente. São os ritos iniciaticos. No decorrer dos séculos, porém, a iniciação foi se limitando à preparação aos sacramentos da iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia, Confirmação). Às vezes tal preparação foi reduzida a uma síntese doutrinal, enfeixada no tradicional estilo de catecismo, pressupondo a vivencia cristã na família e na sociedade, marcadas, então, pelo cristianismo.

b) Motivar as comunidades para que o processo catequético de formação, adotado pela Igreja para a iniciação cristã, seja assumido por todos.

c) Investir na implementação da catequese de inspiração catecumenal, apresentando um itinerário catequético permanente (cf. DA 298).

d) Motivar os adultos para a vivencia da fé em comunidade, para que ela seja lugar de acolhida e de ajuda (cf. DGC 182c).

“O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar” (CIC 27)

Quem chega a idade adulta com essas indagações precisa de mais do que uma síntese doutrinal. Traz toda uma vida, cheia de experiências, perplexidades, alegrias e decepções.

O adulto cheio de perguntas quer descobrir sentido na vida, nos seus relacionamentos, no mistério de Deus já percebido através da criação, como primeiro livro da Revelação divina.

e) Criar condições na ação evangelizadora para que possa desenvolver uma catequese que fale ao coração dos adultos.

É necessário um verdadeiro mergulho no mistério, com uma experiência cada vez mais profunda das diversas dimensões da vida cristã. Isso não se faz num cursinho rápido e nem mesmo numa catequese isolada de outros aspectos da vida eclesial. Não se trata de aprender coisas, trata-se de adesão consciente a um projeto de vida.

f) Organizar meios e serviços, sobretudo paroquiais, para oferecer formação diferenciada aos adultos praticantes, aos batizados não praticantes ou afastados e aos convertidos que pedem o Batismo. Nisto está a riqueza do processo catecumenal, proposto pelo Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RICA).

Brilhaste e resplandeceste diante de mim, e expulsaste dos meus olhos a cegueira. Exalaste o teu Espírito e aspirei o teu perfume, e desejei-te. Saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti. Tocaste-me, e abrasei-me na tua paz” (Santo Agostinho, Confissões X,27,38).

O catecumenato se define como “processo educativo-cristão, demarcado por tempos e etapas, dirigido a convertidos, no seio de uma comunidade eclesial, por meio de uma regeneração sacramental”.

O catecumenato foi um caminho antigo e eficiente, desenvolvido pelas comunidades cristãs, aprofundado pelos Santos Padres.

A restauração do catecumenato, solicitada pela Igreja, quer retomar a dimensão mística, celebrativa, da catequese, considerando que um dos aspectos essenciais da educação da fé é levar as pessoas a uma autentica experiência cristã, na integridade de suas várias dimensões.

Teologicamente falando a iniciação Cristã possui quatro características que definem sua natureza:

1- Ela é obra do amor de Deus.

A iniciação cristã é graça benevolente e transformadora, que nos precede e nos cumula com os dons divinos em Cristo.

2- Esta obra divina se realiza na Igreja e pela mediação da Igreja.

Como corpo de Cristo, coloca os fundamentos da vida cristã e principalmente incorpora a Cristo os que estão sendo iniciados pelos sacramentos da iniciação.

3- Este dom de Deus realizado na e pela Igreja tem um terceiro elemento: requer a decisão livre da pessoa.

No processo ou itinerário de iniciação a pessoa é envolvida inteiramente em todas as esferas e dimensões do ser. O fracasso ou falta de perseverança no caminho da fé se deve, muitas vezes, à falta deste envolvimento total dos iniciados.

4- Por fim, a iniciação cristã é a participação humana no diálogo da salvação.

É na iniciação cristã que a pessoa começa a fazer parte da historia da Salvação.

O itinerário da iniciação cristã inclui sempre “o anuncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho, que implica a conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à comunhão eucarística.”

Jesus evangelizou os adultos e abençoou as crianças. Nós muitas vezes fazemos o contrario. Mas adultos que vão descobrindo o que, sem saber, seu coração sempre buscou, precisam de um processo bem vivido de iniciação. (cf. DNC 180-184)

Para sentir-se parte de uma tradição, um povo, uma comunidade religiosa (ou até mesmo de uma família) a pessoa precisa estar imersa no sentido de vida que caracteriza essa pertença.

Ficamos espantados quando ouvimos alguém que passou anos na Igreja de repente dizer que mudou de Igreja: “Encontrei Jesus!” “Como pode ser isso? Jesus estava aqui o tempo todo, na Palavra, na Eucaristia, na Missão...” Mas fica meio evidente que, mesmo que não tenha faltado a presença de Jesus, algo importante ficou ausente. Quem não encontrou Jesus de fato não foi iniciado na fé, mesmo que tenha estado junto de nós por muitos anos.

• Se vamos criar estruturas pastorais que possibilitem um real processo de iniciação, tanto para não batizados como para batizados insuficientemente catequizados, teremos que ter uma Igreja muito consciente da necessidade permanente de um testemunho qualificado. Os que vão acompanhar os que se iniciam, sem exceção, terão que crescer também.

A iniciação à vida cristã supõe uma comunidade que passe no teste do “vinde e vede”.

Uma comunidade comprometida com um processo de iniciação é aquela Igreja onde quem chega se sente em casa, acolhido num ambiente de fraterna cooperação, estimulado a servir com alegria e com a esperança de poder fazer diferença em meio aos sofrimentos e injustiças deste nosso mundo. Afinal, “A comunhão é missionária e a missão é para a comunhão.” (Chl,32; cf Dap 163).

A iniciação cristã é uma exigência da missão da Igreja nos dias de hoje: formar cristãos firmes e conscientes, nos tempos em que a opção religiosa é uma escolha e não tradição e imersão cultural.

A missão visa proclamar e fazer experimentar o mistério, não escondê-lo. mas ao mesmo tempo não podemos banalizar o acesso ao sagrado como se estivéssemos distribuindo algo sem conseqüências mais sérias.

Catecumenato: um caminho antigo e eficiente

Desde o século II, a iniciação cristã se fazia através do catecumenato. Foi uma feliz criação da Igreja, num tempo em que ela não podia contar com o apoio de uma cultura cristã na sociedade e ainda havia muito clima de segredo na prática cristã.

O núcleo do próprio desenvolvimento do ano litúrgico foi gerado nesse processo.

O catecúmeno, que corresponderia ao nosso catequizando de hoje, era visto como “aquele que deve ser iniciado na fé.”

O vocabulário da iniciação cristã foi elaborado pelos Santos Padres: refere-se às etapas consideradas indispensáveis para mergulhar (batismo significa mergulho) no mistério de Cristo e começar a fazer parte da comunidade eclesial em espírito e verdade.

O valor desse mistério de Cristo e da Igreja era experimentado e depois explicado numa vivencia marcada pelo Ito através de uma catequese chamada “mistagógica” (que inicia ao mistério).

Essa catequese fazia a pessoa recém batizada perceber o significado, valor e alcance dos ritos realizados. O rito, ao envolver a pessoa por inteiro, marca mais profundamente do que uma simples instrução e interioriza o que foi aprendido e proclamado, realçando a dimensão de compromisso.

Ao longo do tempo, fomos perdendo a ligação com o real processo de iniciação. Principalmente com a cristandade.

Etimologicamente “iniciação” provem do latim “in-re”, ou seja, ir bem para dentro. No Dicionário Aurélio, sua definição é assim: “Processo ou série de processos de natureza ritual, que efetivam e marcam a promoção de indivíduos a novas posições sociais (como, por exemplo, sua passagem à diferentes fases do ciclo de vida e, em particular, sua incorporação à comunidade dos adultos) ou acesso a determinadas funções religiosas ou políticas”, OU AINDA “preparação pela qual se inicia alguém nos mistérios de alguma religião ou doutrina e a cerimônia dela decorrente”.

Em outras palavras, é um tempo de aproximação e imersão em novo jeito de ser, sinaliza uma mudança de vida, de comportamento, com a inserção num novo grupo.

O Documento de Aparecida é enfático ao falar da necessidade urgente de assumir o processo iniciático na evangelização: “Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para seu seguimento, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora.

A restauração do catecumenato, solicitada pela Igreja (cf. CD 14, SC 64-68 e AG 14), com a devida inculturação, quer retomar a dimensão mística, celebrativa, da catequese, considerando que um dos aspectos essenciais da educação da fé é levar as pessoas a uma autentica experiência cristã, na integridade de suas várias dimensões.

A iniciação é graça benevolente e transformadora, que pelo Batismo nos torna filhos do Pai, na Eucaristia nos alimenta com o Corpo de Cristo e na Confirmação nos unge com a unção do Espírito.


4. Itinerário alternativo de um projeto de inspiração catecumenal para paróquias

1º Tempo: Tempo de iniciação ou Pré-Catecumenato
1. Realizam-se os primeiros encontros com as crianças e pais para explicar o roteiro. Escolha do “introdutor/leitor”: podem ser os pais, padrinhos, uma pessoa de alguma pastoral da comunidade. O introdutor tem a missão de ler e comentar o Evangelho do ano litúrgico, com calma para que a pessoa (criança, jovem ou adulto) possa penetrar com simplicidade nos valores e a espiritualidade do Evangelho de Jesus (Tempo aproximado: DOIS MESES). Durante esse tempo, o/a catequista, chamará semanalmente as crianças com os pais e introdutores/leitores para avaliar a adesão ao Evangelho, propondo tarefas e propósitos para cumprirem. O/a Catequista “convida” os introdutores para participar dos encontros onde serão desenvolvidos temas sobre a Igreja/comunidade de irmãos e discípulos de Jesus e uma detalhada explicação sobre o Ritual e espiritualidade Batismal (o/a Catequista pode convidar os introdutores (ou outra pessoa) para que eles mesmos preparem os encontros). Em todos os encontros se lerá o Evangelho do dia, nos casos em que os encontros se realizarem aos sábados, o Evangelho será o de Domingo.



2. Ao final deste tempo, o/a catequista chamará os pais, parentes e introdutores que participaram dos encontros para fazer uma avaliação dos objetivos fixados pelas crianças. Se foram atingidos, então marcarão a data de CELEBRAÇÃO e UNÇÃO DE ENTRADA no CATECUMENATO.



2º Tempo: tempo do catecumenato
1. Primeira fase: (Tempo aproximado: TRES MESES) neste tempo o/a catequista aproveitará para preparar os encontros explicando o SIMBOLO DOS APOSTOLOS ou CREIO (também o lugar que a profissão tem na celebração eucarística). Utilizando os recursos didáticos que dispõe, inclusive o Catecismo da Igreja Católica. Ao final, fazendo uma avaliação pessoal com cada criança (vendo a necessidade ou não de alargar o prazo), prepara com eles a data para a CELEBRAÇÃO com ENTREGA DO SIMBOLO (sempre no Domingo).



2. Segunda fase: (Tempo aproximado: TRES MESES) Agora o/a catequista se dedicará a introduzir as pessoas no OFICIO DIVINO e principalmente na ORAÇÃO do PAI – NOSSO que o SENHOR JESUS nos ensinou. O/a catequista observará como os catequizandos vão ganhando intimidade com o espírito desta oração e o que ela significa para a vida do cristão. Prepara com eles a data da CELEBRAÇÃO com ENTREGA da ORAÇÃO DO SENHOR (nesta celebração rezaremos o Ofício Divino...).



3. Terceira fase: ( Tempo: O QUE FOR NECESSÁRIO) Agora o/a catequista acompanhará com as crianças o tempo de advento e nele a Campanha para a Evangelização, preparando-se para CELEBRAR o NATAL DO SENHOR JESUS, O percurso continua com a explicação da Lei do Amor (os mandamentos), terminando na quarta feira de Cinzas com a imposição da Cinzas e uma primeira experiência do amor misericordioso de Deus que cura e perdoa.



3º Tempo: tempo da purificação (quaresma) e a iluminação (tríduo pascal)
1. PRIMEIRO DOMINGO: CELEBRAÇÃO da INSCRIÇÃO DO NOME E APRESENTAÇÃO DOS PADRINHOS (dos que serão batizados) e AGRADECIMENTO aos INTRODUTORES/LEITORES. O nosso compromisso de participar da Campanha da Fraternidade. No encontro de Catequese explicar os grandes acontecimentos do AT (Abraão, Moises e os Profetas).



2. SEGUNDO DOMINGO: continuamos refletindo sobre os compromissos sociais da Campanha da fraternidade e com a explicação dos grandes acontecimentos do AT (Abraão, Moises e os Profetas).



3. TERCEIRO DOMINGO: BENÇÃO de Cristo, MISERICORDIOSO. Lembramos a misericórdia de Cristo para com a Samaritana. No encontro de Catequese explicar o Evangelho (João 4,5-42) e manifestar as maravilhas do Sacramento do Batismo e a nossa exigência para a missão.



4. QUARTO DOMINGO: BENÇÃO de CRISTO, LUZ DO MUNDO. No encontro de Catequese explicar o Evangelho do cego de nascença (João 9,1-41), e a nossa responsabilidade para “abrir” os olhos das pessoas para fazermos um mundo mais justo e solidário.



5. QUINTO DOMINGO: BENÇÃO DO PECADO E DA MORTE. No encontro de Catequese explicar o Evangelho da revitalização de Lázaro (João 11,1-45) onde se manifesta que Cristo veio curar a humanidade r anunciar a promessa de uma vida imortal.



6. SEXTO DOMINGO: DOMINGO DE RAMOS e da PAIXÃO. No encontro de Catequese explicar a entrega e doação de Jesus. Explicar as leituras e especialmente o Evangelho que proclamado neste Domingo, preparando-nos para entrar na Semana Maior. Comunicar as atividades e horários das celebrações.



ENTRAMOS NA SEMANA SANTA

(Continua o Tempo de Iluminação)

SEGUNDA FEIRA SANTA: Reúnem-se catequizandos com a família e aproveitem para meditar sobre a realidade do mistério redentor de Cristo e a sua misericórdia para conosco. Preparara-se para os que já foram batizados, uma liturgia da Palavra bem bonita com a CELEBRAÇÃO de RECONCILIAÇÃO.



TERÇA FEIRA SANTA: Repetimos o itinerário catequético de ontem, preparado para outra turma, por exemplo, especialmente para adultos.



QUARTA FEIRA SANTA: Os catecúmenos preparam-se para meditar sobre o Tríduo Santo e nosso compromisso para trabalhar na divulgação e conscientização da Campanha da Fraternidade.



QUINTA FEIRA SANTA: Os catecúmenos preparam-se para meditar sobre os textos e a celebração da SANTA CEIA DO SENHOR; especialmente mostrando que não é possível celebrar a Eucaristia sem compromisso social. A Eucaristia é o sacramento social por excelência e Ela é quem norteia toda a nossa espiritualidade cristã.



SEXTA FEIRA SANTA: Participamos da celebração da ORAÇÃO UNIVERSAL PARA SALVAÇÃO DE TODOS, PAIXÃO E MORTE DE JESUS, ADORAÇÃO DA CRUZ E COMUNHÃO EUCARISTICA. Incentivarmos a nossa capacidade de pedir perdão e confiar na misericórdia do Senhor. Perdão pelas nossas omissões comunitárias e sociais, especialmente para com os mais pobres e vulneráveis.



SABADO SANTO – VIGÍLIA PASCAL: A Igreja desde cedo, segundo uma antiga tradição, se reúne para rezar junto do túmulo do Senhor. Em local a parte, os catecúmenos se reúnem para fazer uma avaliação da caminhada e dos propósitos atingidos ou não. Qual é a visão da Igreja que eles foram amadurecendo (colocação entre todos). Exame de consciência para reconhecer que somos pecadores necessitados da misericórdia do Pai e amor de Jesus que nos perdoa no Espírito. Os não batizados são ungidos com a unção pré-batismal e todos renovam a profissão de fé.



DOMINGO DE RESSURREIÇÃO: É o novo dia dos cristãos ressuscitados; possuem vida nova em Jesus. Preparam e celebram a Palavra e a Eucaristia. Após a celebração, preparar uma festa simples para festejar com todos.





4º Tempo: tempo da mistagogia (até Pentecostes)
É o tempo que nós devemos aproveitar para retomar a explicação e aprofundamento feito com calma e qualidade dos SACRAMENTOS do Batismo, Crisma e Eucaristia, celebrados no Sábado Santo. Levando os catequizandos a assumirem os compromissos que deles decorrem para a vida pessoal, comunitária e social. É isto o que significa “mistagogia”, “aprofundamento” “conduzir para” uma melhor compreensão do mistério; que se esconde, por assim dizer, detrás da celebração feita com sinais visíveis que são utilizados na liturgia: luz, água, pão, vinho.

Mesmo assim, é necessário fazer um aprofundamento dos princípios da DOUTRINA SOCIAL CRISTÃ que deve completar e integrar nosso conhecimento do que significa hoje, ser leigo cristão que tem a missão de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Continuamos aprofundando nossa vida de oração com a leitura orante dos Salmos, que é muito importante.



DOMINGO DE PENTECOSTES: (sejam ou não celebradas as Crismas paroquiais). Preparar com os catecúmenos uma solene Vigília de Pentecostes. No dia, antes da celebração principal, que bem pode ser organizado por eles, fazer um encontro para meditar a Palavra com os textos da celebração, estudo dos símbolos e a força espiritual que disso decorre. Se as crismas forem celebradas neste dia, fazer um Tríduo em preparação, com algum esquema pertinente.


5. BIBLIOGRAFIA
• A BÍBLIA DE JERUSALÉM

• CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

• CNBB, 47a Assembléia Geral, Iniciação à vida cristã, Itaici, Indaiatuba, SP, 22 abril 2009.

• CNBB, Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética, 3ª Semana Brasileira de Catequese, Itaici, SP, 6 a 11 de outubro de 2009.

• CNBB. Catequese Renovada: orientações e conteúdos. Documentos da CNBB, 53. SP: Paulinas

• CNBB. Catequese, caminho para o discipulado. Texto-Base- Ano Catequético Nacional. CNBB. 2009

• CNBB. Com adultos catequese adulta, Estudos da CNBB 80. SP: Paulus. 2001

• CNBB. Crescer na Leitura da Bíblia. Estudos da CNBB. SP: Paulinas

• CNBB. Diretório Nacional de Catequese. SP: CNBB. 2006

• CNBB. Documento de Aparecida, Brasília: Paulinas. 2007.

• CNBB. Iniciação à Vida Cristã, um Processo de Inspiração Catecumenal, Estudo 97, Brasília. 2009.

• RICA, Ritual da Iniciação Cristã de Adultos, SP: Paulinas. 2003.