TENTANDO "DEFINIR" A NATUREZA DA LITURGIA
Frei José Ariovaldo da Silva, OFM
1. Partamos da própria palavra “liturgia”. É uma palavra de origem grega (leitourgía; verbo: leitourgeín; substantivo pessoal, leitourgós), incorporada em nossa língua portuguesa. Ela provém da composição de laós [jônico; leós: atico] (= povo) e, de érgon (= obra/serviço,/ação). Traduzido literalmente, leitourgía significa “serviço feito para o povo”, ou, “serviço diretamente prestado para o bem comum”. Por exemplo, alguém participa de um mutirão,.. Os gregos diriam: Está fazendo uma liturgia. Alguém, ou um grupo, põe-se a construir uma ponte ou a organizar uma festa... Os gregos diriam: Está fazendo liturgia. Um sacerdote põe-se a prestar um serviço no templo... Está fazendo liturgia . Por que? Porque são obras, serviços, ações em favor do povo, em favor das pessoas, em favor da comunidade humana, em favor da vida humana.
2. Ora, nesta linha de pensamento, me vem a esta altura uma pergunta pertinente que, a meu ver, nos conduz a reflexões posteriores muito interessantes. A pergunta é esta: Quem realizou e contínua a realizar as maiores ações em favor da comunidade humana? Ou, para sermos fiéis à terminologia grega, quem realiza as melhores liturgias. A experiência religiosa nos mostra que é Deus. Todo o Antigo Testamento é um grande canto e uma imensa narrativa das ações do Senhor em favor do povo eleito. A grande experiência religiosa do povo eleito foi precisamente a de ter pouco a pouco descoberto - foi-lhe sendo revelado! - Deus como Aquele que, através de fatos, acontecimentos, pessoas, profetas, sábios etc., age na História em favor do seu povo (= faz liturgia!) e o salva. A experiência do êxodo é típica e paradigmática. Deus foi sendo descoberto sempre mais intensamente, sobretudo pelos sábios e profetas, como Aquele que, fielmente e com eterna misericórdia (SI 135), opera a salvação do povo. Um Deus libertador, solidário, misericordioso, fiel, um Deus perdão, um Deus que ama a vida do seu povo, um Deus que tudo faz para que o povo tenha salvação, isto é, vida plena.
3. Desse jeito Deus é! Assim é a sua "política"! Permanente ação (serviço) em favor da vida do seu povo - liturgia! A palavra “liturgia” me faz lembrar que Deus é deste jeito. Então, por que não dizer que liturgia é o próprio jeito de Deus como ação amorosa em favor da humanidade? O específico jeito de ser de Deus é liturgia! Por que não dizer que Deus é a perfeição da liturgia, a própria fonte de toda liturgia? Esta Liturgia - com maiúsculo! - a gente celebra.
4. Interessante que esta aproximação teológica de liturgia "bate" perfeitamente com a visão profética de culto. Se Deus é assim, então nossa melhor "homenagens" a Deus é fazer o que ele faz, realizar as suas obras. E as festas, ritos e sacrifícios? São exatamente para manter acesos em nós tanto a memória do operar de Deus como o nosso conseqüente compromisso com a Liturgia divina, para sermos felizes. Caso contrário, festas, sacrifícios, uso da arca, existência do templo, tornam-se vazios. Deixam de ser um lugar onde o Deus vivo da história se encontra com seu povo.
5. O jeito de Deus como perfeição da liturgia tornou-se bem claro para nós na plenitude dos tempos, isto é, com Jesus Cristo e o seu mistério pascal. Deus Pai nos prestou este grande serviço: Ele nos deu o Filho. Aí está: A liturgia do Pai nos oferece o Filho! E o Filho vive a liturgia do Pai entre nós, porque, como sabemos, "o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a própria vida para a salvação de muita gente" (Mc 10,45). O gesto de Jesus de lavar os pés dos discípulos é um exemplo e um sinal do modo de ser litúrgico de Jesus a ser imitado por todos nós (cf. Jo 13,1-17).
6. Mas é sobretudo na paixão, morte e ressurreição de Jesus que aparece de maneira acabada a liturgia divina. Feito radicalmente servo de todos e exaltado como Senhor (cf. Fl 2,5-1 1), Jesus triunfou sobre o pecado e a morte, ressuscitando-nos para a vida eterna (cf. ICor.,1.5,12-28). Imagine que obra ele realizou! A saber, libertou-nos da escravidão do pecado e da morte, fazendo-nos passar para a liberdade de filhos e filhas reconciliados de Deus. É a máxima obra (liturgia) em favor da vida da humanidade. No mistério pascal, sempre atual porque Cristo está vivo, vislumbramos a maior e mais inigualável liturgia! Pois resolveu-se definitivamente para nós o angustiante problema da morte. Instaurou-se uma nova ordem no mundo e no cosmos, que nós chamamos Reino de Deus: Que obra pública grandiosa! Que liturgia! A maior de todas!... Esta Liturgia a gente, celebra.
7. Então, por que não dizer que liturgia é a própria vida de Jesus, vivida no amor até as últimas conseqüências em favor do Reino da vida? Presença do jeito litúrgico de Deus entre nós. E dai, por que não dizer que em Jesus vemos a perfeição da liturgia divina? Por que não dizer que em seu mistério pascal se nos dá a fonte da liturgia? Por isso, com a carta aos Hebreus podemos proclamar que Jesus Cristo é o liturgo por excelência (Hb 8, 2.6; 10, 1 I- 1 2). Esta Liturgia a gente celebra.
8. Ora, de tudo o que vimos até aqui, você já pode deduzir o que pode significar celebrar a Liturgia, qual o sentido de uma celebração litúrgica cristã. A palavra “celebrar” vem do adjetivo "célebre", Você sabe o que é "célebre'! Quer dizer "importante, inesquecível, irrenunciável, famoso, conhecido". Transformando o adjetivo "célebre" em verbo ativo, temos então "celebrar". Celebrar, portanto, significa "tornar célebre, fazer memória de algo muito importante". Algo muito importante e decisivo se toma presente pela memória que dele fazemos. E como se dá isso? Através de todos os nossos sentidos, usando palavras, símbolos, expressões corporais, gestos e ações simbólicas, música etc.
9. E celebrar a Liturgia? Celebrar a Liturgia significa: Tornar célebre, fazer solene memória da Liturgia divina sempre viva e atual no meio de nós (cf. supra). Basta lembrar que o próprio Cristo, na última ceia, nos deu esta ordem: “Façam isto em memória de mim” (ICor 11,24-25; Lc 22,19). Quer dizer: "Por esta ação eucarística, vocês vão 'tomar célebre' (sempre atual) a liturgia eternamente viva que vocês estão percebendo em mim e em vocês mesmos, reunidos em meu nome". O memorial da Liturgia divina se dá também nos outros sacramentos, nos sacramentais, no oficio divino, nas celebrações da Palavra e em tantas outras celebrações em nome do Senhor. Numa palavra: A Liturgia divina se comunica a nós pela memória que dela fazemos. E como isto se dá? De maneira sensível, a saber, em comunhão com todos os nossos sentidos, valorizando as expressões simbólicas e culturais da comunidade humana que celebra.
10. Daí segue que celebrar a Liturgia hoje significa: no Espírito que nos foi dado, fazer experiência comunitária da presença viva da Liturgia divina (mistério pascal - da ação da Trindade) na celebração litúrgica . Na ação celebrativa que realizamos em nome do Senhor, fazemos a experiência da presença da Liturgia divina corno núcleo do evangelho fermentando a nossa História, e que nos convoca a um renovado compromisso com o Reino.
11. Por isso, chamo a Liturgia celebrada de "a melhor evangelização", pois ali é o próprio Senhor vivo e ressuscitado - o Libertador: Liturgia viva! - quem fala, ensina, comunica-se com seu povo e o liberta. Explicitar, na celebração litúrgica, esta presença viva da Liturgia divina comunicando seu amor, da melhor maneira possível a partir das nossas culturas, eis um grande desafio. Vice-versa: A Liturgia divina deseja se comunicar - se dar! - a nós da maneira mais humana e comprometedora possível, como outrora na forma cultural judaica, no judeu Jesus de Nazaré, e agora em forma litúrgico celebrativa também brasileira. O desafio está em discernirmos uma forma litúrgico-celebrativa tal que nela possamos realmente, como comunidade cristã culturalmente localizada, sentir a presença viva e atuante da Páscoa de Jesus Cristo (Liturgia!), da Política de Deus, ontem, hoje, e sempre.
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA
Texto extraido do Livro “Celebração DO DOMINGO ao Redor da Palavra de Deus” pg. 24 – 30 - Ione Buyst
Na ausência da Eucaristia, “....a Igreja como comunidade pastoral se realiza na celebração da Palavra”.
Muita gente pergunta: “Que valor tem uma celebração da Palavra?” Quando vem o padre para celebrar a missa, a capelinha ou o salão enchem de gente; quando é celebração da Palavra, muitas pessoas deixam de comparecer.
No entanto, a celebração da Palavra é um verdadeiro ato litúrgico. Tem força sacramental. Cristo se torna presente e nos faz participantes de seu mistério pascal pela reunião da comunidade, pelas leituras proclamadas e comentadas, pelos cantos e orações. Lembremos o importante texto do Concílio Vaticano II: para levar a efeito sua obra de salvação, Cristo está presente pela sua palavra, “pois é Ele mesmo que fala quando se lêem as Escrituras na igreja. Está presente quando a Igreja ora e salmodia, ele que prometeu: Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles (Mateus 18,20)” (SC 7).
A reunião dos irmãos e o amor que os une torna visível, palpável e manifesta a união com Jesus Cristo e com o Pai, no Espírito Santo. Não só torna visível, mas faz também crescer nossa união com Ele. É sacramento desta união.
A Palavra anunciada, ouvida e aceita na fé é lembrança de Jesus Cristo: sua vida, sua morte e ressurreição.
Como 2.000 anos atrás na Palestina, assim como em todos os tempos, a força de sua Palavra convoca e atrai as pessoas para segui-lo. Cura cegos, surdos e paralíticos. Faz o marginalizado sair de seu isolamento. Sua Palavra nos atinge e nos modifica:
“Pois como a chuva e a neve descem do céu, e para lá não retornam, sem terem regado a terra, fecundando-a e fazendo-a germinar, (...) assim será com a Palavra que sai de minha boca: não voltará para mim chocha, sem ter realizado o que eu queria e cumprido a sua missão” (Isaías 55,10-11).
Sua palavra no purifica e nos limpa de nossos pecados: “Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho anunciado” (João 15,3).
Ela abre nossas mentes para captar o sentido dos acontecimentos. Faz de nós discípulos, seguidores. Faz nascer em nós a fé e o compromisso, a esperança e a confiança, o amor e a ação.
Assim como a Eucaristia, também a Palavra é Pão da Vida. É o próprio Cristo com a sua Vida, tanto na Eucaristia, como na Palavra. “Eu sou o Pão da Vida: quem vem a mim já não terá fome e quem crê em mim, jamais terá sede... As Palavras que vos tenho dito são espírito e vida...” (João 6,35.63).
O único Pão da Vida é partilhado de duas maneiras: à mesa da Palavra e à mesa da Eucaristia, representadas respectivamente pela Estante da Palavra e o Altar. Palavra e Eucaristia são duas formas diferentes e complementares da presença real de Jesus no meio de seu povo para realizar nele a sua Páscoa.
Não é de estranhar, portanto, que o Concílio Vaticano II tenha previsto uma Celebração da Palavra aos domingos e dias de festa na ausência do padre.
A instrução “Inter Oecumenici” de 26 de setembro de 1964 dá algumas orientações (leituras, cantos, de preferência salmos, homilia, oração dos fiéis, Pai-Nosso..., presidência do diácono ou leigo...), mas não entra em detalhes. Isto é deixado, portanto, à orientação de cada bispo para sua Igreja local.
Quanto à seqüência da celebração da Palavra, não devemos nos esquecer que há muitos modelos na tradição da Igreja que podem servir de base: a liturgia da Palavra da missa, mas também a da vigília pascal, a missa dos pré-santificados em algumas Igrejas do Oriente e na Sexta-Feira Santa da liturgia romana e o ofício das leituras da Liturgia das Horas.
Até aqui falamos do valor litúrgico-teológico da celebração da Palavra. Agora convém ressaltar seu grande valor pastoral. O que seria das comunidades se, na ausência do padre, não se reunissem regularmente para ouvir a Palavra de Deus e rezar em comum? Simplesmente deixariam de existir... Graças à celebração da Palavra, as comunidades persistem e crescem na fé e no compromisso com Jesus Cristo e o seu Reino. A celebração do Domingo em torno da Palavra é certamente uma das causas da vivacidade e do dinamismo da Igreja no Brasil.
A falta de padres, que normalmente é considerada uma grande pobreza, resultou, no caso, numa grande riqueza: não tendo padres em número suficiente, o povo começou a assumir a responsabilidade das celebrações, com a ajuda de Deus e dos padres disponíveis; com a ajuda de diáconos, missionários, catequistas, agentes de pastoral, religiosos e religiosas. Nas mãos dos leigos, a liturgia ganhou a “cara nova” , mas popular, doméstica, espontânea... da qual falamos acima, possibilitando maior participação e maior crescimento na fé.
Nenhum cristão deve Ter dúvidas sobre o valor da celebração da Palavra na comunidade, aos domingos. Não deve largar sua comunidade naquele dia para ir assistir missa em alguma paróquia no centro da cidade, ou para rezar em casa sozinho ou ver e ouvir missa pelo rádio ou televisão. Cristo o espera com sua palavra na reunião da comunidade, que é o Corpo de Cristo, e sacramento de nossa comunhão com Ele. Nada deve substituir esta reunião. Pois quando não participamos da celebração, prejudicamos a comunidade. É como se no corpo faltasse um dedo, ou um braço ou um ouvido.
Celebração da Palavra com distribuição da Comunhão
Pelo que foi falado acima, na ausência do padre para celebrar a Eucaristia, a comunidade deveria celebrar o Domingo simplesmente com uma liturgia da Palavra.
No entanto, as comunidades que têm possibilidade de guardar o Santíssimo, ou buscar o Pão consagrado na igreja paroquial, têm preferido complementar a Celebração da Palavra com a distribuição da Comunhão.
Pastoralmente, isto parece ter suas vantagens, pelo menos à primeira vista: a celebração da Palavra com distribuição da Comunhão, de modo geral, tem aceitação do que uma “simples” liturgia da Palavra. Poderia parecer “mais completa”.
Do ponto de vista litúrgico-teológico, no entanto, surgem sérios problemas. Como garantir, na Comunhão separada da oração eucarística, o sentido pascal da Eucaristia, o sentido do sacrifício de Jesus Cristo, o sentido do louvor e da ação de graças? Como evitar que o grande mistério de nossa fé seja reduzido à presença real de Jesus na hóstia consagrada? Como podemos separar sistematicamente a Oração eucarística e a Comunhão que formam uma unidade e que Jesus nos deixou como memorial de sua morte-ressurreição: “Façam isto (Oração eucarística e Comunhão) para celebrar a minha memória”?
Na tradição das Igrejas não encontramos muitos precedentes desta maneira de agir. No Oriente, em algumas Igrejas há missas dos pré-santificados, mas somente na quaresma, durante a semana, jamais, porém, aos sábados e domingos.
Na Igreja romana temos a distribuição da Comunhão na Sexta-Feira Santa, mas ela foi introduzida somente no século VII, talvez por influência das Igrejas orientais.
Será que insistimos tanto na distribuição da comunhão porque não acreditamos o suficiente na presença de Cristo pela sua Palavra?
Aqui não é o lugar de aprofundarmos esta questão. Partimos simplesmente do fato pastoral de que, em muitas comunidades se faz a distribuição da Comunhão, finalizando a liturgia da Palavra. Convém lembrar algumas regras e sugestões de como fazer isto da melhor maneira possível.
a) Antes de tudo, é preferível que o povo perceba claramente a diferença: missa é missa; celebração da Palavra com distribuição da Comunhão é outra coisa. Se bem que, no início principalmente, não é aconselhável insistir demais nesta diferença, até que a comunidade aprenda a valorizar a celebração da Palavra na falta da celebração eucarística.
b) Nas comunidades que têm condições de guardar o Santíssimo, o padre que vem celebrar a missa de vez em quando, consagra hóstias suficientes para os outros domingos e as deixa no tabernáculo, dentro de uma âmbula ou outro recipiente.
Em algumas outras comunidades, um ministro extraordinário, autorizado pelo padre ou pelo bispo, vai buscar as hóstias consagradas em uma paróquia, de preferência participando aí da celebração eucarística. Ele as carrega numa “teca”, um pequeno estojo ou caixinha. (Convém usar um material sólido, bonito e digno; jamais latas de margarina, bombons etc.).
c) Geralmente, entre a liturgia da Palavra e a distribuição da Comunhão, se faz um série de orações: preces, louvores, pedidos de perdão. É possível também inserir neste momento o abraço da paz ou outra expressão da vida comunitária, como a coleta para os necessitados ou para o sustento da comunidade. O chamado “ofertório” que se costumam fazer em muitos lugares, é questão problemática, como veremos mais adiante.
De jeito nenhum o leigo ou diácono deve rezar a oração eucarística, nem mesmo pulando as palavras da consagração.
d) A comunhão será distribuída por um diácono, um acólito instituído, um ou vários ministros extraordinários da comunhão eucarística, homens ou mulheres, autorizados pelo bispo ou pelo padre.
e) Pede-se normalmente um jejum de comida e bebida (exceto água e remédio) uma hora antes da comunhão. Este jejum não é necessário quando se trata de idosos e de doentes ou de pessoas que deles cuidam.
f) O ritual para a distribuição da Comunhão prevê um rito penitencial, o Pai-Nosso, eventualmente o abraço a paz..., mas não inclui fração do Pão e Cordeiro de Deus.
Por uma questão de higiene, é aconselhável que o ministro lave as mãos antes da comunhão, fora do altar, usando-se bacia, jarrinha e toalha. A âmbula ou a teca (estojo) com as hóstias consagradas é colocada em cima da mesa que é coberta com uma toalha e onde se encontra uma vela acesa. Após o Pai-Nosso e eventualmente o abraço da paz, o ministro levanta e mostra a hóstia dizendo ou cantando:
“Felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Todos rezam ou cantam:
“Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a)”.
O ministro comunga, dizendo em silêncio, só para si:
“Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna”.
Em seguida, o ministro dá a Comunhão (na mão, ou na boca, se a pessoa assim preferir), dizendo a cada pessoa:
“O Corpo de Cristo”.
Nada impede que digamos também o nome da pessoa, como é costume em ritos orientais: “Fulano! O Corpo de Cristo!” E o comungante responde: “Amém!”
Às vezes nos esquecemos de que o lugar próprio para distribuir a Comunhão é a mesa do Altar. Onde for possível, o ministro poderá ficar atrás da mesa, enquanto as pessoas se aproximam do outro lado da mesa e recebem a Comunhão. Quando há dois ministros, cada um poderá ficar numa das pontas da mesa.
g) Depois da Comunhão, o ministro fecha a âmbula ou a teca e a guarda no tabernáculo ou deixa pronta para levar de volta à igreja paroquial após a celebração. Conforme a distâncias, é preferível, às vezes, não deixar nenhuma hóstia consagrada sobrando: o próprio ministro poderá tomá-las ou dar duas hóstias juntas às últimas pessoas da fila de comunhão, ou eventualmente distribuí-las a outras pessoas que já comungaram antes. (No início as pessoas estranham o fato de “comungar mais de uma vez”, mas depois de boa explicação todo mundo entende e aceita).
Quando, por algum motivo, não há hóstias suficientes para todas as pessoas, é preciso repartir cada hóstia em dois, três ou mais pedaços, para que ninguém fique sem. De maneira nenhuma deve se completar com hóstias não consagradas.
h) Segue agora um tempo de silêncio. Pode-se ainda fazer uma breve meditação ou cantar um hino de louvor. Depois se faz a oração após a Comunhão e os ritos finais.
i) As nossas introduções, as orações, meditações e os cantos devem ajudar a comunidade a compreender a Comunhão como uma parte da missa:
“Os fiéis sejam diligentemente instruídos de que, mesmo recebendo a comunhão fora da missa, unem-se intimamente ao sacrifício em que se perpetua o sacrifício da cruz e que participam do banquete sagrado.
j) A Comunhão deve ser vivida ainda como sendo o coração da vida cristã. Não basta comungar. É preciso se empenhar no dia-a-dia, porque “a comunhão com Deus... há de manifestar-se em toda a sua vida, até na sua dimensão econômica, social e política. Produzida pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo, é a comunicação de sua própria comunhão trinitária” (Puebla 214-5).
l) De vez em quando pode ser útil fazer um pequeno diálogo com textos bíblicos, ao apresentar a Comunhão. É uma boa oportunidade para a gente aprofundar o sentido da Eucaristia e se preparar melhor para recebê-la.
PREPARANDO A CELEBRAÇÃO
1. Arrumar o local onde se faz a reunião de preparação. Colocar uma mesinha ou um pano colorido no chão com uma Bíblia, uma vela. Iniciar, invocando o Espírito Santo. Pois, sem a ajuda do Espírito de Deus, não é possível descobrir o sentido que a Palavra de Deus e a realidade tem para nós hoje.
2. Situar a celebração dentro do tempo litúrgico, onde cada Domingo tem um caráter pascal. Recordamos os gestos de Jesus, na Páscoa de sua vida, morte e ressurreição.
Situar a celebração na vida da comunidade: ver a realidade que marca nossas vidas, para enraizar a celebração no chão da vida, na história onde nos atinge o mistério de Cristo que celebramos. Recordamos acontecimentos, entramos em comunhão com pessoas presentes e ausentes para oferecer ao Pai o nosso louvor e a nossa súplica na Páscoa da vida.
3. Ler o Evangelho do dia, pois é a partir de Jesus Cristo que descobrimos o sentido dos outros textos bíblicos. O que diz o texto? Quem fala no texto'? Com quem fala? Por que? Com que finalidade? Qual a mensagem para a comunidade daquele tempo? O que é que Deus, através deste texto tem a dizer hoje, aqui nessa realidade, nessa situação, para nós? Em que sentido este anúncio é Boa Notícia de salvação? O que Deus realiza em nós neste momento que estamos celebrando? O que esta Palavra nos faz dizer a Deus?
4. Criatividade: Partindo dos passos anteriores, fazer surgir idéias de depois selecioná-las a respeito de gestos, símbolos, rito de entrada; recordação da vida; cantos, procissões, símbolos, proclamação das leituras, partilha da Palavra louvação....
5. Elaborar um roteiro. Definidos e organizados os elementos, distribuir as tarefas para antes, durante e depois da celebração. Marcar um pequeno ensaio, uma vivência do rito, dos cantos. A equipe fica com um roteiro e quem preside a celebração (Ministro da Palavra) recebe outro texto.
VALOR TEOLÓGICO E PASTORAL DA CELEBRAÇÃO
DOMINICAL DA PALAVRA
Ione Buyst
1- É ação litúrgica reconhecida e incentivada pelo Concilio Vaticano II: Incentive-se a celebração sagrada da Palavra de Deus, nas vigílias das festas mais solenes; em algumas férias do Advento e da Quaresma, como também nos domingos e dias santos, sobretudo naqueles lugares onde falta o padre. Como tal é celebração do mistério pascal, celebração renovadora da Aliança; leva a efeito a obra da redenção realizada em Cristo.
2- É celebração do domingo, dia do Senhor; festa primordial, celebração do mistério pascal, memória da vida, paixão, morte, glorificação do Senhor Jesus. É celebração da obra do Criador (primeiro dia), páscoa semanal, dia da Igreja, dia do dom do Espírito Santo, antecipação da realidade escatológica (oitavo dia), dia do `homem novo', que vive na alegria plena de Cristo, no repouso e na solidariedade. Toda a teologia da celebração do domingo vale para a celebração dominical da Palavra.
3- É celebração dos mistérios do Senhor ao longo do ano litúrgico: Assim se revela todo o mistério de Cristo, possibilitando que penetremos nele e sejamos repletos da graça da salvação, até
chegarmos à medida da idade da plenitude de Cristo.
4- É assembléia dominical, manifestação (epifania) da Igreja a nível de comunidade; garante o espírito e a vida comunitária. Sem assembléia litúrgica, não há Igreja. Cristo está realmente presente quando a comunidade se reúne, ora e canta. A Igreja cresce e se constrói ao escutar a palavra de Deus. Congregada pelo Espírito Santo, a Igreja se reconhece a si mesma como o novo povo, no qual chega à plenitude e perfeição a aliança de Deus com seu povo.
5- É Cristo que fala quando se lëem as sagradas escrituras na comunidade reunida. Anuncia a salvação no hoje de nossa história; convertendo a celebração litúrgica que se sustenta e se apóia principalmente na palavra de Deus “... num acontecimento novo, e enriquece a palavra com uma nova interpretação e eficácia...”. As características próprias da Palavra de Deus na ação litúrgica enunciadas em IELM nn. 4-9 valem evidentemente também para a celebração dominical da Palavra: Cristo está sempre presente em sua palavra; realizando o mistério da salvação, santifica os homens e presta ao Pai o culto perfeito; a palavra recorda e prolonga a economia da salvação; é sempre viva e eficaz; manifesta o amor ativo do Pai; o Espírito Santo nos faz compreender e responder à palavra anunciada, nos faz aderir intimamente a Cristo, palavra de Deus em pessoa; e faz com que a palavra ouvida se manifeste em nossa vida..:
6- O Documento de Puebla constata: "A falta de ministros, a dispersão populacional e a situação geográfica do continente fizeram crescer a consciência da utilidade das celebrações da palavra.... E mais adiante, completa: "As celebrações da Palavra: com uma abundante, variada e bem escolhida leitura da Sagrada Escritura, são de muito proveito para a comunidade, principalmente onde não há presbíteros e, sobretudo, para a realização do culto dominical. Por isso, pede para "Fomentar as celebrações da Palavra dirigidas por diáconos ou leigos (homens ou mulheres).
7- Pelos dados da CNBB, no Brasil, 70% das assembléias dominicais se reúnem e celebram os mistérios da fé ao redor da Palavra de Deus; por não disporem (às vezes por domingos seguidos) de um padre ou bispo que presida a assembléia eucarística. A celebração da Palavra de Deus tem garantido o crescimento na fé e no compromisso com o Reino nas comunidades e é certamente uma das causas da vitalidade e do dinamismo da Igreja no Brasil.
8- Muitas destas assembléias dominicais realizam a liturgia da Palavra a modo de Leitura orante comunitária. Os textos bíblicos são proclamados e, em seguida, interpretados num diálogo comunitário, a partir da realidade ao povo, buscando - com a ajuda do Espírito Santo - a boa notícia e o apelo do Senhor para a comunidade reunida. Geralmente, esta conversa entre irmãos e irmãs (também chamada `partilha da palavra', ou homilia), é coordenada por uma ministra ou um ministro da palavra. Tudo isso desemboca na oração universal, na qual a comunidade dirige suas preces a Deus. Agindo desta forma, procura-se garantir a necessária ligação entre bíblia e liturgia, entre fé e vida.
9- Nestas comunidades, existe ainda a possibilidade - nem sempre aproveitada - de se viver relações eclesiais mais informais, fraternas, igualitárias. A presidência, assim como outros ministérios, é exercida indistintamente por homens e mulheres. (Aliás, estas últimas constituem a maioria, tanto na liderança como na composição das assembléias, enquanto que lhes é negado o acesso aos ministérios ordenados e, portanto, à presidência de assembléias eucarísticas).
10- Coordenada por leigas e leigos, geralmente as celebrações da Palavra tem cara mais popular, doméstica, informal, espontânea; quase que naturalmente se faz a ligação da liturgia com a vida e é realizada a simbiose entre liturgia e piedade popular.
11- Uma das modalidades tradicionais para a celebração da Palavra é o oficio divino. Pouco a pouco, o Ofício Divino das Comunidades, uma proposta inculturada da Liturgia das Horas, está sendo descoberto como uma alternativa para a celebração dominical da Palavra, inserindo no oficio as leituras próprias do domingo. Algumas poucas comunidades realizam também a vigília no sábado à noite, ao menos em tempos litúrgicos mais fortes. Com isso, o povo se re-apropria dos salmos, alimento importante para a espiritualidade cristã.
12- A celebração dominical da palavra permite a cristãos e cristãs de várias igrejas celebrarem juntos o dia do Senhor, de forma ecumênica.
A FUNÇÃO DO MINISTRO (A)
NA CELEBRAÇÃO DOMINICA! DA PALAVRA
1- Da escassez e monopólio para a múltipla diversidade
Nas últimas décadas temos assistido a um grande e significativo florescimento dos ministérios litúrgicos leigos na Igreja, sobretudo no Brasil e outros países da América latina. Em quase todas as comunidades eclesiais encontramos, atualmente, um número considerável de leigos e leigas ativas, responsáveis e capacitados cada vez mais, para um desempenho qualificado dos mais diversos serviços e ministérios na Igreja, exercendo seu sacerdócio batismal, sobretudo na liturgia. Há razões sociológicas, eclesiológicas, litúrgicas e pastorais na raiz desta realidade, que pode ser considerada um “sopro do Espírito”, um "sinal dos tempos".
Entre nós, a escassez de ministros ordenados somada às exigências cada vez mais crescentes e desafiadoras da ação evangelizadora da Igreja num mundo que clama por transformações, levou muitos leigos, homens e mulheres ao exercício de ministérios que, por muito tempo, eram exclusivos do clero.
Conforme dados publicados no documento 43 da CNBB, sobre A animação da vida litúrgica no Brasil, 70% das comunidades celebram o domingo, a páscoa semanal alimentando sua vida cristã, animadas por ministros leigos, dos quais 90% são mulheres e, portanto, não ordenados...
2- Igreja de comunhão, povo sacerdotal e toda ministerial
Foi, sobretudo, a nova compreensão de Igreja trazida pelo Vaticano II, como mistério de comunhão, tendo como fonte e horizonte a comunhão trinitária e sublinhando a igualdade radical de todos os batizados, que trouxe sólida sustentação, profundo sentido e nova direção para esta grande diversidade de ministérios.
O sacerdócio de todos os/as batizados/as, como participação no único sacerdócio de Jesus Cristo é antes de tudo o "culto existencial, que consiste na transformação da totalidade da Vida por meio da caridade divina". Portanto, antes mesmo de sermos ministros e ministras. inclusive ordenados, somos pelo batismo, povo sacerdotal habilitado a render um culto agradável a Deus com nossa vida doada em vista de vida plena, feliz e abundante para todos.
O seguimento de Jesus é o fundamento e a motivação para o exercício de todo e qualquer ministério na comunidade cristã.
Na expressão de Paulo, os ministérios constituem o dinamismo do Corpo de Cristo, que é a Igreja: "pois como em um só corpo temos muitos membros, mas todos os membros não tem a mesma função, assim nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada um de nós somos membros uns dos outros "(Rm 12,4-5) "e a cada um é dada a manifestação do Espírito para a utilidade comum "(1 Cor 12,7).
Por isso, dons e carismas devem ser recebidos com gratidão e humildade, colocados como serviço para edificação do corpo eclesial, atendendo suas mais diversas necessidades em vista do Reino, e não como privilégios e honras pessoais.
Cabe a toda a comunidade e ao ministério da unidade, exercido por quem coordena a serviço de todos, o incentivo, o reconhecimento e preocupação com adequada formação para o bom desempenho de todos os ministérios.
3- Função litúrgico-espiritual de quem preside
Uma nova maneira de ser Igreja, determina uma nova maneira de celebrar, dando também um novo perfil e nova espiritualidade aos ministérios litúrgicos.
O Concílio Vaticano II nos deixa claro que as celebrações são ações de toda a comunidade: "... pertencem a todo o corpo da Igreja, e o manifestam e atingem; mas atingem a cada um dos membros de modo diferente, conforme a diversidade de ordens, ofícios e da participação atual" e os diversos serviços como, presidente, ajudantes, leitores, comentaristas, cantores, instrumentistas e outros necessários, no desempenho de sua função devem fazer aquilo e somente aquilo que pela natureza da coisa e pelas normas litúrgicas lhes compete.
As assembléias litúrgicas são chamadas a ser um sinal visível, um retrato, um sacramento, manifestando e realizando a Igreja, Povo de Deus, também em seus ministérios. Em geral, há alguém que coordena, preside ou seja, assume o serviço de ser sinal de Cristo enquanto Cabeça de seu corpo, a Igreja, toda ela animada pelo Espírito Santo. É Cristo quem preside a assembléia celebrante, no Espírito Santo. Quem preside torna-se sinal simbólico-sacramental dessa presença escondida, mas real.
Na maior parte das assembléias dominicais da Palavra, a presidência é exercida por leigos e leigas motivados pela convicção cristã e pelo desejo de servir à comunidade. Recebem da própria Igreja a legitimidade para exercê-la. Em geral, são pessoas que coordenam a comunidade e seus trabalhos pastorais e a própria celebração. É também comum exercerem esse ministério em equipe, retratando o jeito de ser das comunidades que se organizam em equipes também para a coordenação. "Essa presidência partilhada' é um forte testemunho de comunhão eclesial ".
É função de quem coordena, como sinal de Cristo-Cabeça constituir e animar a assembléia celebrante, sentindo-se parte dela, colocando-a diante da face de Deus, para um encontro de amor e compromisso como parceiros de uma aliança sempre nova e eterna. É a pessoa da relação, da comunhão e por isso, é importante que ocupe um lugar definido, à frente da assembléia, como servidor/a da koinonia eclesial. Sua principal tarefa é "tecer relações: entre Deus e o seu povo, entre os ministérios e a comunidade celebrante, entre os vários ministérios... fazendo das pessoas reunidas uma assembléia, uma comunidade participante, um povo sacerdotal". Assume espiritualmente a atitude de Jesus que vem para servir e não ser servido, que na última ceia, despojando-se do manto, amarra na cintura uma toalha, como um avental e assume um gesto de servo, lavando os pés dos discípulos e, ao se dirigir aa Pai, segura na mão toda a humanidade e, quando se dirige à humanidade não larga a mão do Pai, numa feliz expressão de Anthony Bloon, arcebispo ortodoxo, num encontro de Taizé.
No decorrer da celebração dominical da Palavra esse ministério se realiza:
a) acolhendo e estabelecendo laços entre os participantes desde o início da celebração;
b) preparando a celebração em equipe, valorizando e articulando os vários ministérios. A preparação feita de forma orante acolhe os sinais da ação pascal de Jesus e de seu Espírito do dia-a-dia da comunidade, ajudando-a a melhor celebrá-los na liturgia.
c) unindo a assembléia por Cristo, com Cristo e em Cristo, na unidade do Espírito Santo' com o Pai, - realizando a comunhão trinitária;
d) tornando presente o Senhor que se dirige ao povo reunido, na saudação inicial e na benção final;
e) representando o povo que se dirige ao Senhor nas orações;
f) garantindo a partilha do pão da palavra de Deus, na homilia feita em clima orante e sem perder sua dimensão profética e mistagógica;
g) conduzindo e ligando, de maneira viva e dinâmica, as várias partes da celebração, para torná-la um encontro amoroso do Senhor com a comunidade reunida.
h) ligando celebração e vida cotidiana - mistério vivido e mistério celebrado (mistagogia);
i) fazendo a ponte entre a comunidade local e outras comunidades, Igreja local e universal.
j) criando possibilidades para a participação ativa, consciente, plena e frutuosa de toda assembléia no mistério pascal.
A participação das mulheres na presidência das celebrações dominicais tem sido um sinal profético, além de trazer um traço feminino às celebrações, em geral, marcadamente masculinas.
As celebrações ganham em realismo, em dinamismo e em espiritualidade à medida que cada pessoa responsável por um ministério na comunidade, mas de modo particular quem preside, trouxer para a liturgia "o sacrifício de agradável odor" que brota de sua vida dedicada a serviço dos irmãos; por sua vez, a vida comunitária e toda sua missão no mundo receberão novo sentido e vigor da participação consciente, frutuosa e ativa na liturgia.
HOMILIA
I. NA CONSTITUIÇÃO “SACR0SANCTÜM CONCILIUM" DO VATICANO II (SC): N. 52
52. Recomenda-se vivamente como parte da própria Liturgia a homilia pela qual, no decurso do ano litúrgico, são expostos os mistérios da fé e as normas da vida cristã a partir do texto sagrado; não deve ser omitida sem grave causa nas missas dominicais e nos dias de guarda, celebrados com assistência de povo.
2. NA INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO (IGMR): N. 41-42
41. A homilia é uma parte da liturgia e vivamente recomendada'', sendo indispensável para nutrir a vida cristã. Convém que seja uma explicação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de outro texto do Ordinário ou do Próprio da Missa do dia, levando em conta tanto o mistério celebrado, como as necessidades particulares dos ouvintes.
42. Aos domingos e festas de preceito haja homilia em todas as Missas celebradas com participação do povo, quando não pode ser omitida, a não ser por motivo grave; também é recomendada nos outros dias, sobretudo nas férias do Advento, Quaresma e Tempo Pascal, como ainda em outras festas e ocasiões em que o povo acorre à Igreja em maior número'.
Via de regra é o próprio sacerdote celebrante quem profere a homilia.
3. NO ELENCO DAS LEITURAS DA MISSA (ORDO LECTIONUM MISSAE: OLM): N. 24-27
24. A homilia, como parte da liturgia da palavra, que ao longo do ano litúrgico expõe, a partir do texto sagrado, os mistérios da fé e as normas da vida cristã, a partir da Constituição litúrgica do Concílio Vaticano II, muitas vezes e com muito interesse foi recomendada e até prescrita para certas ocasiões. Na celebração da missa, a homilia, que normalmente é feita pelo próprio presidente, tem como finalidade que a palavra de Deus anunciada, juntamente com a liturgia eucarística, seja como "uma proclamação das maravilhas realizadas por Deus na história da salvação ou mistério de Cristo”. Com efeito, o mistério pascal de Cristo, anunciado nas leituras e na homilia, realiza-se por meio do sacrifício da missa. Cristo está sempre presente e operante na pregação de sua Igreja.
Assim, pois, a homilia, quer explique as palavras da Sagrada Escritura que se acaba de ler, quer explique outro texto litúrgico, deve levar a assembléia dos fiéis a uma ativa participação na Eucaristia, a fim de que "vivam sempre de acordo com a fé que professaram". Com essa explicação viva, a palavra de Deus que se leu e as celebrações que a Igreja realiza podem adquirir maior eficácia, com a condição de que a homilia seja realmente fruto de meditação, devidamente preparada, não muito longa e nem muito curta, e que se levem em consideração todos os presentes, inclusive as crianças e o povo, de modo geral as pessoas simples.
Na concelebração, a homilia, ordinariamente, é feita pelo celebrante principal ou por um dos concelebrantes.
25. Nos dias em que esta for prescrita, a saber, nos domingos e festas de preceito, deve-se fazer a homilia em todas as missas que se celebram com assistência do povo, sem excluir as missas que se celebram na tarde do dia precedente. Também deve haver homilia nas missas celebradas para as crianças ou para grupos particulares'.
Recomenda-se muito a pregação da homilia nos dias de semana do Advento, da Quaresma e do Tempo pascal, para o bem dos fiéis que participam regularmente da celebração da missa; e também em outras festas e ocasiões nas quais há maior assistência de fiéis na Igreja.
26. O sacerdote celebrante profere a homilia na cadeira, de pé ou sentado, ou no ambão.
27. Não pertencem à homilia os breves avisos que se devam fazer à assembléia, pois seu lugar é em seguida à oração depois da comunhão.
4. NO DOCUMENTO 43 DA CNBB (ANIMAÇÃO DA VIDA LITURGICA NO BRASIL)
275. Diferente do sermão ou de outras formas de pregação, a homilia (que significa conversa familiar) é parte integrante da Liturgia da Palavra e, como tal, fica reservada ao sacerdote ou ao diácono. É de desejar que haja homilia também nas celebrações em dia de semana.
276. É função da homilia atualizar a Palavra de Deus, fazendo a ligação da Palavra escutada nas leituras com a vida e a celebração. É importante que se procure mostrar a realização da Palavra de Deus na própria celebração da Ceia do Senhor. A homilia procura despertar as atitudes de ação de graças, de sacrifício, de conversão e de compromisso, que encontram sua densidade sacramental máxima na Liturgia eucarística.
277. Os fiéis, congregados para formar uma Igreja pascal, a celebrar a festa do Senhor presente no meio deles, esperam muito dessa pregação e dela poderão tirar fruto abundante. Contanto que ela seja simples, clara, direta e adaptada, profundamente aderente ao ensinamento evangélico e fiel ao magistério da Igreja. Para isso é necessário que a homilia seja bem preparada, relativamente curta e procure prender a atenção dos fiéis.
278. Onde for possível, convém que a homilia seja preparada em equipe com a participação de alguns cristãos leigos para que se possa levar em conta não só "o mistério celebrado, como as necessidades particulares dos ouvintes".
279. Onde for oportuno, convém que a homilia procure despertar a participação ativa da assembléia, por meio do diálogo, aclamações, gestos, refrões apropriados. Ainda, segundo as circunstâncias, o sacerdote poderá convidar os fiéis a dar depoimentos, contar fatos de vida, expressar suas reflexões, sugerir aplicações concretas da Palavra de Deus. E finalmente, fazer algumas perguntas sobre o que falaram as leituras, como elas iluminam a nossa vida; e até que ponto a celebração da Eucaristia a realiza.
280. Conforme o caso a dramatização da Palavra, discreta e permitida pela Liturgia, poderá ser excelente complementação da homilia, sobretudo nas comunidades menores e mais simples.
AÇÃO DE GRAÇAS
1. TEMPO COMUM
• Coleta fraterna
É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta:
• Da palavra à refeição
Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. O (a) animador (a) convida a assembléia a se aproximar do altar (veja em cada domingo) e a fazer uma breve inclinação.
C. Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós o pão consagrado, memória viva do corpo do Senhor, da vida que ele entregou para curar as nossas enfermidades e libertar-nos de toda maldade.
Canta-se um refrão:
Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o pão da alegria descido do céu.
• Oração de ação de graças
0(a) coordenador(a) toma o lugar no altar e convida a assembléia para o louvor:
C: O Senhor esteja com vocês!
T: Ele está no meio de nós!
C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus!
T: É nosso dever e nossa salvação!
C: Nós te damos graças, ó Deus da vida, porque neste santo dia de domingo nos acolhes na comunhão do teu amor e renovas nossos corações com a alegria da ressurreição de Jesus. Em ti vivemos, nós nos movemos e somos. Recebemos a cada dia as provas do teu amor de mãe e desde já a promessa da imortalidade.
T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: A criação inteira te bendiz pela ressurreição de Jesus, que renova todas as coisas. Nele renova-se a esperança de que a morte será vencida e de que o teu reino vai chegar em nossa terra.
T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: Por este sinal do corpo do teu Filho, expressamos nosso desejo de corresponder com mais fidelidade à missão que nos deste e invocamos sobre nós o teu Espírito. Apressa o tempo da vinda do teu reino, e recebe o louvor de todo o universo e de todas as pessoas que te buscam.
T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus, por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:
T: Pai nosso... pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
• Rito da comunhão
C: Assim disse Jesus: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim , nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede ' .
Ou:
C: Da mesma maneira como este pão partido foi primeiro trigo plantado e depois recolhido para se tornar alimento, assim também somos um só corpo no Cristo Jesus.
Mostrando o pão consagrado:
Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo! T: Senhor, eu não sou digno(a)...
Distribuição da comunhão – canto
• Oração final
2. TEMPO COMUM
• Coleta fraterna
É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta:
• Da palavra à refeição
O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.
C. Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós o pão consagrado, . memória viva do corpo do Senhor, da vida que ele entregou para curar as nossas enfermidades e libertar-nos de toda maldade.
Canta-se um refrão:
Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o pão da alegria descido do céu.
• Oração de ação de graças
0(a) coordenador(a) toma o lugar no altar e convida a assembléia para o louvor:
C: O Senhor esteja com vocês!
T: Ele está no meio de nós!
C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus!
T: É nosso dever e nossa salvação!
C: Nós te damos graças, ó Deus da vida, porque neste dia santo de domingo nos acolhes na comunhão do teu amor e renovas nossos corações com a alegria da ressurreição de Jesus.
T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: Esta comunidade aqui reunida recorda a vitória sobre a morte, escutando a tua Palavra e repartindo o pão, na esperança de ver o novo céu e a nova terra, onde não haverá fome, nem morte, nem dor, e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.
T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: Por este sinal do corpo do teu Filho, expressamos nosso desejo de corresponder com mais fidelidade à missão que nos deste e invocamos sobre nós o teu Espírito. Apressa o tempo da vinda do teu reino, e recebe o louvor de todo o universo e de todas as pessoas que te buscam.
T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.
C: Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus, por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:
T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
• Rito da comunhão
C: Assim disse Jesus: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim , nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede ' .
Ou:
C: Da mesma maneira como este pão partido foi primeiro trigo plantado e depois recolhido para se tornar alimento, assim também somos um só corpo no Cristo Jesus.
Mostrando o pão consagrado:
Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo! T: Senhor, eu não sou digno(a)...
Distribuição da comunhão – canto
• Oração final
3. TEMPO QUARESMA
• Abraço da paz
A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou. Demo-nos uns aos outros o abraço da paz!
• Coleta fraterna
É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as. necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta um canto da campanha da fraternidade.
• Da palavra à refeição
O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.
C. Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós este pão consagrado, memória viva do corpo do Senhor, que nos revela sua glória e nos chama a preparar, com intensidade, a sua páscoa.
Canta-se um refrão:
O pão de Deus é o pão da vida, que do céu veio até nós.
Ó Senhor, nós vos pedimos, dá-nos sempre deste pão. (bis)
• Oração de ação de graças
O(a) coordenador(a), ocupando o Lugar no altar, convida a assembléia.'. para o louvor:
C: O Senhor esteja com vocês.
T: Ele está no meio de nós.
C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
T: É nosso dever e nossa salvação.
C: É um prazer para nós te louvar e te adorar, Deus de bondade. Tu nos dás a cada ano a graça de esperar com alegria a santa páscoa. De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor fraterno, preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais, que nos deram vida nova e nos tornaram teus filhos e tuas filhas.
T: Louvor e glória a ti, ó Deus, força de paz!
C: Assim como alimentaste teu povo no deserto, sustenta também a nós que esperamos a santa páscoa. Lembrando a santa ceia de Jesus, colocamos nesta mesa o pão consagrado, sacramento da sua entrega. Nós te louvamos fazendo memória da sua vida, e do seu amor até o fim, enquanto aguardamos a sua vinda. Derrama sobre nós o teu Espírito, e recebe o louvor de todo o universo e de todas as pessoas que te buscam. .
T: Louvor e glória a ti, ó Deus, força de paz!
C: Senhor Jesus, lembra-te de nós em teu reino E, agora, ensina-nos a rezar:
T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
• Rito da comunhão
Após o pai-nosso o(a) coordenador(a) convida a comunidade a partilhar o pão dizendo:
Da mesma maneira como este pão posto sobre esta mesa, foi primeiro semeado sobre as colinas e múltiplo em suas espigas, e depois recolhido para tornar-se um, congrega assim teus amados e amadas de todos os cantos da terra no teu reino, por Cristo, nosso Senhor.
Mostrando o pão consagrado, convida a comunidade a partilhar o pão:
C: Eu sou a luz do mundo;
Quem me segue não andará nas trevas, Mas terá a luz da vida.
C: Provem e vejam como o Senhor é bom.
Feliz quem encontra nele seu refúgio e segurança.
C: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.
T: Senhor, eu não sou digno(a)..:
• Oração final
4. TEMPO PASCOA
• Abraço da paz
A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou. Demo-nos uns aos outros o abraço da paz!
• Coleta fraterna
É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia entoa um canto apropriado.
• Da palavra à refeição
O(a) animador(a) convida a comunidade a se reunir ao redor do altar. Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.
C: Demos graças ao Senhor repartindo entre nós este pão consagrado, memória viva do corpo do Senhor,. que se faz presente em nossa mesa, como se fez na última ceia e nas refeições depois da ressurreição. Que ele confirme a nossa fé na sua ressurreição.
Canta-se um refrão:
O Senhor ressurgiu, aleluia!
É o cordeiro pascal, aleluia, aleluia! Imolado por nós, aleluia, aleluia!
É o Cristo Senhor, ele vive e venceu; aleluia!
Pão em todas as mesas, da páscoa a nova certeza.
A festa haverá e o povo a cantar, aleluia!
• Oração de ação de graças
C: O Senhor esteja com vocês. .
T: Ele está no meio de nós.
C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
T: É nosso dever e nossa salvação.
C: Ó Deus bondoso e fiel, é muito 6om te louvar em todo o tempo e lugar, especialmente neste dia em que Cristo, nossa páscoa, foi imolado.
T: A ti, ó Deus, a louvação, nesta festa da ressurreição! (melodia: Ó uem cantar comigo).
C: Por ele, os filhos e as filhas da luz renascemos para uma vida sem fim: E as portas do reino se abrem para nós. Nossa morte foi redimida pela sua e, na sua ressurreição, ressurgiu a vida para todos.
T: A ti, ó Deus, a louvação, nesta festa da ressurreição!
C: Como Jesus se reuniu com os discípulos de Emaús e se deu a conhecer a eles na partilha do pão, nós também nos alegramos na partilha deste pão consagrado e recebemos a revelação do seu amor e a força da missão. Derrama sobre nós o teu Espírito, e recebe o louvor de todo o universo e de todas as pessoas que te buscam.
T: A ti, ó Deus, a louvação, nesta festa da ressurreição!
C: Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus, por quem .oramos com as palavras que ele nos ensinou:
T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
• Rito da comunhão
Após o pai-nosso, o(a) coordenador(a) convida a comunidade a partilhar, dizendo:
C: Da mesma maneira como este pão posto sobre esta mesa foi primeiro semeado sobre as colinas, multiplicado em suas espigas e depois recolhido para tornar-se um, congrega assim teus amados e amada de todos os cantos da terra no teu reino, por Cristo, nosso Senhor. .
Ou:
C: Assim disse Jesus: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede".
Mostrando o pão consagrado, convida a comunidade a partilhar a pão:
Provem e vejam como o Senhor é bom. Feliz quem encontra nele seu refúgio e segurança.
Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.
T: Senhor, eu não sou digno(a)...
. Oração final
5. TEMPO ADVENTO
• Abraço da paz
A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou. Demo-nos uns aos outros o abraço da paz!
• Coleta fraterna
É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta um canto adequado.
• Da palavra à refeição
O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Vejam em cada domingo o convite para passar "da palavra à refeição". Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.
A. Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós este pão consagrado, memória viva do corpo de Jesus, razão da nossa alegria, a quem esperamos com toda a ternura do coração.
Canta-se um refrão:
Ó Vem, Senhor, não tardes mais, Vem saciar nossa sede de paz.
• Oração de ação de graças
O(a) coordenador(a), ocupando o lugar no altar, convida a assembléia para o louvor:
C: O Senhor esteja com vocês.
T: Ele está no meio de nós.
C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
T: É nosso dever e nossa salvação.
C: É muito bom te louvar, ó Deus bondoso e fiel! Desde o começo do mundo, tu te revelaste aos antigos pais e mães da nossa fé como Deus santo e amigo da humanidade. Por meio dos profetas, falaste ao povo da primeira aliança e tuas palavras se cumpriram em Jesus, teu filho amado, a quem esperamos. T: Vem, vem, Senhor Jesus, vem!
T. Vem, bem-amado Senhor!
C: João Batista, lá no deserto, apontou para nós o Messias e deu testemunho de sua luz. Maria, recebendo o anúncio do anjo, ficou grávida do Verbo. E tuas promessas se cumpriram na plenitude dos tempos pela vida de Jesus Cristo, nosso Salvador! Hoje, teu povo reunido em louvação é sinal de que teu reino está chegando. Acolhe nosso desejo de sermos unidos em Jesus Cristo e de vermos brilhar em nossa humanidade o esplendor da sua luz.
T: Vem, vem, Senhor Jesus, vem! Vem, bem-amado Senhor!
C: Por este sinal do corpo do teu Filho, que alimenta e sustenta a tua Igreja, expressamos nossa fé e invocamos sobre nós o teu Espírito. Apressa o tempo da vinda do teu reino e recebe o louvor de toda a criação e a prece que elevamos a ti com as palavras que Jesus nos ensinou:
T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
• Rito da comunhão
C: Assim diz o Senhor: "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e comerei com ele e ele comigo" (Ap 3,20).
Mostrando o pão consagrado:
C: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo,
T: Senhor, eu não sou digno(a)...
Distribuição da comunhão -canto.
• Oração final
6. TEMPO NATAL
• Abraço da paz
A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou. Demo-nos uns aos outros o abraço da paz!
• Coleta fraterna
É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta um canto da campanha da fraternidade.
• Da palavra à refeição
O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.
A. Demos graças ao Senhor, repartindo entre nós este pão consagrado em memória de Jesus, que se manifesta em nossa mesa como nosso Salvador, a quem reconhecemos e adoramos, como Maria e os Pastores.
Canta-se um refrão
Ó vem, Senhor, não tardes mais, Vem saciar nossa sede de paz.
.Oração de ação de graças
O(a) coordenador(a), ocupando o lugar no altar, convida a assembléia para o louvor:
C: O Senhor esteja com vocês.
T: Ele está no meio de nós.
C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
T: É nosso dever e nossa salvação.
C: É um prazer para nós te louvar, Deus do universo. Antes que nos aproximássemos de ti, tu te fizeste próximo de nós, igual a nós na humanidade de Jesus, para nos fazer participar da tua glória. Com os anjos que anunciaram o teu nascimento em Belém, nós te bendizemos!
T: Glória a Deus no mais alto dos céus!
C: Por ele, realiza-se hoje o maravilhoso encontro entre o céu e a terra para conduzir todos os viventes à intimidade da tua comunhão. Tornando-se humano entre nós, a nossa natureza humana recebe uma incomparável dignidade.
T: Glória a Deus no mais alto dos céus!
C: Diante do pão consagrado que nos deste como alimento de nossa caminhada, nós te agradecemos. Derrama sobre nós o teu Espírito. Como santificaste Jesus no batismo, consagra-nos também. Faz de nós criaturas novas e recebe o louvor de toda a criação e a prece que elevamos a ti com as palavras que Jesus nos ensinou:
T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
• Rito da comunhão
C: O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Hoje desceu do céu a verdadeira paz.
Mostrando o pão consagrado, diz:
C: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.
T: Senhor, eu não sou digno(a)...
• Oração final
BIBLIOGRAFIA PARA O CURSO DE MINISTRO DA PALAVRA
(Região de Mauá)
1. CNBB, Animação da vida litúrgica no Brasil
São Paulo: Paulinas, 1989 (Documento da CNBB 43)
2. CNBB, Orientações para a Celebração da Palavra de Deus
São Paulo: Paulinas, 1994 (Documento da CNBB 52)
3. GUIMARÃES, Marcelo – CARPANEDO, Penha. Dia do Senhor. Guia para as Celebrações das comunidades
São Paulo: Apostolado Litúrgico – Paulinas (Coleção com cinco volumes)
4. CNBB, A Sagrada Liturgia, 40 anos depois
São Paulo: Paulus, 2003 (Coleção Estudos da CNBB 87)
5. Coleção Rede Celebra – Paulinas (Cinco Volumes)
6. BUYST, Ione. (Coleção Equipe de Liturgia), especialmente
Vol. 5 : Celebração ao Redor da Palavra de Deus
São Paulo: Paulinas
7. Coleção: Celebrar a Fé e a Vida – Paulus
• Vamos Celebrar
• Diaconia do Acolhimento
• Preparando passo a passo a celebração
• Celebrar em Espírito e Verdade
• O Domingo. Páscoa semanal dos cristãos
• Vigília Pascal
• O que é Liturgia
8. CNBB, Orientações pastorais sobre o RCC
São Paulo: Paulinas, 1994 (Documento da CNBB 53)
9. CNBB, A musica litúrgica no Brasil
São Paulo: Paulus, 1999 (Documento da CNBB 79)
O texto reflete a realidade da piedade/Fé popular no Brasil, que graças a Deus é grande, e a Igreja necessita muito valorizar o carisma do Povo de Deus, todo Povo de Deus, ganhar esse novo mundo que a ciência, a tecnologia e a evolução trouxeram ao homem moderno, cuja essencia de Fé e religião não modificaram. Pois, a despeito de toda evolução, o homem é um ser eminentemente voltado para o seu criador e só nele se completa. Assim, todo empenho, toda palavra em nome de Deus e seu Filho Jesus faz do homem um ser melhor.
ResponderExcluirO Vaticano II veio adequar a Igreja a realidade do homem de hoje e sua Fé, que permanece a mesma, não obstante a tecnologia.
Nesse contexto, urge informar e formar o Cristão de hoje, para sem medo exercer a sua Fé e seu ministério batismal, seja leigo ou consagrado.
Muito bom o texto, obrigada.
É muito bom saber que os textos postados neste Blog, de uma forma ou de outra esteja sevindo para fazer com que pessoas de todos os cantos religiões e culturas possam se aprofundar em seu conhecimento religioso e cultural abrindo-se a novos horizontes, podendo exercer ecumenicamente sua opção religiosa de forma a crescermos em sabedoria e graça diante de Deus.
ResponderExcluirobrigado por seu comentário.
Alegra minha alma ao encontrar um blog que nos leve a oração dominical. Meu maior problema como Leigo Missionário (da Consolata) é trabalhar com o ministério leigo da palavra quando se trata de usar-se pronomes de tratamento, tendo um padre que por não tentar entender a diversidade da análise de nossa lingua, remete o Ministro da Palavra a uma 2ª categoria, afirmando que o padre age como persona Christi e só ele usa pode e deve usar o pronome "CONVOSCO". Isso me deixou chateado, pois até então tenho usado a mesma colocação de vosso blog; pois como teologo não entendo que na liturgia e na Igreja possamos ter CRISTÃO DE PRIMEIRA, OU DE SEGUNDO. Felicidades - Mis. Edil Tadeu P. França
ResponderExcluirSalve Maria!
ResponderExcluirGostaria de sugerir este estudo sobre o cumprimento do preceito dominical, e da posição da Igreja sobre as Celebrações Eucaristicas, com base nos documentos da Igreja: http://padrepauloricardo.org/episodios/cumpro-o-preceito-dominical-participando-da-celebracao-da-palavra
Gostaria de fazer o curso de ministro da eucaristia. Pois estou apto a servir qualquer igreja do Brasil. Jose Gonçalves dos Santos. E-mail: aconjur2020@Gmail.com fone: (092) 992902427
ResponderExcluirBom dia1
ResponderExcluirgostaria de saber se o senhor teria como me disponibilizar a estrutura que o ministro da palavra deve seguir,de acordo com as ultimas orientações ocorridas em 2016?
Olá, boa noite Rogério, ainda não tenho em mãos um estudo sobre as mudanças feitas.
ExcluirMeu novo email-portoliberato@yahoo.com.br
ResponderExcluirAmem
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