segunda-feira, 23 de maio de 2011

O MINISTÉRIO DA PALAVRA

Tema: “O Ministério da Palavra”


Para os ministros e ministras da palavra e aspirantes


“Os Ministérios na celebração Litúrgica”

“A Homilia o que é?”

Qual a Função de quem preside a celebração?”

“Ritmo, Animação e criatividade nas celebrações”

“A comunicação Litúrgica: Seus segredos”

“Celebração da palavra”

“A função do ministro (a)”

na celebração dominical da palavra”

“Ação de graças”

“Eucaristia”

“Bibliografia”

“Toda criatura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, refutar, corrigir e educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra”.

Rogo a você diante de Deus e de Jesus Cristo, que há de vir para julgar os vivos e os mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino; proclame a palavra, insista no tempo oportuno e inoportuno, advertindo, reprovando e aconselhando com toda paciência e doutrina...



(Carta de Paulo à Timóteo)


1º Tema: MINISTÉRIOS: O que são e para que servem?


1.1. Ministros o que são?

MINISTÉRIOS:

no Latim     =  “serviço” 

no grego     = “Diakonia”


No Novo Testamento há varias listas de ministérios ou serviços que os cristãos podem prestar à comunidade eclesial e ao mundo, em particular aos mais necessitados.


Com o tempo, surgiu a exigência de que houvesse uma ordem ou hierarquia entre os ministérios, e organizar isso foi tarefa para os apóstolos, discípulos encarregados por Jesus de dirigir a Igreja.



1.2. Classificação dos Ministérios



1o => o dos bispos (Episcopado), o dos padres (presbiterado) e o dos diáconos (diaconato).

Esses ministérios são conferidos pelo sacramento da Ordem.



2o => ministérios instituídos pela hierarquia: leitor, acólito, ministros extraordinários dos sacramentos.



3o => ministério reconhecido pela comunidade mas não necessariamente ligado aos sacramentos. Ex: ministro da acolhida.



1.3. Distinção entre serviço e ministério:



Serviços prestados de vez em quando, de forma espontânea não são ministérios.

Quando este serviço ganha uma certa permanência sendo reconhecido pela Igreja, torna aquele que o exerce representante da Igreja, constituindo assim um ministério.



Fundamentação dos ministérios:



a) O ponto de partida para compreendermos todos os ministérios na Igreja é relaciona-los com Cristo.

O fato fundamental do Evangelho para a questão dos ministérios está na escolha dos doze apóstolos (Mc 3,13-19; Mt 10,1-4; Lc 6,12-16).

O ministério nasce de Cristo, é confiado aos Doze, e a partir deles os serviços são repartidos, segundo as necessidades da Igreja.



b) Ver a relação entre ministérios e a Igreja. Cristo iniciou sua Igreja com a pequena comunidade dos doze apóstolos. Mas ele quis que esta comunidade estivesse aberta não só para outros setenta e dois, e sim para o mundo inteiro. Os ministros expressam a presença viva de Cristo, que continua suscitando e animando a sua Igreja.



c) Nos ministérios de Cristo deve haver ao mesmo tempo unidade e diversidade.

Unidade: todos os ministérios nascem de Cristo, da missão que recebeu do Pai e confiou aos Doze.

Diversidade: Cristo escolheu diversos apóstolos, depois enviou mais discípulos, sendo que cada ministro participa da missão de Cristo segundo os dons que o Espírito lhe concede (1Cor 12,4). Portanto, os critérios que sempre devem guiar a distribuição dos ministérios são a unidade e a diversidade.



d) Refazer a diversidade dos ministérios que com o passar dos tempos se concentrou nas pessoas dos bispos, padres e diáconos. Uma das características mais expressivas da atual renovação da igreja, proposta pelo Concilio Vaticano II, é a diversificação dos ministérios: as pessoas mais diversas exercendo formas mais diversificadas de ministérios.



e) Uma Igreja toda ministerial a serviço da missão. E todos participam da missão sendo chamados a exercer o grande ministério que a Igreja recebeu de Cristo.



f) Outra referencia importante para situar os ministérios é o crescimento da consciência da missão dos leigos na Igreja. O que importa é ser cristão que assume a missão.

o sínodo sobre os leigos, em 1987, propôs a formulação exata: ser cristão é o substantivo, ser leigo é o adjetivo. Cristão leigo, cristão presbítero etc...



1.4. Para que servem os ministérios?

a) anunciar o Evangelho;

b) celebrar o culto a Deus;

c) servir à comunidade cristã e a sociedade.



As incumbências dos ministros correspondem às necessidades da comunidade, que fundamentalmente são de três dimensões: evangelização, celebração e comunhão.

( Kerigma, Diakonia, Koinonia).

Quem recebe algum ministério, em primeiro lugar é para colaborar na missão de evangelizar. E isto acontece pela maneira como cada ministro exerce sua missão. Quanto maior a responsabilidade que alguém tem na Igreja, mais precisa se dedicar à evangelização.



1.5. Como criar novos ministérios?



O critério fundamental da organização dos ministérios é que eles se voltem para estimular a vida da comunidade cristã, com participação de todos.



1o devem corresponder a uma necessidade da comunidade cristã e da sua missão no mundo.

2o devem ser pensados como um serviço voltado para o mundo (anuncio do Evangelho transformando a sociedade).

3o devem constituir para os ministros, um estimulo de crescimento na fé e na comunhão da Igreja. Nunca uma honraria ou promoção pessoal.

4o eles devem manifestar as diversas dimensões da Igreja, não só o aspecto litúrgico, nem somente voltado para a dimensão social.

5o novos ministérios devem passar por um período de experiência até serem aprovados como tais.

6o quando existiram condições objetivas (definição de tarefas e necessidades) e subjetivas (idoneidade do candidato), procurar-se dar o reconhecimento público, também através do rito apropriado, sem, contudo, clericalizá-lo.



1.6. como escolher os ministros?



1o a comunidade deve participar na escolha dos ministros.

2o exige-se do candidato preparação adequada e a aceitação de submeter-se periodicamente a uma avaliação por parte da comunidade.

3o evite-se o monopólio do ministério nas mãos de um só dirigente ou de um pequeno grupo.

4o os ministros extraordinários não sejam permanentes, mas temporários.

5o tarefas pastorais ou ministérios poderão ser confiados a um casal, equipe ou grupo dotado de adequada coordenação ou estrutura.



Especial atenção deve ser dada ao exercício do ministério nos meios mais pobres, a fim de que as dificuldades materiais não impeçam a atuação pastoral exatamente onde, muitas vezes, é maior a riqueza espiritual (Tg 2,5; 2Cor 8,14; Mt 11,25). Em qualquer caso a comunidade deve prover ao justo sustento de quem se dedica inteiramente a um ministério pastoral (1Cor 9,7-14; Mt 10,10; 1Tm 5,7-19).





2º Tema: Homilia o que é?



HOMILIA:conversa familiar, ligando Vida, Bíblia e Celebração!(I)

Maria de Lourdes Zavarez



A Liturgia da Palavra é diálogo amoroso e comprometedor entre Deus e seu povo, congregado em Cristo e animado pelo seu Espírito.

A homilia, como parte integrante deste diálogo, merece nossa atenção. Vamos, então aprofundá-la!

Homilia significa conversa familiar. Um diálogo fraterno, continuando o assunto da conversa que Deus vem fazendo conosco através das leituras e dos fatos da vida. Ela tece harmoniosamente uma relação entre a Bíblia, a celebração e a vida. Estabelece um elo entre a proposta de Deus e a resposta da assembléia.



A homilia é ação simbólica assim como cada momento da liturgia da palavra. “Cristo está presente na sua Palavra, quando na Igreja se lê e comenta a Escritura” (SC 7). Esta afirmação do documento conciliar sobre a liturgia nos lembra a experiência dos discípulos de Emaús, que sentiram o coração arder quando, pelo caminho, Jesus lhes falava e explicava as Escrituras.(cf. Lc 24,32)



Homilia não pode ser confundida com sermão, discurso temático ou pregação com caráter moralizante. Não é estudo bíblico ou catequético nem reflexão e, muito menos, deve ser substituída por desabafos pessoais de quem a faz.



Não basta simplesmente explicar os textos bíblicos. É preciso interpretá-los a partir da realidade, atualizando-os na vida concreta da comunidade celebrante, tendo como referência o mistério de Cristo. Ele faz arder os corações, abrindo-os à conversão, à transformação pessoal, comunitária e social...



A homilia é o momento da comunidade expressar e firmar seu compromisso com o Senhor, como parceira da aliança, como se deu aos pés do Sinai, quando Deus propôs ao povo de Israel: “Se ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis minha propriedade exclusiva dentre todos os povos”. O povo, prontamente, respondeu: “Faremos tudo o que o Senhor falou” (Ex 19,7-8).

Quebramos a dinâmica dialogal deste momento, quando deixamos os compromissos para os ritos finais, desconhecendo que tudo o que se segue à homilia, com o rito eucarístico, é celebração deste compromisso ou seja, a entrega de nossa vida com Cristo ao Pai.



Cremos que é o próprio Cristo que fala, quando na liturgia, são lidas e explicadas as Escrituras. E a homilia é ação do seu Espírito.

Ele abre a comunidade para compreender, saborear e aceitar a Palavra proclamada, perceber o sentido dos acontecimentos à luz da Páscoa, renovar em ação de graças sua fé, retomar os motivos de sua esperança e se comprometer com a fraternidade, a justiça e o mandamento do amor.

Esta ação não se dá automaticamente. É trabalho conjunto do Espírito e da comunidade celebrante.



Além de fazer a ligação entre os textos bíblicos e a vida, é função da homilia abrir e conduzir a assembléia para dentro do mistério da salvação, acontecendo no momento celebrativo. É sua dimensão mistagógica nem sempre levada em conta em nossas celebrações.



E como fazer isto? Primeiramente, evocando as ações libertadoras que Deus realizou e realiza por nós em Jesus. Ele é o grande motivo da ação de graças que a comunidade faz a seguir na oração eucarística. E, depois, despertando na assembléia a atitude de oferenda e comunhão com Cristo ao Pai.



Fale com o povo e não “para o povo” ou “diante do povo” na homilia. Com simplicidade, clareza e sinceridade. Com estilo coloquial, perto, perto das pessoas, fazendo parte da assembléia litúrgica. Com tom amigo (intimo), sem estilo clerical (doutoral) e muito menos artificial (falso).

Seja novo no conteúdo e na forma da homilia, para despertar interesse e atração. Prepare bem o início, o fim e “o que” dirá na homilia de forma plástica, audiovisual. Procure ser ouvido e entendido por todos com boa dicção, articulação e ritmo. Permita intervenção, perguntas, discordância, sem ironizar, mostrando-se ofendido.



Seja breve, falando 10 minutos aos domingos e 3 minutos na homilia diária.



A homilia faz parte de um todo litúrgico e não é a parte principal da celebração. A homilia começa no rito de entrada, acolhida e penitencial, onde se coloca o objetivo. É preparada pela liturgia da palavra, da qual faz parte integrante e indispensável. É função de quem preside, porque começa na entrada e termina com a despedida final.



Liga liturgia da palavra com liturgia eucarística, fazendo ponte, elo, gancho. A homilia não pode interromper o ritmo da celebração com seu conteúdo e sua forma. Deve provocar um ‘crescimento’ na celebração, dando sentido concreto e vivo à eucaristia. Garantir o ritmo é zelar pela alma da celebração, da proclamação e da homilia.



Não fale fora da realidade, da palavra e do sacramento. Trate de assunto atual, que o povo experimenta e se interessa por ele. Mostre a vontade e o projeto de Deus, que está conosco e vivo na eucaristia.



Não trate de 20 assuntos diferentes, mas de um só em 20 formas diferentes. Mostre a atualidade, importância e necessidade de se viver o assunto escolhido. Justifique e ilumine esse assunto com modo de viver aquela vontade de Deus na semana.



O Tema-chave da homilia pode estar na oração, no salmo, no cântico interlecional. A frase de um salmo pode sintetizar a riqueza bíblica de uma celebração litúrgica. O pedido da ‘coleta’ pode ser o assunto nuclear da celebração e da pregação. Importa que o homilia aprofunde o que se colocou na entrada e se irá colocando até o final.



Não há celebração sem homilia, nem sacramento sem proclamação da Palavra. As duas primeiras leituras é função do Leitor e o evangelho é função do diácono. (na ausência deste, o responsável é quem preside), a homilia é responsabilidade de quem preside que poderá envolver outras pessoas e até toda a assembléia na partilha da Palavra. É uma tarefa sagrada. Daí decorre sua responsabilidade de preparar-se bem durante a semana.



Neste sentido, muito tem ajudado um jeito antigo de ler a Bíblia, redescoberto e utilizado recentemente, por muitas comunidades cristãs, a leitura orante, ou lectio divina. Esse método consta de quatro momentos ou passos:

a) A leitura aprofundada e cuidadosa dos textos bíblicos indicados, ou pelo menos do evangelho;

b) A meditação, ligando os textos bíblicos com nossa vida, com a realidade que nos cerca;

c) A oração brotando desta meditação: “O que esta palavra nos leva a dizer a Deus?”

d) A contemplação, momento de entrar em comunhão íntima, deixando-nos conduzir pela ação amorosa do Senhor. “

Para manter a dimensão orante, dialogal, profética e mistagógica, três perguntas poderão orientar e facilitar a participação da assembléia nesta conversa familiar, que é a homilia:

a) Qual a boa notícia de Deus para nós hoje?

b) Qual o apelo que Ele nos faz?

c) Que resposta daremos a esta Palavra na celebração e na vida?

O silêncio torna-se indispensável no final da homilia. Assim a resposta à Palavra, a ser dada pela comunidade, na celebração e na vida, ganhará autenticidade, realizada primeiro, no íntimo de cada pessoa, pela ação do Espírito. Este momento poderá ser seguido de um refrão, inspirado na Palavra.



As partes de um sermão



1. Introdução



• Escolher um fato, uma historinha, uma frase, um pronunciamento, a descrição de uma cena.

• Evitar falar de si mesmo

• As vezes convém saudar: prezados irmãos...



2. Explanação do Significado



• Extensão do tema: “ama teu próximo”

• Focalizar alguns aspectos de vários ângulos, não querer falar tudo.

O que é amar?

O que é próximo?



3. Argumentação (raciocínio)



• Para que? “A casa construída sobre a areia”.

• Isso é bom? Sim

Por causa da coisa em si amor

Por causa da autoridade de quem fala Jesus

Pelas conseqüências solidariedade



4. Objeções e dificuldades



Não carregar demais os problemas, pode ser prejudicial / (vinagre no café)



Tem pregador que gosta de ‘resto de feira’. Vale mais uma luz que ficar amaldiçoando à escuridão. Teresa de Calcutá: “Enquanto discutem as causas eu curo os doentes”.



É necessário valorizar o positivo, se corriges o negativo, termina com o positivo.



5. Comparar



“Não adianta enxugar o chão, se em cima a torneira fica aberta”.



“É melhor prevenir do que remediar”.

“Furar a pedra”

“Não dar o passo maior que as pernas”.

Evidenciar, o critério da verdade.

Jesus usava comparações: “a vida inteira”.

Penetra no INTELECTO => VONTADE => LEVA A AÇÃO



6. O exemplo

2 Tim 4,2

“Anuncie a mensagem em tempo oportuno, convença, corrija, fale para transformar.”

O orador é uma junção de professor e de ator. Ensina e da dramaticidade viva.

O orador que é só professor é como uma arvore só de tronco e de raiz.

O orador que é só ator parece uma planta que só tem folhas e frutos.

O orador junção de professor com ator, assemelha-se a uma arvore com troncos, raiz, ramos e flores.



7. Recapitulação com interrogação:



Verificar se o publico entendeu qual foi mesmo a pergunta que Jesus fez.



8. Convicção:



Uma boa propaganda leva a pessoa a agir e não desistir e nem desviar-se do caminho.

Desperta interesse, atenção desejo, ação, convicção.



9. Finalização



Cuidados:

1º como começar a homilia? A largada, o trilho, as primeiras frases devem ser leves para despertar a CURIOSIDADE e o INTERESSE.

Evitar fórmulas de repetição: “Hoje de novo”...

O povo desliga fácil.

2º antes de falar, querer bem ao povo (empatia) João Paulo II falava português enrolado, mas o povo percebe o amor que está por traz de suas palavras.

O amor transparece no sorriso aberto.

É preciso o pregador estar em sintonia com o povo.

Falar sempre em terceira pessoa, “Nós somos...”

O povo percebe se ele quer se mostrar ou é alguém que ama e é simples.



3º falar com firmeza.

Não titubear, revelar insegurança, não falar: “Eu não tive tempo de me preparar”.

Respire fundo, o medo e a perturbação, costumam retrair a respiração. Segure e solte o ar.

4º Olhe calmamente o auditório sem fixar o olhar a ninguém.



5º confiança em Jesus (Não são vocês que falaram... é o Espírito Santo que falará por vocês). Mt 10,20.

Quando um orador demonstra que ama seu auditório apresenta-se de maneira simpática, manifesta-se senhor de si, desperta interesse e atenção já nas primeiras frases.



6º saber terminar (acabamento, final da melodia, convite)

Não é uma “aterrissagem forçada”, o povo fica nervoso. Cortar o assunto quando o pregador está enrolando pode destruir tudo o que foi construído anteriormente. Deve ser rápido, breve e arejado.

Não querer esgotar o tema: vai e faze tu mesmo

Saber passar para o ofertório

Homilia que não leva a ação é como uma ponte construída pela metade, ainda que esteja bem construída de nada adianta porque não atinge o outro lado.



7º preparação

Que pretendo? Como falar? Quanto tempo?

Buscar na vida, tirar do próprio poço, Reunião de liturgia, selecionar, iluminação criativa, escrever o esqueleto, meditação, assimilação.

3º Tema: Ministério da presidência



1º Escrever no quadro negro as palavras, “LIDER”, “PRESIDENTE” e ver com o pessoal a relação das duas.



LIDERANÇA: é fundamental e importante numa comunidade. Nenhum grupo sobrevive sem um mínimo de organização. Líder é aquele que tem o ministério de coordenar e de levar adiante o grupo. Corpo sem cabeça não funciona. O técnico de futebol que não coordena seu time, já sabe o que o aguarda: Derrota! Já pensou se ele mandasse todos para o campo e todos fizessem o que bem entendessem?

Na evangelização é preciso haver “coordenação” (Não estou falando de chefes, caciques ou semelhantes...) E isso se faz por meio de alguém que assuma esse papael: Levar o povo à participação e a vida de comunidade.

Quem assume o trabalho de coordenar uma comunidade ou algum serviço a favor do povo de Deus, não precisa se assustar.



Ninguém nasce pronto. Vamos nos fazendo dia após dia, aprendemos a coordenar coordenando, aprendemos a ser ministros, sendo.



2º A missão dos doze Apóstolos:

Chamou-os: escolheu quem ele quis.

Esteve com eles: no alto da montanha (visão mais ampla).

Enviados: o mundo é grande: anunciem.

Pregar: anunciar a verdade que é Jesus Cristo.

Poder: é serviço para a libertação dos homens.

Escolheu: aqueles que estavam dispostos a assumir esta responsabilidade e a realizar a missão com Ele.



3º Um pouco de psicologia:

A atenção: ninguém chega secamente e vai logo dizendo: “Pronto, vamos começar a reunião”. É preciso antes cumprimentar as pessoas, dar-lhes atenção, perguntar-lhes como estão. A atenção começa antes de iniciar qualquer coisa. Mas esteja atento também a sua pessoa, veja como você está.

O relacionamento: o bom relacionamento ajuda muito e evita uma porção de dificuldades. Este relacionamento não pode limitar-se à reunião, ao termino do encontro. Ele se estende no dia a dia, quando nos encontramos pelos caminhos, ruas, estradas, nos convites que fazemos. Não se esqueça: A pessoa é sentimento e razão.

A percepção: deve se perceber o que agrada o que não agrada o grupo, à reunião, a comunidade, o pessoal todo: perceber qual o jeito que favorece mais a participação e vibração pessoal.

É preciso saber se o momento é de dor, de alegria, de páscoa, de ressurreição ou de morte. Estar atento para o vivencial.

Sintonia com a comunidade: Pare, olhe, escute, ache. Se você está falando e as pessoas estão olhando de lado, ou cochichando, pare, faça silencio, puxe um cântico...

Fale com o coração: Ternura, fé e esperança. O coração do povo. Seja uma força que faz brotar o amor.

Estamos tendo a atenção necessária junto á comunidade?

Está havendo sintonia entre aqueles que dirigem a comunidade e o povo?



Presidir a assembléia o que é?



Toda a assembléia comporta um serviço de coordenação-animação-comunhão, um serviço de presidência. Milhares de cristãos se reúnem por este Brasil a fora, esta pessoas tem o direito de ter uma presidência de qualidade para exercer a função de animar a oração das comunidades.

As comunidades se reúnem presididas por um padre, diácono ou leigo. Olhemos para as celebrações de batismo, penitencia, velórios.

Presidir vem de duas palavras: “PRAE” e “SEDERE”, que quer dizer: “estar sentado adiante”. Isto é, diante de...

Não existe grupo, senão quando alguns de seus membros assumem funções. Ou “papeis” necessários para que o grupo atinja sua finalidade. Presidir é o principal destes papeis, comporta uma autoridade necessária para a vida do grupo.



No presidente, o grupo encontra sua identidade

Para existir presidente, tem que ter um grupo que tenha uma vida verdadeira, atividades, projeto comum, reuniões, etc.

Na Igreja deverá haver um projeto comum entre o presidente e a assembléia.

Muitos acham esquisito falar de “presidente” na igreja. Todos temos a péssima lembrança de Collor de Melo...

Muitos acham que numa época de avanços democráticos não se deve na igreja criar nomes que criam “separação”. Vamos estudar as bases teológicas:



1º A Igreja, povo de Deus: A liturgia manifesta duas coisas: o ministério de Cristo e a natureza autentica da verdade.

A liturgia não existe senão em função do povo de Deus que a realiza. É uma atuação de uma assembléia, de um grupo de pessoas reunidos aqui agora pela fé para celebrar o mistério de Cristo que salva o mundo. Sua participação plena, Consciente e ativa está exigida pela natureza da liturgia.



2º A liturgia e a realização de uma assembléia de igreja, de um grupo de fiéis que são os atores principais em virtude de seu Batismo. É necessário a participação das pessoas.



3º A assembléia litúrgica não é uma reunião informal.

Reunir-se para celebrar a liturgia, é sempre expressar em primeiro lugar a pertença a igreja. A igreja não é uma sociedade anônima que cada um vai buscar suas vantagens: curas, milagres.

Ministérios diversificados na assembléia litúrgica: Cristo instituiu os doze para continuar sua missão: pregar a boa nova da salvação a todos os homens e mulheres, reunir todos os que tem fé na unidade, num só povo.

A existência de ministérios, não é uma questão pratica par o bom andamento de uma instituição, mas é da natureza da igreja, que é o corpo místico de Cristo. Por isso o exercício dos ministérios é para que uma assembléia eclesial seja sacramento da presença de Cristo no meio do povo, por ele construído e sacramento de salvação.



Dentre estes ministérios, o do presidente tem uma grande significação:



a) Ele tem um ministério de comunhão, todos são chamados por Cristo, mas ele está “na cabeça” da assembléia como Cristo é a cabeça da igreja. O presidente deve criar uma comunhão de irmãos reunidos em volta do mesmo Senhor.

b) Ele coordena o exercício dos outros ministérios, muitos e não só o presidente exercem os ministérios diversos em prol do conjunto todo. Cada um de acordo com o carisma que recebeu, que lhe foi reconhecido. Ninguém realiza seu papel próprio independente dos outros e de forma desordenada: todos tem que construir a unidade.

c) Ele não é dono nem o patrão da celebração, mas é o 1º servo do povo. Zela pelo bom funcionamento dos ritos, está atendendo ao dinamismo do conjunto.

d) Um ministério a ser reconhecido pela assembléia mesma, e pela igreja. Este reconhecimento de fazer diferentes formas:

Uma investidura, uma ordenação, um ato de envio... Exige uma apresentação do candidato a comunidade e a confirmação do padre. Se for desconhecido numa celebração deverá ser apresentado pelo nome.

Ele representa a Cristo, verdadeiro Mestre e sacerdote.

Em seu nome ele prega aos seus irmãos, eleva a Deus a oração e abençoa. Se for padre oferece o sacrifício pascal, consagra o corpo e sangue do Senhor. Ele é igual a todos os discípulos e ouvintes, ele pede perdão pelos pecados do povo e pelos seus, comunga, reza o Pai Nosso...

Fala: “O Senhor esteja convosco”, por que representa a Cristo que abençoa a comunidade, ele é “Sacramento” de Cristo. Ele fica de antena ligada a Cristo e a comunidade que preside.

Estar na frente ou “presidir”, não é uma presidência protocolaria ou apenas funcional ou simplesmente porque sempre tem que ter alguém que faça isso. Ele está representando visivelmente Jesus, em nome dele reparte a palavra e o Pão.

Ele está na frente, só ele preside.

• Se tem outra pessoa ao lado não deverá dar a impressão que os dois estão concelebrando.

• Não tem presidência coletiva.

• Tenham cuidado na colocação das cadeiras no presbitério.



Com comunicação...

O presidente se dirige em suas orações:

• Ao povo reunido em assembléia

• A Deus



O ministro deverá ler de forma clara, e inteligível. Ele fala com Deus em nome do povo.

e) Pré-sidor não é exercer uma superioridade, mas estar na frente em relação com...

isto exige um comportamento, arriscar-se, comprometer-se. Somos diferentes, temos que nos comportar diferente, aceitar-se a si mesmo.



f) Tem um antes e um depois. Antes significa estar por dentro de tudo o que vai acontecer na celebração, não deixar tudo para o ultimo momento. Durante deve ser um tempo de festa (não se deixando levar pela pressa), seguir um ritmo, um folheto, mas tenha liberdade, criatividade.



g) o gesto, a roupa e a voz... é preciso cuidar dos movimentos do corpo, sem teatralidade, exagero, mas seguro.

A roupa não é separação, é um sinal, significa que nos revestimos de Cristo. A voz proclamada sem exagero...











4º Tema: Ritmo, animação e criatividade nas celebrações:



A importância do ritmo:

A celebração litúrgica, mais em concreto a missa dominical, tem muita semelhança à aquilo que acontece na execução das grandes orquestras sinfônicas: instrumentos diferentes: trombetas, tambor, saxofone, violino, harpa, oboé... cada um com seu tom, seus momentos de intervenção, silencio...

É importante a harmonia perfeita de cada um dos atores da celebração, pra que a intervenção de uns não abafe os outros.



Por ex.

Poderia acontecer que a pessoa que faz o comentário, pelo seu jeito, pela altura do microfone, chamasse demais a atenção sobre as pessoas, em prejuízo do presidente.



Pode acontecer que o coral levando muito a sério o seu papel, anule a possibilidade da assembléia cantar alguma coisa.



Ou o celebrante principal, falando muitas orações em alta voz, e fazendo muitos comentários dentro da celebração, não desse tempo ao povo de momentos de silencio.

A dificuldade poderia vir do animador dos cânticos, quando se apropria do microfone de tal jeito que só ele se é escutado.



Quando impõe um ritmo aos cânticos depressa demais, que não dá fôlego ao pessoal.

Também não é bom que os leitores sejam sempre as mesmas pessoas, a tal ponto de dar a impressão de ser um cargo para toda vida.



Só no caso de perceber que não tem na assembléia leitores adequadamente preparados.

Isso tudo mostra que a assembléia litúrgica não é um bom “SHOW”, algo que acontece de forma espontânea. É um projeto que começa na reunião de preparação a liturgia, a partir das leituras e dos papeis que são destinados a cada membro das equipes. E sempre será celebrante principal, padre diácono ou ministro, que fazendo uso de suas atribuições, coordene todos os papéis da celebração, desde os cânticos, as leituras, até os avisos da comunidade.





5º Os momentos do ritmo de uma celebração.



Um aspecto importante para a eficácia da celebração é seu ritmo adequado. Tem várias classes de ritmos:

Valsa, rock, bolero, etc...

O ritmo de uma celebração depende do celebrante principal e dos que fazem comentário e dos músicos e cantores.

O esquema de uma celebração é como um movimento dinâmico em que cada momento está ligado ao anterior e brota dele e conduz ao seguinte. Tem momentos de intensidade, outros mais sereno, outros feitos de palavras e outros em que falam os gestos mais do que as palavras, cantos, recitação, momentos ascendentes e descendentes. Tem momentos longos e outros mais devagar:

Por ex. o salmo responsorial, deverá ser lido pausadamente com várias estrofes, mas a aclamação antes e depois do evangelho e mais breve e intensa.



Acertar com o ritmo e conseguir com que os vários elementos de uma celebração não aconteçam mecanicamente, sem nexo de união, senão cada um tem no conjunto sua função própria e, portanto sua proporção harmônica.



Na celebração: a pregação não pode ser tão longa que pareça como ponto central da celebração. A pregação não pode escurecer o Evangelho que é mais importante que a pregação. Quando tem missa, um momento que tem particular importância no ritmo é a plegária Eucarística, a Oração central proclamada com toda expressividade pelo sacerdote, com aclamações, se possível cantadas pela comunidade. Esta plegária precisa de um ritmo adequado:



• Não começa o diálogo até que todos estejam na postura justa – de pé.

• No final da oração com o Amém conclusivo, cantado com gesto da elevação dos dons, não se enlaça logo a seguir com o Pai Nosso, aqui tem uma parada, especial antes de começar o Pai Nosso.



No meio destes ritmos pausados, o povo vai entrando em sintonia com o mistério.



A ordem e o bom gosto na celebração:



Em nossas celebrações deveríamos zelar pela ordem, e bom gosto e a estética.

• Como sinal do santo e de importante daquilo que celebramos.

• Como sinal do valor que damos a Eucaristia, a oração, a presença do Senhor em nossas celebrações.

• Como sinal de respeito e amor a comunidade reunida...



Por isso: cuidamos da ordem e limpeza da igreja, da distribuição das cadeiras, flores, toalhas, livros, vestes litúrgicas, roupas dos leitores e celebrantes sem luxo.



Os celebrantes devem levar a túnica na medida, fechada e limpa.



• A estola da cor do tempo: verde, branca, vermelha, roxa ou dourada.



Isto não para ser bonito ou porque está mandando, mas porque nos ajudam com sua linguagem expressiva a entender e participar melhor no que estamos celebrando.



No caso do celebrante principal, sua postura corporal, seus gestos, seu rosto, (não mal humorado) sua dicção, ajudarão a ele próprio e a todos a entender o ministério dentro da comunidade e portanto a celebrar melhor o mistério da Eucaristia.

O celebrante principal:



• Dirige e preside uma comunidade cristã.

• E o faz em nome de Cristo, que é verdadeiramente o presidente, mestre, orante, mas ele é representado por outro ministro visível.

• O faz como ministro da igreja que lhe deu o ministério não como líder.

• O faz presidindo uma ação sagrada e não uma reunião ou assembléia do povo.

• O ritmo familiar e acolhedor não quer dizer cair na banalidade ou na vulgaridade.





5º TEMA: Comunicação na Liturgia



Comunicação:



• O que precisa para acontecer o processo de comunicação?



Que exista um emissor.

Que exista um receptor.

Que exista uma mensagem.



Três maneiras diferentes



1. Monologo: uma das partes tem o monopólio das palavras. É o discurso, uma pessoa fala e outras escutam.

2. Conversa: As duas partes falam e escutam. Mas a mensagem sempre é emitida em 3º pessoa (ele), ou seja, a conversa é sobre algumas coisas: futebol, politica, moda, religião.

3. Diálogo: As duas partes falam e escutam, mas neste caso cada parte está pessoalmente implicada na mensagem. É a comunicação entre nós.



A liturgia da missa, é em si mesma comunicação. Partes de comunicação.

Na liturgia a mensagem é o próprio Jesus. Na missa repete o grande milagre descrito por São João:

E a palavra se fez gente (carne) João 1,14



Jesus é a palavra da vida

Jesus é o pão da vida

Ele é a própria mensagem viva de Deus (Querigma)



A liturgia não é um mero monologo de Deus à comunidade reunida em assembléia.

Na liturgia o povo fez o uso da palavra consciente das necessidades, pecados e problemas, eleva a Deus um clamor. Deus escuta o clamor do seu povo e responde pelo perdão, providencia salvação, libertação... por isso o povo agradece e louva ao Senhor cantando o Gloria Aleluia, Amém.



Liturgia não é uma conversa sobre temas religiosos. Isto seria catequese.

A liturgia em si mesma comunica-nos a trindade – Deus e o povo.

Na Eucaristia, Deus e o povo se unem no mesmo pão. É o ponto máximo da comunicação; Deus, o povo e a mensagem estão unidos num só corpo, o corpo de Cristo. É Comunhão.

A liturgia é um dialogo no qual todos são convidados a se fazer comunicação.





6º TEMA: CELEBRAÇÃO DA PALAVRA



Texto extraido do Livro “Celebração DO DOMINGO ao Redor da Palavra de Deus” pg. 24 – 30 - Ione Buyst



Na ausência da Eucaristia, “....a Igreja como comunidade pastoral se realiza na celebração da Palavra”.

Muita gente pergunta: “Que valor tem uma celebração da Palavra?” Quando vem o padre para celebrar a missa, a capelinha ou o salão enchem de gente; quando é celebração da Palavra, muitas pessoas deixam de comparecer.

No entanto, a celebração da Palavra é um verdadeiro ato litúrgico. Tem força sacramental. Cristo se torna presente e nos faz participantes de seu mistério pascal pela reunião da comunidade, pelas leituras proclamadas e comentadas, pelos cantos e orações. Lembremos o importante texto do Concílio Vaticano II: para levar a efeito sua obra de salvação, Cristo está presente pela sua palavra, “pois é Ele mesmo que fala quando se lêem as Escrituras na igreja. Está presente quando a Igreja ora e salmodia, ele que prometeu: Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles (Mateus 18,20)” (SC 7).

A reunião dos irmãos e o amor que os une torna visível, palpável e manifesta a união com Jesus Cristo e com o Pai, no Espírito Santo. Não só torna visível, mas faz também crescer nossa união com Ele. É sacramento desta união.

A Palavra anunciada, ouvida e aceita na fé é lembrança de Jesus Cristo: sua vida, sua morte e ressurreição.

Como 2.000 anos atrás na Palestina, assim como em todos os tempos, a força de sua Palavra convoca e atrai as pessoas para segui-lo. Cura cegos, surdos e paralíticos. Faz o marginalizado sair de seu isolamento. Sua Palavra nos atinge e nos modifica:

“Pois como a chuva e a neve descem do céu, e para lá não retornam, sem terem regado a terra, fecundando-a e fazendo-a germinar, (...) assim será com a Palavra que sai de minha boca: não voltará para mim chocha, sem ter realizado o que eu queria e cumprido a sua missão” (Isaías 55,10-11).

Sua palavra no purifica e nos limpa de nossos pecados: “Vós já estais limpos pela Palavra que vos tenho anunciado” (João 15,3).

Ela abre nossas mentes para captar o sentido dos acontecimentos. Faz de nós discípulos, seguidores. Faz nascer em nós a fé e o compromisso, a esperança e a confiança, o amor e a ação.

Assim como a Eucaristia, também a Palavra é Pão da Vida. É o próprio Cristo com a sua Vida, tanto na Eucaristia, como na Palavra. “Eu sou o Pão da Vida: quem vem a mim já não terá fome e quem crê em mim, jamais terá sede... As Palavras que vos tenho dito são espírito e vida...” (João 6,35.63).

O único Pão da Vida é partilhado de duas maneiras: à mesa da Palavra e à mesa da Eucaristia, representadas respectivamente pela Estante da Palavra e o Altar. Palavra e Eucaristia são duas formas diferentes e complementares da presença real de Jesus no meio de seu povo para realizar nele a sua Páscoa.

Não é de estranhar, portanto, que o Concílio Vaticano II tenha previsto uma Celebração da Palavra aos domingos e dias de festa na ausência do padre.

A instrução “Inter Oecumenici” de 26 de setembro de 1964 dá algumas orientações (leituras, cantos, de preferência salmos, homilia, oração dos fiéis, Pai-Nosso..., presidência do diácono ou leigo...), mas não entra em detalhes. Isto é deixado, portanto, à orientação de cada bispo para sua Igreja local.

Quanto à seqüência da celebração da Palavra, não devemos nos esquecer que há muitos modelos na tradição da Igreja que podem servir de base: a liturgia da Palavra da missa, mas também a da vigília pascal, a missa dos pré-santificados em algumas Igrejas do Oriente e na Sexta-Feira Santa da liturgia romana e o ofício das leituras da Liturgia das Horas.

Até aqui falamos do valor litúrgico-teológico da celebração da Palavra. Agora convém ressaltar seu grande valor pastoral. O que seria das comunidades se, na ausência do padre, não se reunissem regularmente para ouvir a Palavra de Deus e rezar em comum? Simplesmente deixariam de existir... Graças à celebração da Palavra, as comunidades persistem e crescem na fé e no compromisso com Jesus Cristo e o seu Reino. A celebração do Domingo em torno da Palavra é certamente uma das causas da vivacidade e do dinamismo da Igreja no Brasil.

A falta de padres, que normalmente é considerada uma grande pobreza, resultou, no caso, numa grande riqueza: não tendo padres em número suficiente, o povo começou a assumir a responsabilidade das celebrações, com a ajuda de Deus e dos padres disponíveis; com a ajuda de diáconos, missionários, catequistas, agentes de pastoral, religiosos e religiosas. Nas mãos dos leigos, a liturgia ganhou a “cara nova” , mas popular, doméstica, espontânea... da qual falamos acima, possibilitando maior participação e maior crescimento na fé.

Nenhum cristão deve Ter dúvidas sobre o valor da celebração da Palavra na comunidade, aos domingos. Não deve largar sua comunidade naquele dia para ir assistir missa em alguma paróquia no centro da cidade, ou para rezar em casa sozinho ou ver e ouvir missa pelo rádio ou televisão. Cristo o espera com sua palavra na reunião da comunidade, que é o Corpo de Cristo, e sacramento de nossa comunhão com Ele. Nada deve substituir esta reunião. Pois quando não participamos da celebração, prejudicamos a comunidade. É como se no corpo faltasse um dedo, ou um braço ou um ouvido.

Celebração da Palavra com distribuição da Comunhão




Pelo que foi falado acima, na ausência do padre para celebrar a Eucaristia, a comunidade deveria celebrar o Domingo simplesmente com uma liturgia da Palavra.

No entanto, as comunidades que têm possibilidade de guardar o Santíssimo, ou buscar o Pão consagrado na igreja paroquial, têm preferido complementar a Celebração da Palavra com a distribuição da Comunhão.

Pastoralmente, isto parece ter suas vantagens, pelo menos à primeira vista: a celebração da Palavra com distribuição da Comunhão, de modo geral, tem aceitação do que uma “simples” liturgia da Palavra. Poderia parecer “mais completa”.

Do ponto de vista litúrgico-teológico, no entanto, surgem sérios problemas. Como garantir, na Comunhão separada da oração eucarística, o sentido pascal da Eucaristia, o sentido do sacrifício de Jesus Cristo, o sentido do louvor e da ação de graças? Como evitar que o grande mistério de nossa fé seja reduzido à presença real de Jesus na hóstia consagrada? Como podemos separar sistematicamente a Oração eucarística e a Comunhão que formam uma unidade e que Jesus nos deixou como memorial de sua morte-ressurreição: “Façam isto (Oração eucarística e Comunhão) para celebrar a minha memória”?

Na tradição das Igrejas não encontramos muitos precedentes desta maneira de agir. No Oriente, em algumas Igrejas há missas dos pré-santificados, mas somente na quaresma, durante a semana, jamais, porém, aos sábados e domingos.

Na Igreja romana temos a distribuição da Comunhão na Sexta-Feira Santa, mas ela foi introduzida somente no século VII, talvez por influência das Igrejas orientais.

Será que insistimos tanto na distribuição da comunhão porque não acreditamos o suficiente na presença de Cristo pela sua Palavra?

Aqui não é o lugar de aprofundarmos esta questão. Partimos simplesmente do fato pastoral de que, em muitas comunidades se faz a distribuição da Comunhão, finalizando a liturgia da Palavra. Convém lembrar algumas regras e sugestões de como fazer isto da melhor maneira possível.

a) Antes de tudo, é preferível que o povo perceba claramente a diferença: missa é missa; celebração da Palavra com distribuição da Comunhão é outra coisa. Se bem que, no início principalmente, não é aconselhável insistir demais nesta diferença, até que a comunidade aprenda a valorizar a celebração da Palavra na falta da celebração eucarística.

b) Nas comunidades que têm condições de guardar o Santíssimo, o padre que vem celebrar a missa de vez em quando, consagra hóstias suficientes para os outros domingos e as deixa no tabernáculo, dentro de uma âmbula ou outro recipiente.

Em algumas outras comunidades, um ministro extraordinário, autorizado pelo padre ou pelo bispo, vai buscar as hóstias consagradas em uma paróquia, de preferência participando aí da celebração eucarística. Ele as carrega numa “teca”, um pequeno estojo ou caixinha. (Convém usar um material sólido, bonito e digno; jamais latas de margarina, bombons etc.).

c) Geralmente, entre a liturgia da Palavra e a distribuição da Comunhão, se faz um série de orações: preces, louvores, pedidos de perdão. É possível também inserir neste momento o abraço da paz ou outra expressão da vida comunitária, como a coleta para os necessitados ou para o sustento da comunidade. O chamado “ofertório” que se costumam fazer em muitos lugares, é questão problemática, como veremos mais adiante.

De jeito nenhum o leigo ou diácono deve rezar a oração eucarística, nem mesmo pulando as palavras da consagração.

d) A comunhão será distribuída por um diácono, um acólito instituído, um ou vários ministros extraordinários da comunhão eucarística, homens ou mulheres, autorizados pelo bispo ou pelo padre.

e) Pede-se normalmente um jejum de comida e bebida (exceto água e remédio) uma hora antes da comunhão. Este jejum não é necessário quando se trata de idosos e de doentes ou de pessoas que deles cuidam.

f) O ritual para a distribuição da Comunhão prevê um rito penitencial, o Pai-Nosso, eventualmente o abraço a paz..., mas não inclui fração do Pão e Cordeiro de Deus.

Por uma questão de higiene, é aconselhável que o ministro lave as mãos antes da comunhão, fora do altar, usando-se bacia, jarrinha e toalha. A âmbula ou a teca (estojo) com as hóstias consagradas é colocada em cima da mesa que é coberta com uma toalha e onde se encontra uma vela acesa. Após o Pai-Nosso e eventualmente o abraço da paz, o ministro levanta e mostra a hóstia dizendo ou cantando:

“Felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Todos rezam ou cantam:

“Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a)”.



O ministro comunga, dizendo em silêncio, só para si:

“Que o Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna”.

Em seguida, o ministro dá a Comunhão (na mão, ou na boca, se a pessoa assim preferir), dizendo a cada pessoa:

“O Corpo de Cristo”.

Nada impede que digamos também o nome da pessoa, como é costume em ritos orientais: “Fulano! O Corpo de Cristo!” E o comungante responde: “Amém!”

Às vezes nos esquecemos de que o lugar próprio para distribuir a Comunhão é a mesa do Altar. Onde for possível, o ministro poderá ficar atrás da mesa, enquanto as pessoas se aproximam do outro lado da mesa e recebem a Comunhão. Quando há dois ministros, cada um poderá ficar numa das pontas da mesa.

g) Depois da Comunhão, o ministro fecha a âmbula ou a teca e a guarda no tabernáculo ou deixa pronta para levar de volta à igreja paroquial após a celebração. Conforme a distâncias, é preferível, às vezes, não deixar nenhuma hóstia consagrada sobrando: o próprio ministro poderá tomá-las ou dar duas hóstias juntas às últimas pessoas da fila de comunhão, ou eventualmente distribuí-las a outras pessoas que já comungaram antes. (No início as pessoas estranham o fato de “comungar mais de uma vez”, mas depois de boa explicação todo mundo entende e aceita).

Quando, por algum motivo, não há hóstias suficientes para todas as pessoas, é preciso repartir cada hóstia em dois, três ou mais pedaços, para que ninguém fique sem. De maneira nenhuma deve se completar com hóstias não consagradas.

h) Segue agora um tempo de silêncio. Pode-se ainda fazer uma breve meditação ou cantar um hino de louvor. Depois se faz a oração após a Comunhão e os ritos finais.

i) As nossas introduções, as orações, meditações e os cantos devem ajudar a comunidade a compreender a Comunhão como uma parte da missa:

“Os fiéis sejam diligentemente instruídos de que, mesmo recebendo a comunhão fora da missa, unem-se intimamente ao sacrifício em que se perpetua o sacrifício da cruz e que participam do banquete sagrado.

j) A Comunhão deve ser vivida ainda como sendo o coração da vida cristã. Não basta comungar. É preciso se empenhar no dia-a-dia, porque “a comunhão com Deus... há de manifestar-se em toda a sua vida, até na sua dimensão econômica, social e política. Produzida pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo, é a comunicação de sua própria comunhão trinitária” (Puebla 214-5).

l) De vez em quando pode ser útil fazer um pequeno diálogo com textos bíblicos, ao apresentar a Comunhão. É uma boa oportunidade para a gente aprofundar o sentido da Eucaristia e se preparar melhor para recebê-la.



PREPARANDO A CELEBRAÇÃO



1. Arrumar o local onde se faz a reunião de preparação. Colocar uma mesinha ou um pano colorido no chão com uma Bíblia, uma vela. Iniciar, invocando o Espírito Santo. Pois, sem a ajuda do Espírito de Deus, não é possível descobrir o sentido que a Palavra de Deus e a realidade tem para nós hoje.

2. Situar a celebração dentro do tempo litúrgico, onde cada Domingo tem um caráter pascal. Recordamos os gestos de Jesus, na Páscoa de sua vida, morte e ressurreição.

Situar a celebração na vida da comunidade: ver a realidade que marca nossas vidas, para enraizar a celebração no chão da vida, na história onde nos atinge o mistério de Cristo que celebramos. Recordamos acontecimentos, entramos em comunhão com pessoas presentes e ausentes para oferecer ao Pai o nosso louvor e a nossa súplica na Páscoa da vida.

3. Ler o Evangelho do dia, pois é a partir de Jesus Cristo que descobrimos o sentido dos outros textos bíblicos. O que diz o texto? Quem fala no texto'? Com quem fala? Por que? Com que finalidade? Qual a mensagem para a comunidade daquele tempo? O que é que Deus, através deste texto tem a dizer hoje, aqui nessa realidade, nessa situação, para nós? Em que sentido este anúncio é Boa Notícia de salvação? O que Deus realiza em nós neste momento que estamos celebrando? O que esta Palavra nos faz dizer a Deus?

4. Criatividade: Partindo dos passos anteriores, fazer surgir idéias de depois selecioná-las a respeito de gestos, símbolos, rito de entrada; recordação da vida; cantos, procissões, símbolos, proclamação das leituras, partilha da Palavra louvação....

5. Elaborar um roteiro. Definidos e organizados os elementos, distribuir as tarefas para antes, durante e depois da celebração. Marcar um pequeno ensaio, uma vivência do rito, dos cantos. A equipe fica com um roteiro e quem preside a celebração (Ministro da Palavra) recebe outro texto.











7º TEMA: A FUNÇÃO DO MINISTRO (A)

NA CELEBRAÇÃO DOMINICA! DA PALAVRA



1- Da escassez e monopólio para a múltipla diversidade



Nas últimas décadas temos assistido a um grande e significativo florescimento dos ministérios litúrgicos leigos na Igreja, sobretudo no Brasil e outros países da América latina. Em quase todas as comunidades eclesiais encontramos, atualmente, um número considerável de leigos e leigas ativas, responsáveis e capacitados cada vez mais, para um desempenho qualificado dos mais diversos serviços e ministérios na Igreja, exercendo seu sacerdócio batismal, sobretudo na liturgia. Há razões sociológicas, eclesiológicas, litúrgicas e pastorais na raiz desta realidade, que pode ser considerada um “sopro do Espírito”, um "sinal dos tempos".

Entre nós, a escassez de ministros ordenados somada às exigências cada vez mais crescentes e desafiadoras da ação evangelizadora da Igreja num mundo que clama por transformações, levou muitos leigos, homens e mulheres ao exercício de ministérios que, por muito tempo, eram exclusivos do clero.

Conforme dados publicados no documento 43 da CNBB, sobre A animação da vida litúrgica no Brasil, 70% das comunidades celebram o domingo, a páscoa semanal alimentando sua vida cristã, animadas por ministros leigos, dos quais 90% são mulheres e, portanto, não ordenados...



2- Igreja de comunhão, povo sacerdotal e toda ministerial



Foi, sobretudo, a nova compreensão de Igreja trazida pelo Vaticano II, como mistério de comunhão, tendo como fonte e horizonte a comunhão trinitária e sublinhando a igualdade radical de todos os batizados, que trouxe sólida sustentação, profundo sentido e nova direção para esta grande diversidade de ministérios.

O sacerdócio de todos os/as batizados/as, como participação no único sacerdócio de Jesus Cristo é antes de tudo o "culto existencial, que consiste na transformação da totalidade da Vida por meio da caridade divina". Portanto, antes mesmo de sermos ministros e ministras. inclusive ordenados, somos pelo batismo, povo sacerdotal habilitado a render um culto agradável a Deus com nossa vida doada em vista de vida plena, feliz e abundante para todos.

O seguimento de Jesus é o fundamento e a motivação para o exercício de todo e qualquer ministério na comunidade cristã.

Na expressão de Paulo, os ministérios constituem o dinamismo do Corpo de Cristo, que é a Igreja: "pois como em um só corpo temos muitos membros, mas todos os membros não tem a mesma função, assim nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada um de nós somos membros uns dos outros "(Rm 12,4-5) "e a cada um é dada a manifestação do Espírito para a utilidade comum "(1 Cor 12,7).

Por isso, dons e carismas devem ser recebidos com gratidão e humildade, colocados como serviço para edificação do corpo eclesial, atendendo suas mais diversas necessidades em vista do Reino, e não como privilégios e honras pessoais.

Cabe a toda a comunidade e ao ministério da unidade, exercido por quem coordena a serviço de todos, o incentivo, o reconhecimento e preocupação com adequada formação para o bom desempenho de todos os ministérios.



3- Função litúrgico-espiritual de quem preside



Uma nova maneira de ser Igreja, determina uma nova maneira de celebrar, dando também um novo perfil e nova espiritualidade aos ministérios litúrgicos.

O Concílio Vaticano II nos deixa claro que as celebrações são ações de toda a comunidade: "... pertencem a todo o corpo da Igreja, e o manifestam e atingem; mas atingem a cada um dos membros de modo diferente, conforme a diversidade de ordens, ofícios e da participação atual" e os diversos serviços como, presidente, ajudantes, leitores, comentaristas, cantores, instrumentistas e outros necessários, no desempenho de sua função devem fazer aquilo e somente aquilo que pela natureza da coisa e pelas normas litúrgicas lhes compete.

As assembléias litúrgicas são chamadas a ser um sinal visível, um retrato, um sacramento, manifestando e realizando a Igreja, Povo de Deus, também em seus ministérios. Em geral, há alguém que coordena, preside ou seja, assume o serviço de ser sinal de Cristo enquanto Cabeça de seu corpo, a Igreja, toda ela animada pelo Espírito Santo. É Cristo quem preside a assembléia celebrante, no Espírito Santo. Quem preside torna-se sinal simbólico-sacramental dessa presença escondida, mas real.

Na maior parte das assembléias dominicais da Palavra, a presidência é exercida por leigos e leigas motivados pela convicção cristã e pelo desejo de servir à comunidade. Recebem da própria Igreja a legitimidade para exercê-la. Em geral, são pessoas que coordenam a comunidade e seus trabalhos pastorais e a própria celebração. É também comum exercerem esse ministério em equipe, retratando o jeito de ser das comunidades que se organizam em equipes também para a coordenação. "Essa presidência partilhada' é um forte testemunho de comunhão eclesial ".

É função de quem coordena, como sinal de Cristo-Cabeça constituir e animar a assembléia celebrante, sentindo-se parte dela, colocando-a diante da face de Deus, para um encontro de amor e compromisso como parceiros de uma aliança sempre nova e eterna. É a pessoa da relação, da comunhão e por isso, é importante que ocupe um lugar definido, à frente da assembléia, como servidor/a da koinonia eclesial. Sua principal tarefa é "tecer relações: entre Deus e o seu povo, entre os ministérios e a comunidade celebrante, entre os vários ministérios... fazendo das pessoas reunidas uma assembléia, uma comunidade participante, um povo sacerdotal". Assume espiritualmente a atitude de Jesus que vem para servir e não ser servido, que na última ceia, despojando-se do manto, amarra na cintura uma toalha, como um avental e assume um gesto de servo, lavando os pés dos discípulos e, ao se dirigir aa Pai, segura na mão toda a humanidade e, quando se dirige à humanidade não larga a mão do Pai, numa feliz expressão de Anthony Bloon, arcebispo ortodoxo, num encontro de Taizé.

No decorrer da celebração dominical da Palavra esse ministério se realiza:

a) acolhendo e estabelecendo laços entre os participantes desde o início da celebração;

b) preparando a celebração em equipe, valorizando e articulando os vários ministérios. A preparação feita de forma orante acolhe os sinais da ação pascal de Jesus e de seu Espírito do dia-a-dia da comunidade, ajudando-a a melhor celebrá-los na liturgia.

c) unindo a assembléia por Cristo, com Cristo e em Cristo, na unidade do Espírito Santo' com o Pai, - realizando a comunhão trinitária;

d) tornando presente o Senhor que se dirige ao povo reunido, na saudação inicial e na benção final;

e) representando o povo que se dirige ao Senhor nas orações;

f) garantindo a partilha do pão da palavra de Deus, na homilia feita em clima orante e sem perder sua dimensão profética e mistagógica;

g) conduzindo e ligando, de maneira viva e dinâmica, as várias partes da celebração, para torná-la um encontro amoroso do Senhor com a comunidade reunida.

h) ligando celebração e vida cotidiana - mistério vivido e mistério celebrado (mistagogia);

i) fazendo a ponte entre a comunidade local e outras comunidades, Igreja local e universal.

j) criando possibilidades para a participação ativa, consciente, plena e frutuosa de toda assembléia no mistério pascal.

A participação das mulheres na presidência das celebrações dominicais tem sido um sinal profético, além de trazer um traço feminino às celebrações, em geral, marcadamente masculinas.

As celebrações ganham em realismo, em dinamismo e em espiritualidade à medida que cada pessoa responsável por um ministério na comunidade, mas de modo particular quem preside, trouxer para a liturgia "o sacrifício de agradável odor" que brota de sua vida dedicada a serviço dos irmãos; por sua vez, a vida comunitária e toda sua missão no mundo receberão novo sentido e vigor da participação consciente, frutuosa e ativa na liturgia.







8º TEMA: AÇÃO DE GRAÇAS



1. TEMPO COMUM



• Coleta fraterna

É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta:



• Da palavra à refeição

Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. O (a) animador (a) convida a assembléia a se aproximar do altar (veja em cada domingo) e a fazer uma breve inclinação.



C. Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós o pão consagrado, memória viva do corpo do Senhor, da vida que ele entregou para curar as nossas enfermidades e libertar-nos de toda maldade.



Canta-se um refrão:

Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o pão da alegria descido do céu.



• Oração de ação de graças

0(a) coordenador(a) toma o lugar no altar e convida a assembléia para o louvor:



C: O Senhor esteja com vocês!

T: Ele está no meio de nós!

C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus!

T: É nosso dever e nossa salvação!

C: Nós te damos graças, ó Deus da vida, porque neste santo dia de domingo nos acolhes na comunhão do teu amor e renovas nossos corações com a alegria da ressurreição de Jesus. Em ti vivemos, nós nos movemos e somos. Recebemos a cada dia as provas do teu amor de mãe e desde já a promessa da imortalidade.

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

C: A criação inteira te bendiz pela ressurreição de Jesus, que renova todas as coisas. Nele renova-se a esperança de que a morte será vencida e de que o teu reino vai chegar em nossa terra.

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

C: Por este sinal do corpo do teu Filho, expressamos nosso desejo de corresponder com mais fidelidade à missão que nos deste e invocamos sobre nós o teu Espírito. Apressa o tempo da vinda do teu reino, e recebe o louvor de todo o universo e de todas as pessoas que te buscam.

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

C: Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus, por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

T: Pai nosso... pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.



• Rito da comunhão

C: Assim disse Jesus: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim , nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede ' .



Ou:

C: Da mesma maneira como este pão partido foi primeiro trigo plantado e depois recolhido para se tornar alimento, assim também somos um só corpo no Cristo Jesus.



Mostrando o pão consagrado:

Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo! T: Senhor, eu não sou digno(a)...

Distribuição da comunhão – canto



• Oração final



2. TEMPO COMUM



• Coleta fraterna

É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta:



• Da palavra à refeição

O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.



C. Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós o pão consagrado, . memória viva do corpo do Senhor, da vida que ele entregou para curar as nossas enfermidades e libertar-nos de toda maldade.



Canta-se um refrão:

Vós sois o caminho, a verdade e a vida, o pão da alegria descido do céu.



• Oração de ação de graças

0(a) coordenador(a) toma o lugar no altar e convida a assembléia para o louvor:



C: O Senhor esteja com vocês!

T: Ele está no meio de nós!

C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus!

T: É nosso dever e nossa salvação!

C: Nós te damos graças, ó Deus da vida, porque neste dia santo de domingo nos acolhes na comunhão do teu amor e renovas nossos corações com a alegria da ressurreição de Jesus.

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

C: Esta comunidade aqui reunida recorda a vitória sobre a morte, escutando a tua Palavra e repartindo o pão, na esperança de ver o novo céu e a nova terra, onde não haverá fome, nem morte, nem dor, e onde viveremos na plena comunhão do teu amor.

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

C: Por este sinal do corpo do teu Filho, expressamos nosso desejo de corresponder com mais fidelidade à missão que nos deste e invocamos sobre nós o teu Espírito. Apressa o tempo da vinda do teu reino, e recebe o louvor de todo o universo e de todas as pessoas que te buscam.

T: Glória a ti, Senhor, graças e louvor.

C: Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus, por quem oramos com as palavras que ele nos ensinou:

T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.



• Rito da comunhão

C: Assim disse Jesus: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim , nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede ' .



Ou:

C: Da mesma maneira como este pão partido foi primeiro trigo plantado e depois recolhido para se tornar alimento, assim também somos um só corpo no Cristo Jesus.



Mostrando o pão consagrado:

Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo! T: Senhor, eu não sou digno(a)...

Distribuição da comunhão – canto



• Oração final



3. TEMPO QUARESMA



• Abraço da paz

A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou. Demo-nos uns aos outros o abraço da paz!



• Coleta fraterna

É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as. necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta um canto da campanha da fraternidade.



• Da palavra à refeição

O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.



C. Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós este pão consagrado, memória viva do corpo do Senhor, que nos revela sua glória e nos chama a preparar, com intensidade, a sua páscoa.



Canta-se um refrão:

O pão de Deus é o pão da vida, que do céu veio até nós.

Ó Senhor, nós vos pedimos, dá-nos sempre deste pão. (bis)



• Oração de ação de graças

O(a) coordenador(a), ocupando o Lugar no altar, convida a assembléia.'. para o louvor:



C: O Senhor esteja com vocês.

T: Ele está no meio de nós.

C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

T: É nosso dever e nossa salvação.

C: É um prazer para nós te louvar e te adorar, Deus de bondade. Tu nos dás a cada ano a graça de esperar com alegria a santa páscoa. De coração purificado, entregues à oração e à prática do amor fraterno, preparamo-nos para celebrar os mistérios pascais, que nos deram vida nova e nos tornaram teus filhos e tuas filhas.

T: Louvor e glória a ti, ó Deus, força de paz!

C: Assim como alimentaste teu povo no deserto, sustenta também a nós que esperamos a santa páscoa. Lembrando a santa ceia de Jesus, colocamos nesta mesa o pão consagrado, sacramento da sua entrega. Nós te louvamos fazendo memória da sua vida, e do seu amor até o fim, enquanto aguardamos a sua vinda. Derrama sobre nós o teu Espírito, e recebe o louvor de todo o universo e de todas as pessoas que te buscam. .

T: Louvor e glória a ti, ó Deus, força de paz!

C: Senhor Jesus, lembra-te de nós em teu reino E, agora, ensina-nos a rezar:

T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.



• Rito da comunhão

Após o pai-nosso o(a) coordenador(a) convida a comunidade a partilhar o pão dizendo:



Da mesma maneira como este pão posto sobre esta mesa, foi primeiro semeado sobre as colinas e múltiplo em suas espigas, e depois recolhido para tornar-se um, congrega assim teus amados e amadas de todos os cantos da terra no teu reino, por Cristo, nosso Senhor.



Mostrando o pão consagrado, convida a comunidade a partilhar o pão:

C: Eu sou a luz do mundo;

Quem me segue não andará nas trevas, Mas terá a luz da vida.

C: Provem e vejam como o Senhor é bom.

Feliz quem encontra nele seu refúgio e segurança.

C: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.

T: Senhor, eu não sou digno(a)..:



• Oração final

4. TEMPO PASCOA



• Abraço da paz

A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou. Demo-nos uns aos outros o abraço da paz!



• Coleta fraterna

É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia entoa um canto apropriado.



• Da palavra à refeição

O(a) animador(a) convida a comunidade a se reunir ao redor do altar. Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.



C: Demos graças ao Senhor repartindo entre nós este pão consagrado, memória viva do corpo do Senhor,. que se faz presente em nossa mesa, como se fez na última ceia e nas refeições depois da ressurreição. Que ele confirme a nossa fé na sua ressurreição.



Canta-se um refrão:

O Senhor ressurgiu, aleluia!

É o cordeiro pascal, aleluia, aleluia! Imolado por nós, aleluia, aleluia!

É o Cristo Senhor, ele vive e venceu; aleluia!

Pão em todas as mesas, da páscoa a nova certeza.

A festa haverá e o povo a cantar, aleluia!



• Oração de ação de graças

C: O Senhor esteja com vocês. .

T: Ele está no meio de nós.

C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

T: É nosso dever e nossa salvação.

C: Ó Deus bondoso e fiel, é muito 6om te louvar em todo o tempo e lugar, especialmente neste dia em que Cristo, nossa páscoa, foi imolado.

T: A ti, ó Deus, a louvação, nesta festa da ressurreição! (melodia: Ó uem cantar comigo).

C: Por ele, os filhos e as filhas da luz renascemos para uma vida sem fim: E as portas do reino se abrem para nós. Nossa morte foi redimida pela sua e, na sua ressurreição, ressurgiu a vida para todos.

T: A ti, ó Deus, a louvação, nesta festa da ressurreição!

C: Como Jesus se reuniu com os discípulos de Emaús e se deu a conhecer a eles na partilha do pão, nós também nos alegramos na partilha deste pão consagrado e recebemos a revelação do seu amor e a força da missão. Derrama sobre nós o teu Espírito, e recebe o louvor de todo o universo e de todas as pessoas que te buscam.

T: A ti, ó Deus, a louvação, nesta festa da ressurreição!

C: Toda a nossa louvação chegue a ti em nome de Jesus, por quem .oramos com as palavras que ele nos ensinou:

T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.



• Rito da comunhão

Após o pai-nosso, o(a) coordenador(a) convida a comunidade a partilhar, dizendo:

C: Da mesma maneira como este pão posto sobre esta mesa foi primeiro semeado sobre as colinas, multiplicado em suas espigas e depois recolhido para tornar-se um, congrega assim teus amados e amada de todos os cantos da terra no teu reino, por Cristo, nosso Senhor. .

Ou:

C: Assim disse Jesus: "Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome e o que crê em mim nunca mais terá sede".

Mostrando o pão consagrado, convida a comunidade a partilhar a pão:

Provem e vejam como o Senhor é bom. Feliz quem encontra nele seu refúgio e segurança.

Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.

T: Senhor, eu não sou digno(a)...

. Oração final

5. TEMPO ADVENTO



• Abraço da paz

A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou. Demo-nos uns aos outros o abraço da paz!



• Coleta fraterna

É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta um canto adequado.



• Da palavra à refeição

O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Vejam em cada domingo o convite para passar "da palavra à refeição". Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.



A. Vamos dar graças a Deus e repartir entre nós este pão consagrado, memória viva do corpo de Jesus, razão da nossa alegria, a quem esperamos com toda a ternura do coração.



Canta-se um refrão:

Ó Vem, Senhor, não tardes mais, Vem saciar nossa sede de paz.



• Oração de ação de graças

O(a) coordenador(a), ocupando o lugar no altar, convida a assembléia para o louvor:



C: O Senhor esteja com vocês.

T: Ele está no meio de nós.

C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

T: É nosso dever e nossa salvação.

C: É muito bom te louvar, ó Deus bondoso e fiel! Desde o começo do mundo, tu te revelaste aos antigos pais e mães da nossa fé como Deus santo e amigo da humanidade. Por meio dos profetas, falaste ao povo da primeira aliança e tuas palavras se cumpriram em Jesus, teu filho amado, a quem esperamos. T: Vem, vem, Senhor Jesus, vem!

T. Vem, bem-amado Senhor!

C: João Batista, lá no deserto, apontou para nós o Messias e deu testemunho de sua luz. Maria, recebendo o anúncio do anjo, ficou grávida do Verbo. E tuas promessas se cumpriram na plenitude dos tempos pela vida de Jesus Cristo, nosso Salvador! Hoje, teu povo reunido em louvação é sinal de que teu reino está chegando. Acolhe nosso desejo de sermos unidos em Jesus Cristo e de vermos brilhar em nossa humanidade o esplendor da sua luz.

T: Vem, vem, Senhor Jesus, vem! Vem, bem-amado Senhor!

C: Por este sinal do corpo do teu Filho, que alimenta e sustenta a tua Igreja, expressamos nossa fé e invocamos sobre nós o teu Espírito. Apressa o tempo da vinda do teu reino e recebe o louvor de toda a criação e a prece que elevamos a ti com as palavras que Jesus nos ensinou:

T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.



• Rito da comunhão

C: Assim diz o Senhor: "Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e comerei com ele e ele comigo" (Ap 3,20).



Mostrando o pão consagrado:

C: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo,

T: Senhor, eu não sou digno(a)...

Distribuição da comunhão -canto.



• Oração final



6. TEMPO NATAL



• Abraço da paz

A: Irmãos e irmãs, por sua morte e ressurreição, o Cristo nos reconciliou. Demo-nos uns aos outros o abraço da paz!



• Coleta fraterna

É o momento de trazer donativos ou oferta em dinheiro para as necessidades da comunidade, enquanto a assembléia canta um canto da campanha da fraternidade.



• Da palavra à refeição

O(a) animador(a) convida a assembléia a se aproximar do altar. Alguém traz o pão consagrado e o coloca sobre o altar. Todos fazem uma breve inclinação.



A. Demos graças ao Senhor, repartindo entre nós este pão consagrado em memória de Jesus, que se manifesta em nossa mesa como nosso Salvador, a quem reconhecemos e adoramos, como Maria e os Pastores.



Canta-se um refrão

Ó vem, Senhor, não tardes mais, Vem saciar nossa sede de paz.



.Oração de ação de graças

O(a) coordenador(a), ocupando o lugar no altar, convida a assembléia para o louvor:



C: O Senhor esteja com vocês.

T: Ele está no meio de nós.

C: Demos graças ao Senhor, nosso Deus.

T: É nosso dever e nossa salvação.

C: É um prazer para nós te louvar, Deus do universo. Antes que nos aproximássemos de ti, tu te fizeste próximo de nós, igual a nós na humanidade de Jesus, para nos fazer participar da tua glória. Com os anjos que anunciaram o teu nascimento em Belém, nós te bendizemos!

T: Glória a Deus no mais alto dos céus!

C: Por ele, realiza-se hoje o maravilhoso encontro entre o céu e a terra para conduzir todos os viventes à intimidade da tua comunhão. Tornando-se humano entre nós, a nossa natureza humana recebe uma incomparável dignidade.

T: Glória a Deus no mais alto dos céus!

C: Diante do pão consagrado que nos deste como alimento de nossa caminhada, nós te agradecemos. Derrama sobre nós o teu Espírito. Como santificaste Jesus no batismo, consagra-nos também. Faz de nós criaturas novas e recebe o louvor de toda a criação e a prece que elevamos a ti com as palavras que Jesus nos ensinou:

T: Pai nosso..., pois vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.



• Rito da comunhão

C: O Verbo se fez carne e habitou entre nós. Hoje desceu do céu a verdadeira paz.



Mostrando o pão consagrado, diz:

C: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.

T: Senhor, eu não sou digno(a)...



• Oração final

TEMA 9:EUCARISTIA


Catecismo Da Igreja Católica

Artigo 3

O Sacramento Da Eucaristia

=> A Eucaristia – fonte e ápice da vida eclesial

§ 1324 A Eucaristia é “fonte e ápice de toda a vida cristã”. “Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa”.

§ 1325“A comunhão de vida com Deus e a unidade do povo de Deus, pelas quais a Igreja é ela mesma, a Eucaristia as significa e as realiza. Nela está o clímax tanto da ação pela qual, em Cristo, Deus santifica o mundo, como do culto que no Espírito Santo os homens prestam a Cristo e, por ele, ao Pai”.

§ 1326 Finalmente, pela Celebração Eucarística já nos unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus será tudo em todos (1Cor 15,28).

§ 1327 Em sua palavra, a Eucaristia é o resumo e a suma de nossa fé: “Nossa maneira de pensar concorda com a Eucaristia, e a Eucaristia, por sua vez, confirma nossa maneira de pensar”.

§ 1346 A liturgia da Eucaristia desenrola-se segundo uma estrutura fundamental que se conservou ao logo dos séculos até nossos dias. Desdobra-se em dois grandes momentos que formam uma unidade básica:

- A convocação, a Liturgia da Palavra, com as leituras, a homilia e a oração universal;

- A Liturgia Eucarística, com a apresentação do pão e do vinho, a ação de graças consecratória e a comunhão.

Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística constituem juntas “um só e mesmo ato do culto”; com efeito, a mesa preparada para nós na Eucaristia é ao mesmo tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor.

§ 1362 A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, a atualização e a oferta sacramental de seu único sacrifício na liturgia da Igreja, que é o corpo dele. Em todas as orações eucarísticas encontramos, depois das palavras da instituição, uma oração chamada anamnese ou memorial

§ 1363 No sentido da Sagrada Escritura, o memorial não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação das maravilhas que Deus realizou por todos os homens. A celebração litúrgica desses acontecimentos torna-os de certo modo presentes e atuais. É desta maneira que Israel entende sua libertação do Egito: toda vez que é celebrada a Páscoa, os acontecimentos do êxodo tornam-se presentes à memória dos crentes, para que estes conformem sua vida a eles.



CARTA ENCÍCLICA ECCLESIA DE EUCHARISTIA

DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II

AOS BISPOS, AOS PRESBÍTEROS E DIÁCONOS

ÀS PESSOAS CONSAGRADAS E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS

SOBRE A EUCARISTIA NA SUA RELAÇÃO COM A IGREJA

INTRODUÇÃO

1. A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: « Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo » (Mt. 28,20); mas, na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança.



O Concílio Vaticano II justamente afirmou que o sacrifício eucarístico é « fonte e centro de toda a vida cristã ». (1) Com efeito, « na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo ». (2) Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor.







Código De Direito Canônico

TÍTULO III

DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA



Cân. 897 Augustíssimo sacramento é a santíssima Eucaristia,na qual se contém, se oferece e se recebe o próprio Cristo Senhor e pela qual continuamente vive e cresce a Igreja. O Sacrifício eucarístico, memorial da morte e ressurreição do Senhor, em que se perpetua pelos séculos o Sacrifício da cruz, é o ápice e a fonte de todo o culto e da vida cristã, por ele é significada e se realiza a unidade do povo de Deus, e se completa a construção do Corpo de Cristo. Os outros sacramentos e todas as obras de apostolado da Igreja se relacionam intimamente com a santíssima Eucaristia e a ela se ordenam.



Cân. 898 Os fiéis tenham na máxima honra a santíssima Eucaristia, participando ativamente na celebração do augustíssimo Sacrifício, recebendo devotíssima e frequentemente esse sacramento e prestando-lhe culto com suprema adoração; os pastores de almas, explicando a doutrina sobre esse sacramento, instruam diligentemente os fiéis sobre essa obrigação.



Capítulo I

DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA



Cân. 899 § 1. A celebração eucarística é a ação do próprio Cristo e da Igreja, na qual, pelo ministério do sacerdote, o Cristo Senhor, presente sob as espécies de pão e vinho, se oferece a Deus Pai e se dá como alimento espiritual aos fiéis unidos à sua oblação.



§ 2. No Banquete eucarístico, o povo de Deus é chamado a reunir-se sob a presidência do Bispo ou, por sua autoridade, do presbítero, que faz as vezes de Cristo, unem-se na participação todos os fiéis presentes, clérigos ou leigos, cada

um a seu modo, segundo a diversidade de ordens e funções litúrgicas.



§ 3. A celebração eucarística se ordene de tal maneira que todos os participantes recebam os muitos frutos, para cuja obtenção Cristo Senhor instituiu o Sacrifício eucarístico.



Art. 1

Do Ministro da Santíssima Eucaristia



Cân. 900 § 1. O ministro, que, fazendo as vezes de Cristo, pode realizar o sacramento da Eucaristia, é somente o sacerdote validamente ordenado.



§ 2. Celebra licitamente a Eucaristia o sacerdote não impedido por lei canônica, observando-se as prescrições dos cânones seguintes.



Cân. 903 Seja admitido a celebrar o sacerdote, mesmo desconhecido do reitor da igreja, contanto que apresente documento de recomendação de seu Ordinário ou Superior, dado há menos de um ano, ou prudentemente se possa julgar que não esteja impedido de celebrar.



Cân. 904 Lembrando-se sempre que no ministério do sacrifício eucarístico se exerce continuamente a obra da redenção, os sacerdotes celebrem freqüentemente; e mais recomenda-se com insistência a celebração cotidiana, a qual, mesmo não se podendo ter presença de fiéis, é um ato de Cristo e da Igreja, em cuja realização os sacerdotes desempenham seu múnus principal.



Cân. 905 § 1. Não é lícito ao sacerdote celebrar mais de uma vez ao dia, exceto nos casos em que, de acordo com o direito, é lícito celebrar ou concelebrar a Eucaristia mais vezes no mesmo dia.



§ 2. Se houver falta de sacerdotes, o Ordinário local pode permitir que, por justa causa, os sacerdotes celebrem duas vezes ao dia e até mesmo três vezes nos domingos e festas de preceito, se as necessidades pastorais o exigirem.



Cân. 906 Salvo por causa justa e razoável, o sacerdote não celebre o Sacrifício eucarístico sem a participação de pelo menos algum fiel.



Cân. 907 Na celebração eucarística, não é permitido aos diáconos e leigos proferir as orações, especialmente a oração eucarística, ou executar as ações próprias do sacerdote celebrante.



Cân. 908 É proibido aos sacerdotes católicos concelebrar a Eucaristia junto com sacerdotes ou ministros de Igrejas ou comunidades que não estão em plena comunhão com a Igreja católica.

CIC 1400 As comunidades eclesiais oriundas da Reforma, separadas da Igreja católica, “em razão sobretudo da ausência do sacramento da ordem, não conservaram a substancia própria e integral do mistério eucarístico”. Por este motivo a intercomunhão eucarística com essas comunidades não é possível para a Igreja católica. Todavia, essas comunidades eclesiais, “quando fazem memória, na Santa ceia, da morte e da ressurreição do Senhor, professam que a vida consiste na comunhão com Cristo e esperam sua volta gloriosa”.

“Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia” os fiéis católicos, embora respeitando as convicções religiosas destes seus irmãos separados, devem abster-se de participar na comunhão distribuída nas suas celebrações, para não dar o seu aval a ambigüidades sobre a natureza da Eucaristia e, conseqüentemente, faltar à sua obrigação de testemunhar com clareza a verdade. Isso acabaria por atrasar o caminho para a plena unidade visível. De igual modo, não se pode pensar em substituir a Missa do domingo por celebrações ecumênicas da Palavra, encontros de oração comum com cristãos pertencentes às referidas Comunidades eclesiais, ou pela participação no seu serviço litúrgico. Tais celebrações e encontros, em si mesmos louváveis quando em circunstâncias oportunas, preparam para a almejada comunhão plena incluindo a comunhão eucarística, mas não podem substituí-la.



Cân. 910 § 1. Ministro ordinário da sagrada comunhão é o Bispo, o presbítero e o diácono.



§ 2. Ministro extraordinário da sagrada comunhão é o acólito ou outro fiel designado de acordo com o cân. 230, § 3. à saber: § 3. Onde a necessidade da Igreja, o aconselhar, podem também os leigos, na falta de ministros, mesmo não sendo leitores ou acólitos, suprir alguns de seus ofícios, a saber, exercer o ministério da palavra, presidir às orações litúrgicas, administrar o batismo e distribuir a sagrada Comunhão, de acordo com as prescrições do direito.



Cân. 911 § 1. Têm dever e direito de levar a santíssima Eucaristia como viático aos doentes o pároco e os vigários paroquiais, os capelães, como também o Superior da comunidade nos institutos religiosos clericais ou nas sociedades de vida apostólica, em relação a todos os que se encontram na casa.



§ 2. Em caso de necessidade ou com a licença ao menos presumida do pároco, do capelão ou do Superior, a quem se deve depois informar, deve faze-lo qualquer sacerdote ou outro ministro da sagrada comunhão.



Art. 2

Da Participação na Santíssima Eucaristia



Cân. 912 Qualquer batizado, não proibido pelo direito, pode e deve ser admitido à sagrada comunhão.



Cân. 913 § 1. Para que a santíssima Eucaristia possa ser administrada às crianças, requer-se que elas tenham suficiente conhecimento e cuidadosa preparação, de modo que, possam compreender o mistério de Cristo, de acordo com sua capacidade, e receber o Corpo do Senhor com fé e devoção.



§ 2. Contudo, pode-se administrar a santíssima Eucaristia às crianças que estiverem em perigo de morte, se puderem discernir o Corpo de Cristo do alimento comum e receber a comunhão com reverência.



Cân. 915 Não sejam admitidos à sagrada comunhão os excomungados e os interditados, depois da imposição ou declaração da pena, e outros que obstinadamene persistem no pecado grave manifesto.



Cân. 919 § 1. Quem vai receber a santíssima Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, excetuando-se somente água e remédio no espaço de ao menos uma hora antes da sagrada comunhão.



§ 2. O sacerdote que no mesmo dia celebra duas ou três vezes a santíssima Eucaristia pode tomar alguma coisa antes da segunda ou terceira celebração, mesmo que não haja o espaço de uma hora.



§ 3. Pessoas idosas e doentes, bem como as que cuidam delas, podem receber a santíssima Eucaristia, mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede.



Cân. 920 § 1. Todo fiel, depois de ter recebido a santíssima Eucaristia pela primeira vez, tem a obrigação de receber a sagrada comunhão ao menos uma vez por ano.



§ 2. Esse preceito deve ser cumprido no tempo pascal, a não ser que, por justa causa, se cumpra em outro tempo dentro do ano.



Cân. 923 Os fiéis podem participar do sacrifício eucarístico e receber a sagrada comunhão em qualquer rito católico, salva a prescrição do cân. 844. à saber: § 1. A igreja desempenha seu múnus de santificar, de modo especial por meio da sagrada Liturgia, que é tida como exercício do sacerdócio de Jesus Cristo, na qual, por meio de sinais sensíveis, e significada e, segundo o modo próprio de cada um, é realizada a santificação dos homens, e é exercido plenamente pelo Corpo místico de Jesus Cristo, isto é, pela Cabeça e pelos membros, o culto público de Deus.



§ 2. Esse culto se realiza quando é exercido em nome da Igreja por pessoas legitimamente a isso destinadas e por atos aprovados pela autoridade da Igreja.

piedosos e sagrados exercícios do povo cristão sejam plenamente conformes com as normas da Igreja.





Art. 3

Dos Ritos e Cerimônias da Celebração Eucarística



Cân. 926 Na celebração eucarística, segundo antiga tradição da Igreja latina, o sacerdote empregue o pão ázimo em qualquer lugar que celebre.



Cân. 927 Não é lícito, nem mesmo urgindo extrema necessidade, consagrar uma matéria sem a outra, ou mesmo consagrá-las a ambas fora da celebração eucarística.



Cân. 928 Faça-se a celebração eucarística em língua latina ou outra língua, contanto que os textos litúrgicos tenham sido legitimamente aprovados.



Cân. 929 Sacerdotes e diáconos, para celebrarem ou administrarem a Eucaristia, se revistam dos paramentos sagrados prescritos pelas rubricas.



Art. 4

Do Tempo e Lugar da Celebração Eucarística



Cân. 931 A celebração e distribuição da Eucaristia pode realizar-se em qualquer dia e hora, com exceção dos excluídos pelas leis litúrgicas.



Cân. 932 § 1. A celebração eucarística deve realizar-se em lugar sagrado, a não ser que, em caso particular, a necessidade exija outra coisa; neste caso, deve-se fazer a celebração em lugar decente.



§ 2. O Sacrifício eucarístico deve realizar-se sobre altar dedicado ou benzido; fora do lugar sagrado, pode ser utilizada uma mesa conveniente, mas sempre com toalha e corporal.



Capítulo II

DA CONSERVAÇÃO E VENERAÇÃO DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA



Cân. 934 § 1. A santíssima Eucaristia:

1°- deve-se conservar na igreja catedral ou na igreja a ela equiparada, em todas as igrejas paroquiais e ainda na igreja ou oratório anexo a uma casa de instituto religioso ou de sociedade de vida apostólica;

2°- pode-se conservar na capela do Bispo e, com licença do Ordinário local, nas outras igrejas, oratórios e capelas.



§ 2. Nos lugares em que se conserva a santíssima Eucaristia deve sempre haver alguém que cuide dela e, na medida do possível, um sacerdote celebre missa aí, pelo menos duas vezes por mês.



Cân. 935 A ninguém é lícito conservar a Eucaristia na própria casa ou levá-la consigo em viagens, a não ser urgindo uma necessidade pastoral e observando- se as prescrições do Bispo diocesano.



Cân. 938 § 1. Conserve-se a santíssima Eucaristia habitualmente apenas no tabernáculo da igreja ou oratório.



§ 2. O tabernáculo em que se conserva a santíssima Eucaristia esteja colocado em alguma parte da igreja ou oratório que seja distinta, visível, ornada com dignidade e própria para a oração.



§ 3. O tabernáculo em que habitualmente se conserva a santíssima Eucaristia seja inamovível, construído de matéria sólida e não-transparente, e de tal modo fechado, que se evite o mais possível e perigo de profanação.



§ 4. Por motivo grave, é lícito conservar a santíssima Eucaristia, principalmente à noite, em algum lugar mais seguro e digno.



§ 5. Quem tem o cuidado da igreja ou oratório providencie que seja guardada com o máximo cuidado a chave do tabernáculo onde se conserva a santíssima Eucaristia.



Cân. 939 Conservem-se na píxide ou âmbula hóstias consagradas em quantidade suficiente para as necessidades dos fiéis; renovem-se com freqüência, consumindo-se devidamente as antigas.



Cân. 940 Diante do tabernáculo em que se conserva a santíssima Eucaristia, brilhe continuamente uma lâmpada especial, com a qual se indique e se reverencie a presença de Cristo.



Cân. 941 § 1. Nas igrejas e oratórios onde se conserva a santíssima Eucaristia, podem- se fazer exposições com a píxide ou com o ostensório, observando-se as normas prescritas nos livros litúrgicos.



§ 2. Durante a celebração da missa, não haja exposição do santíssimo Sacramento no mesmo recinto da igreja ou oratório.



§ 2. Compete ao Bispo diocesano estabelecer normas sobre as procissões, assegurando a participação e dignidade delas.





O Sacramento Da Eucaristia

Alguns pensamentos do congresso Eucarístico da Diocese de Santo André de 2005



Padre Lello:

a) Jesus celebra o memorial da Páscoa do Êxodo. Para nós é memorial de libertação da escravidão da morte, onde, através da paixão-morte-ressurreição de Jesus adquirimos a possibilidade de sermos Filhos de Deus, plenitude da humanidade.

b) Celebração é a ação de graça pela comunidade, tornando célebre os gestos, palavras e ações de Jesus, onde nossa vida é redirecionada, convertida para as metas que Jesus nos indica.

c) Celebração também é festa, encontro de amor e compromisso de missão.

d) Temos duas celebrações: da palavra e da Eucaristia. São duas mesas.

e) O Valor da celebração está no Cristo e não no valor pessoal do padre, diácono ou ministro que celebra. Eles são só sinais ou representantes.



Frei Osmar:

a) Tripé: Cristo - Eucaristia – Igreja (comunidade viva).

b) Eucaristia: Luz – Comunhão – Missão.

c) Eucaristia é ceia, banquete da comunidade, é comunhão fraterna.

d) Eucaristia é presença na história que aponta para o futuro.

e) Eucaristia é Deus em nós, nós em Deus e nós com Deus.

f) A Celebração nasce na Ação de graças a Deus pela história criada, onde temos a nossa Libertação em Cristo, nos divinizando.

a. A palavra de Deus materializada é Jesus.

b. A palavra (Jesus) é Luz que ilumina nosso caminho.

c. A luz é o confronto entre nossas tendências e os ensinamentos.

g) Celebração é fazer memória. Não é repetição, fazer outra vez, mas viver junto e participar junto com o Cristo que se dá a todos e se oferece ao Pai.

h) Não se vai à Missa por causa do rito ou do padre, mas para o encontro com Deus que vem ao meu encontro. Não sou eu que vou para encontrar Deus, mas é Deus que vem ao meu encontro. (“já te vi na árvore”).

i) Cristo em nós se torna luz, comunhão e missão.

a. At 2,42 (todos continuavam firmes, seguindo os ensinamentos dos apóstolos, vivendo em amor cristão, partindo o pão juntos e fazendo orações).

- comunhão fraterna – fração do pão – oração.

- Sacrário é Deus continuando entre nós.

j) Evangelização é levar a Eucaristia ao mundo (luz, comunhão e missão), conjunto de valores que moldam nossa vida, fazendo brotar uma ética e dela uma moral.

pensamentos

k) Eucaristia é festa e celebração.

l) Maior alegria da Eucaristia é Deus viver em nós.

m) Comer a carne e beber o sangue de Cristo é assumir a cruz junto com Ele presente em nós.

n) Santo Agostinho diz: “Comungar é receber aquilo que eu já sou”. Cristo é a Vida, eu vivo, recebo vida e vou me transformando em Jesus, até que um dia, “já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2:20).



Don Nelson (Dies Domini)

o) Caminhada no mistério não é domingo DE Páscoa, mas DA Páscoa.

p) Cada domingo é dia Da Páscoa.

q) S. Basílio diz: “Santo Domingo”.

r) “Este é o dia que o Senhor fez para nós, exultemos de alegria”. Salmos 118:24 Este é o dia da vitória do Deus Eterno; que seja para nós um dia de felicidade e alegria!

s) Domingo é fazer memória do batismo, festa de nossa Páscoa e mistério escatológico.

t) É impossível viver sozinho a fé; só em comunidade.

u) O critério de celebração é transforma-la em CARIDADE.

v) S. Justino: “Cada um dê o que compete a todos que sofrem necessidades”.

w) S. Crisóstomo: “Se louvas a Deus, não desprezes sua imagem no pobre”.

x) O que fizerdes aos menores de meus irmãos, a mim o fazeis (Mateus 25:40).

y) Primeiro alimente ao faminto e só depois enfeite a tua mesa.



PARA PENSAR

z) Muitas vezes, Há mais fraternidade no bar, do que na mesa da celebração!

aa) Dar testemunho é fácil, mas Ser testemunha é dever de todos!

bb) Estar em comunidade é estar em comunhão.

cc) Sempre somos elo; ou para a união ou para a perdição.

dd) Todos temos carismas; o carisma que se impõe e atrapalha não é de Deus.

ee) Fazer juntos, mesmo que imperfeito, é melhor que o perfeito feito sozinho!

ff) O bom cristão não faz o que quer, mas o possível do que querem!

gg) É difícil falar verdades através de idéias, mas é fácil através de símbolos.

hh) O bom catequista não é o que usa giz e saliva, mas o que está grávido de Deus.



BIBLIOGRAFIA PARA O CURSO DE MINISTRO DA PALAVRA

(Região de Mauá)



1. CNBB, Animação da vida litúrgica no Brasil

São Paulo: Paulinas, 1989 (Documento da CNBB 43)

2. CNBB, Orientações para a Celebração da Palavra de Deus

São Paulo: Paulinas, 1994 (Documento da CNBB 52)

3. GUIMARÃES, Marcelo – CARPANEDO, Penha. Dia do Senhor. Guia para as Celebrações das comunidades

São Paulo: Apostolado Litúrgico – Paulinas (Coleção com cinco volumes)

4. CNBB, A Sagrada Liturgia, 40 anos depois

São Paulo: Paulus, 2003 (Coleção Estudos da CNBB 87)

5. Coleção Rede Celebra – Paulinas (Cinco Volumes)

6. BUYST, Ione. (Coleção Equipe de Liturgia), especialmente

Vol. 5 : Celebração ao Redor da Palavra de Deus

São Paulo: Paulinas

7. Coleção: Celebrar a Fé e a Vida – Paulus

• Vamos Celebrar

• Diaconia do Acolhimento

• Preparando passo a passo a celebração

• Celebrar em Espírito e Verdade

• O Domingo. Páscoa semanal dos cristãos

• Vigília Pascal

• O que é Liturgia

8. CNBB, Orientações pastorais sobre o RCC

São Paulo: Paulinas, 1994 (Documento da CNBB 53)

9. CNBB, A musica litúrgica no Brasil

São Paulo: Paulus, 1999 (Documento da CNBB 79)