quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Formação regional com catequistas 2010

“Catequese permanente e iniciação a vida cristã”

A iniciação a vida cristã é um dos temas que vem sendo retomado gradativamente na caminhada da Igreja como tarefa central e como cumprimento do mandato missionário deixado por Jesus Cristo.
“Ide pois fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 19-20)
Na verdade, o mandato missionário é o envio e missão, é chamado de vocação cristã. Podemos dizer que nele está o fundamento da Iniciação à vida cristã, como o agir missionário, como resposta ao dinamismo do Espírito, que impulsiona e nos convida a acolher a Revelação, enviando-nos a anunciar a Boa Nova em todo mundo.
Mas a experiência nos ensina que o anuncio do Evangelho exige fidelidade, pelo menos a dois aspectos:

• Ao conteúdo que é anunciado
• Ao caminho pelo qual se faz este mesmo anuncio.
O conteúdo, nós sabemos que é Jesus Cristo, morto e ressuscitado para a nossa salvação (cf. At 2,36)
O caminho é uma conseqüência do conteúdo. Se Jesus Cristo é o Verbo que se fez carne, feito humano em tudo, menos no pecado, o caminho para o anuncio deste mesmo Jesus Cristo só pode ser a encarnação, o mergulho, na vida de pessoas, grupos e povos.

Para isso, necessário se faz que cada pessoa faça a experiência do encontro com Jesus Cristo, morto e ressuscitado para nossa salvação, é necessário propiciar o encontro com Cristo que da origem à iniciação cristã.
Deseja-se realizar uma formação que ajude as pessoas a anunciar com a vida e comunicar com eficácia a boa notícia do Evangelho, favorecendo a implantação de uma nova mentalidade. Para a partir daí, tornar-se missionárias e evangelizadoras.
É preciso convergir para a meta que é o reino de Deus. Os bispos, presbíteros, diáconos permanentes, consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir atitude de permanente conversão pastoral, que implica escutar com atenção e discernir “o que o Espírito está dizendo às Igrejas”.
Se não acontecer uma mudança real na ação pastoral serão inúteis nossos esforços de uma renovação catequética e conseqüentemente na formação de catequistas.
Mas como formar catequistas se muitos de nossos formadores não estão em condições de acompanhar os catequistas.
Nossa atenção hoje deve ser voltada também com a formação permanente e continuada dos educadores ou orientadores de cursos espalhados pelo país.
É necessário o acompanhamento na formação do catequista para a catequese iniciática. Não queremos mais pensar em uma formação como simples repasse de conceitos, alguém que repete o que ouviu nos cursos e congressos.
Queremos formar catequistas competentes, capazes de responder aos inúmeros desafios da nossa realidade atual. Temos que capacitar o catequista para ser uma pessoa de relações com alegria e otimismo.
Constatamos que muitos encontram dificuldades na transmissão da mensagem cristã e também de contar experiências.

• Iniciação cristã e catequese permanente
Como levar as pessoas a um contato vivo e pessoal com Jesus Cristo, como fazê-los mergulhar nas riquezas do Evangelho, como iniciá-los verdadeiramente e eficazmente na vida da comunidade cristã e fazê-los participar da vida divina, cuja expressão maior são os sacramentos da iniciação?
Dada a necessidade de uma aprendizagem gradual e sistemática no conhecimento, no amor e no seguimento a Jesus Cristo, propõe-se:

a) Assumir, na comunidade eclesial, a iniciação cristã, buscando renovar a vida comunitária, despertando para a ação, compromisso missionário e sócio transformador.
É necessário esclarecer, em primeiro lugar, que por Iniciação cristã se entende todo o processo pelo qual alguém é incorporado ao mistério de Cristo Jesus. Iniciação é sempre iniciação ao mistério, é mergulho pessoal no mistério; ele está presente também no centro da fé.
Para ter acesso aos divinos mistérios a pessoa precisa, de uma maneira ou de outra, ser iniciada a essas realidades maravilhosas através de experiências que marcam profundamente. São os ritos iniciaticos. No decorrer dos séculos, porém, a iniciação foi se limitando à preparação aos sacramentos da iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia, Confirmação). Às vezes tal preparação foi reduzida a uma síntese doutrinal, enfeixada no tradicional estilo de catecismo, pressupondo a vivencia cristã na família e na sociedade, marcadas, então, pelo cristianismo.
b) Motivar as comunidades para que o processo catequético de formação, adotado pela Igreja para a iniciação cristã, seja assumido por todos.
c) Investir na implementação da catequese de inspiração catecumenal, apresentando um itinerário catequético permanente (cf. DA 298).
d) Motivar os adultos para a vivencia da fé em comunidade, para que ela seja lugar de acolhida e de ajuda (cf. DGC 182c).
“O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar” (CIC 27)
Quem chega a idade adulta com essas indagações precisa de mais do que uma síntese doutrinal. Traz toda uma vida, cheia de experiências, perplexidades, alegrias e decepções.
O adulto cheio de perguntas quer descobrir sentido na vida, nos seus relacionamentos, no mistério de Deus já percebido através da criação, como primeiro livro da Revelação divina.
e) Criar condições na ação evangelizadora para que possa desenvolver uma catequese que fale ao coração dos adultos.
É necessário um verdadeiro mergulho no mistério, com uma experiência cada vez mais profunda das diversas dimensões da vida cristã. Isso não se faz num cursinho rápido e nem mesmo numa catequese isolada de outros aspectos da vida eclesial. Não se trata de aprender coisas, trata-se de adesão consciente a um projeto de vida.
f) Organizar meios e serviços, sobretudo paroquiais, para oferecer formação diferenciada aos adultos praticantes, aos batizados não praticantes ou afastados e aos convertidos que pedem o Batismo. Nisto está a riqueza do processo catecumenal, proposto pelo Rito de Iniciação Cristã de Adultos (RICA).
Brilhaste e resplandeceste diante de mim, e expulsaste dos meus olhos a cegueira. Exalaste o teu Espírito e aspirei o teu perfume, e desejei-te. Saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti. Tocaste-me, e abrasei-me na tua paz” (Santo Agostinho, Confissões X,27,38).
O catecumenato se define como “processo educativo-cristão, demarcado por tempos e etapas, dirigido a convertidos, no seio de uma comunidade eclesial, por meio de uma regeneração sacramental”.
O catecumenato foi um caminho antigo e eficiente, desenvolvido pelas comunidades cristãs, aprofundado pelos Santos Padres.
A restauração do catecumenato, solicitada pela Igreja, quer retomar a dimensão mística, celebrativa, da catequese, considerando que um dos aspectos essenciais da educação da fé é levar as pessoas a uma autentica experiência cristã, na integridade de suas várias dimensões.
Teologicamente falando a iniciação Cristã possui quatro características que definem sua natureza:

1- Ela é obra do amor de Deus.
A iniciação cristã é graça benevolente e transformadora, que nos precede e nos cumula com os dons divinos em Cristo.
2- Esta obra divina se realiza na Igreja e pela mediação da Igreja.
Como corpo de Cristo, coloca os fundamentos da vida cristã e principalmente incorpora a Cristo os que estão sendo iniciados pelos sacramentos da iniciação.
3- Este dom de Deus realizado na e pela Igreja tem um terceiro elemento: requer a decisão livre da pessoa.
No processo ou itinerário de iniciação a pessoa é envolvida inteiramente em todas as esferas e dimensões do ser. O fracasso ou falta de perseverança no caminho da fé se deve, muitas vezes, à falta deste envolvimento total dos iniciados.
4- Por fim, a iniciação cristã é a participação humana no diálogo da salvação.
É na iniciação cristã que a pessoa começa a fazer parte da historia da Salvação.
O itinerário da iniciação cristã inclui sempre “o anuncio da Palavra, o acolhimento do Evangelho, que implica a conversão, a profissão de fé, o Batismo, a efusão do Espírito Santo, o acesso à comunhão eucarística.”
Jesus evangelizou os adultos e abençoou as crianças. Nós muitas vezes fazemos o contrario. Mas adultos que vão descobrindo o que, sem saber, seu coração sempre buscou, precisam de um processo bem vivido de iniciação. (cf. DNC 180-184)
Para sentir-se parte de uma tradição, um povo, uma comunidade religiosa (ou até mesmo de uma família) a pessoa precisa estar imersa no sentido de vida que caracteriza essa pertença.
Ficamos espantados quando ouvimos alguém que passou anos na Igreja de repente dizer que mudou de Igreja: “Encontrei Jesus!” “Como pode ser isso? Jesus estava aqui o tempo todo, na
Palavra, na Eucaristia, na Missão...” Mas fica meio evidente que, mesmo que não tenha faltado a presença de Jesus, algo importante ficou ausente. Quem não encontrou Jesus de fato não foi iniciado na fé, mesmo que tenha estado junto de nós por muitos anos.

• Se vamos criar estruturas pastorais que possibilitem um real processo de iniciação, tanto para não batizados como para batizados insuficientemente catequizados, teremos que ter uma Igreja muito consciente da necessidade permanente de um testemunho qualificado. Os que vão acompanhar os que se iniciam, sem exceção, terão que crescer também.
A iniciação à vida cristã supõe uma comunidade que passe no teste do “vinde e vede”.
Uma comunidade comprometida com um processo de iniciação é aquela Igreja onde quem chega se sente em casa, acolhido num ambiente de fraterna cooperação, estimulado a servir com alegria e com a esperança de poder fazer diferença em meio aos sofrimentos e injustiças deste nosso mundo. Afinal, “A comunhão é missionária e a missão é para a comunhão.” (Chl,32; cf Dap 163).
A iniciação cristã é uma exigência da missão da Igreja nos dias de hoje: formar cristãos firmes e conscientes, nos tempos em que a opção religiosa é uma escolha e não tradição e imersão cultural.
A missão visa proclamar e fazer experimentar o mistério, não escondê-lo. mas ao mesmo tempo não podemos banalizar o acesso ao sagrado como se estivéssemos distribuindo algo sem conseqüências mais sérias.
Catecumenato: um caminho antigo e eficiente
Desde o século II, a iniciação cristã se fazia através do catecumenato. Foi uma feliz criação da Igreja, num tempo em que ela não podia contar com o apoio de uma cultura cristã na sociedade e ainda havia muito clima de segredo na prática cristã.
O núcleo do próprio desenvolvimento do ano litúrgico foi gerado nesse processo.
O catecúmeno, que corresponderia ao nosso catequizando de hoje, era visto como “aquele que deve ser iniciado na fé.”
O vocabulário da iniciação cristã foi elaborado pelos Santos Padres: refere-se às etapas consideradas indispensáveis para mergulhar (batismo significa mergulho) no mistério de Cristo e começar a fazer parte da comunidade eclesial em espírito e verdade.
O valor desse mistério de Cristo e da Igreja era experimentado e depois explicado numa vivencia marcada pelo Ito através de uma catequese chamada “mistagógica” (que inicia ao mistério).
Essa catequese fazia a pessoa recém batizada perceber o significado, valor e alcance dos ritos realizados. O rito, ao envolver a pessoa por inteiro, marca mais profundamente do que uma simples instrução e interioriza o que foi aprendido e proclamado, realçando a dimensão de compromisso.
Ao longo do tempo, fomos perdendo a ligação com o real processo de iniciação. Principalmente com a cristandade.
Etimologicamente “iniciação” provem do latim “in-re”, ou seja, ir bem para dentro. No Dicionário Aurélio, sua definição é assim: “Processo ou série de processos de natureza ritual, que efetivam e marcam a promoção de indivíduos a novas posições sociais (como, por exemplo, sua passagem à diferentes fases do ciclo de vida e, em particular, sua incorporação à comunidade dos adultos) ou acesso a determinadas funções religiosas ou políticas”, OU AINDA “preparação pela qual se inicia alguém nos mistérios de alguma religião ou doutrina e a cerimônia dela decorrente”.
Em outras palavras, é um tempo de aproximação e imersão em novo jeito de ser, sinaliza uma mudança de vida, de comportamento, com a inserção num novo grupo.
O Documento de Aparecida é enfático ao falar da necessidade urgente de assumir o processo iniciático na evangelização: “Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para seu seguimento, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora.
A restauração do catecumenato, solicitada pela Igreja (cf. CD 14, SC 64-68 e AG 14), com a devida inculturação, quer retomar a dimensão mística, celebrativa, da catequese, considerando que um dos aspectos essenciais da educação da fé é levar as pessoas a uma autentica experiência cristã, na integridade de suas várias dimensões.
A iniciação é graça benevolente e transformadora, que pelo Batismo nos torna filhos do Pai, na Eucaristia nos alimenta com o Corpo de Cristo e na Confirmação nos unge com a unção do Espírito.


ITINERÁRIO ALTERNATIVO DE UM PROJETO DE INSPIRAÇÃO CATECUMENAL PARA PARÓQUIAS

Primeiro Tempo
Tempo de iniciação ou Pré-Catecumenato

1. Realizam-se os primeiros encontros com as crianças e pais para explicar o roteiro. Escolha do “introdutor/leitor”: podem ser os pais, padrinhos, uma pessoa de alguma pastoral da comunidade. O introdutor tem a missão de ler e comentar o Evangelho do ano litúrgico, com calma para que a pessoa (criança, jovem ou adulto) possa penetrar com simplicidade nos valores e a espiritualidade do Evangelho de Jesus (Tempo aproximado: DOIS MESES). Durante esse tempo, o/a catequista, chamará semanalmente as crianças com os pais e introdutores/leitores para avaliar a adesão ao Evangelho, propondo tarefas e propósitos para cumprirem. O/a Catequista “convida” os introdutores para participar dos encontros onde serão desenvolvidos temas sobre a Igreja/comunidade de irmãos e discípulos de Jesus e uma detalhada explicação sobre o Ritual e espiritualidade Batismal (o/a Catequista pode convidar os introdutores (ou outra pessoa) para que eles mesmos preparem os encontros). Em todos os encontros se lerá o Evangelho do dia, nos casos em que os encontros se realizarem aos sábados, o Evangelho será o de Domingo.

2. Ao final deste tempo, o/a catequista chamará os pais, parentes e introdutores que participaram dos encontros para fazer uma avaliação dos objetivos fixados pelas crianças. Se foram atingidos, então marcarão a data de CELEBRAÇÃO e UNÇÃO DE ENTRADA no CATECUMENATO.


SEGUNDO TEMPO
TEMPO DO CATECUMENATO


1. Primeira fase: (Tempo aproximado: TRES MESES) neste tempo o/a catequista aproveitará para preparar os encontros explicando o SIMBOLO DOS APOSTOLOS ou CREIO (também o lugar que a profissão tem na celebração eucarística). Utilizando os recursos didáticos que dispõe, inclusive o Catecismo da Igreja Católica. Ao final, fazendo uma avaliação pessoal com cada criança (vendo a necessidade ou não de alargar o prazo), prepara com eles a data para a CELEBRAÇÃO com ENTREGA DO SIMBOLO (sempre no Domingo).

2. Segunda fase: (Tempo aproximado: TRES MESES) Agora o/a catequista se dedicará a introduzir as pessoas no OFICIO DIVINO e principalmente na ORAÇÃO do PAI – NOSSO que o SENHOR JESUS nos ensinou. O/a catequista observará como os catequizandos vão ganhando intimidade com o espírito desta oração e o que ela significa para a vida do cristão. Prepara com eles a data da CELEBRAÇÃO com ENTREGA da ORAÇÃO DO SENHOR (nesta celebração rezaremos o Ofício Divino...).

3. Terceira fase: ( Tempo: O QUE FOR NECESSÁRIO) Agora o/a catequista acompanhará com as crianças o tempo de advento e nele a Campanha para a Evangelização, preparando-se para CELEBRAR o NATAL DO SENHOR JESUS, O percurso continua com a explicação da Lei do Amor (os mandamentos), terminando na quarta feira de Cinzas com a imposição da Cinzas e uma primeira experiência do amor misericordioso de Deus que cura e perdoa.


TERCEIRO TEMPO
TEMPO da PURIFICAÇÃO (Quaresma)
E a ILUMINAÇÃO (Tríduo Pascal)


1. PRIMEIRO DOMINGO: CELEBRAÇÃO da INSCRIÇÃO DO NOME E APRESENTAÇÃO DOS PADRINHOS (dos que serão batizados) e AGRADECIMENTO aos INTRODUTORES/LEITORES. O nosso compromisso de participar da Campanha da Fraternidade. No encontro de Catequese explicar os grandes acontecimentos do AT (Abraão, Moises e os Profetas).

2. SEGUNDO DOMINGO: continuamos refletindo sobre os compromissos sociais da Campanha da fraternidade e com a explicação dos grandes acontecimentos do AT (Abraão, Moises e os Profetas).

3. TERCEIRO DOMINGO: BENÇÃO de Cristo, MISERICORDIOSO. Lembramos a misericórdia de Cristo para com a Samaritana. No encontro de Catequese explicar o Evangelho (João 4,5-42) e manifestar as maravilhas do Sacramento do Batismo e a nossa exigência para a missão.

4. QUARTO DOMINGO: BENÇÃO de CRISTO, LUZ DO MUNDO. No encontro de Catequese explicar o Evangelho do cego de nascença (João 9,1-41), e a nossa responsabilidade para “abrir” os olhos das pessoas para fazermos um mundo mais justo e solidário.

5. QUINTO DOMINGO: BENÇÃO DO PECADO E DA MORTE. No encontro de Catequese explicar o Evangelho da revitalização de Lázaro (João 11,1-45) onde se manifesta que Cristo veio curar a humanidade r anunciar a promessa de uma vida imortal.

6. SEXTO DOMINGO: DOMINGO DE RAMOS e da PAIXÃO. No encontro de Catequese explicar a entrega e doação de Jesus. Explicar as leituras e especialmente o Evangelho que proclamado neste Domingo, preparando-nos para entrar na Semana Maior. Comunicar as atividades e horários das celebrações.

ENTRAMOS NA SEMANA SANTA
(Continua o Tempo de Iluminação)
SEGUNDA FEIRA SANTA: Reúnem-se catequizandos com a família e aproveitem para meditar sobre a realidade do mistério redentor de Cristo e a sua misericórdia para conosco. Preparara-se para os que já foram batizados, uma liturgia da Palavra bem bonita com a CELEBRAÇÃO de RECONCILIAÇÃO.

TERÇA FEIRA SANTA: Repetimos o itinerário catequético de ontem, preparado para outra turma, por exemplo, especialmente para adultos.

QUARTA FEIRA SANTA: Os catecúmenos preparam-se para meditar sobre o Tríduo Santo e nosso compromisso para trabalhar na divulgação e conscientização da Campanha da Fraternidade.

QUINTA FEIRA SANTA: Os catecúmenos preparam-se para meditar sobre os textos e a celebração da SANTA CEIA DO SENHOR; especialmente mostrando que não é possível celebrar a Eucaristia sem compromisso social. A Eucaristia é o sacramento social por excelência e Ela é quem norteia toda a nossa espiritualidade cristã.

SEXTA FEIRA SANTA: Participamos da celebração da ORAÇÃO UNIVERSAL PARA SALVAÇÃO DE TODOS, PAIXÃO E MORTE DE JESUS, ADORAÇÃO DA CRUZ E COMUNHÃO EUCARISTICA. Incentivarmos a nossa capacidade de pedir perdão e confiar na misericórdia do Senhor. Perdão pelas nossas omissões comunitárias e sociais, especialmente para com os mais pobres e vulneráveis.

SABADO SANTO – VIGÍLIA PASCAL: A Igreja desde cedo, segundo uma antiga tradição, se reúne para rezar junto do túmulo do Senhor. Em local a parte, os catecúmenos se reúnem para fazer uma avaliação da caminhada e dos propósitos atingidos ou não. Qual é a visão da Igreja que eles foram amadurecendo (colocação entre todos). Exame de consciência para reconhecer que somos pecadores necessitados da misericórdia do Pai e amor de Jesus que nos perdoa no Espírito. Os não batizados são ungidos com a unção pré-batismal e todos renovam a profissão de fé.

DOMINGO DE RESSURREIÇÃO: É o novo dia dos cristãos ressuscitados; possuem vida nova em Jesus. Preparam e celebram a Palavra e a Eucaristia. Após a celebração, preparar uma festa simples para festejar com todos.


QUARTO TEMPO
TEMPO da MISTAGOGIA
(até Pentecostes)


É o tempo que nós devemos aproveitar para retomar a explicação e aprofundamento feito com calma e qualidade dos SACRAMENTOS do Batismo, Crisma e Eucaristia, celebrados no Sábado Santo. Levando os catequizandos a assumirem os compromissos que deles decorrem para a vida pessoal, comunitária e social. É isto o que significa “mistagogia”, “aprofundamento” “conduzir para” uma melhor compreensão do mistério; que se esconde, por assim dizer, detrás da celebração feita com sinais visíveis que são utilizados na liturgia: luz, água, pão, vinho.
Mesmo assim, é necessário fazer um aprofundamento dos princípios da DOUTRINA SOCIAL CRISTÃ que deve completar e integrar nosso conhecimento do que significa hoje, ser leigo cristão que tem a missão de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Continuamos aprofundando nossa vida de oração com a leitura orante dos Salmos, que é muito importante.

DOMINGO DE PENTECOSTES: (sejam ou não celebradas as Crismas paroquiais). Preparar com os catecúmenos uma solene Vigília de Pentecostes. No dia, antes da celebração principal, que bem pode ser organizado por eles, fazer um encontro para meditar a Palavra com os textos da celebração, estudo dos símbolos e a força espiritual que disso decorre. Se as crismas forem celebradas neste dia, fazer um Tríduo em preparação, com algum esquema pertinente.

Bibliografia:
CNBB, 47a Assembléia Geral, Iniciação à vida cristã, Itaici, Indaiatuba, SP, 22 abril 2009.
CNBB, Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética, 3ª Semana Brasileira de Catequese, Itaici, SP, 6 a 11 de outubro de 2009.